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Empresas X funcionários gays

A relação entre empresas e funcionários homossexuais é tema do site canadense Gay Money.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 29 de Abril de 2011

Ao ler o diário The Globe and Mail, de Toronto, o jornalista Joe Clark ficou revoltado. Um artigo sobre a remuneração de gays e lésbicas, publicado no ano passado, trazia tantas informações incorretas, chavões e baboseiras que Clark fez o que nunca cogitara: ligar para a redação do jornal e tirar satisfações. “Onde vocês arranjaram esses dados?”, ele perguntou a uma das duas repórteres que assinavam o texto. “Nós sondamos aqui e ali entre os gays”, foi a resposta que obteve. Por fim, a jornalista acabou admitindo que fizera sua matéria sem nenhuma pesquisa sobre remuneração entre homossexuais.

Clark conhecia bons dados que estavam em livros e artigos de revistas acadêmicas, mas que nunca chegavam aos olhos do grande público. Num estalo, ele se deu conta de que esses trabalhos precisavam ser divulgados – e assim nasceu o site Gay Money(joeclark.org/gaymoney). Nele, Clark catalogou mais de uma centena de trabalhos (livros, artigos, teses) publicados nos últimos 20 anos sobre o tema, expondo a verdade e derrubando os mitos – com rigor e frieza analítica – sobre como as empresas conduzem a remuneração de gays, lésbicas e bissexuais.

Um dos mitos desmontados por Clark foi o da bonança que existiria entre os gays. Segundo uma tese muito disseminada no mundo dos negócios, casais homossexuais sem filhos teriam mais dinheiro para gastar com vinhos, carros de luxo, spas, viagens e roupas de grife. Nos anos 90, marqueteiros chegaram a cunhar o termo “pink money” para definir o potencial desse público. Porém, as estatísticas mostram que, ao menos nas companhias, os gays não estão com essa bola toda. A socióloga Anastasia Prokos, da Universidade de Nevada, conseguiu provar estatisticamente que mesmo quando os homens gays possuem educação superior em relação aos homens hetero, seus salários são menores. “É comum gays escolherem profissões dominadas por mulheres, que pagam salários menores, deixando de lado áreas como a construção civil, que pagam bem”, afirma Clark. Uma curiosidade: homens gays também dedicariam mais tempo a trabalhos não remunerados.

Por outro lado, lésbicas recebem salários maiores que os das mulheres héteros. Um dos motivos, de acordo com uma pesquisa conduzida em 2003 pelo economista Dan A. Black, é que lésbicas enfrentam uma carga horária superior à de mulheres héteros. Além disso, seu distanciamento – mesmo que temporário – do mercado de trabalho por causa da maternidade ou da adoção é consideravelmente menor. Enquanto afastamentos causados por eventos como a licença-maternidade são uma realidade para 22% das mulheres heterossexuais, o mesmo ocorre com apenas 12% das lésbicas. As lésbicas também teriam alta representação em algumas áreas preferencialmente masculinas, como as relacionadas à engenharia. A pesquisa não mostrou evidências de discriminação contra lésbicas em promoções, em comparação às mulheres heterossexuais (haveria discriminação igual contra ambas). “De qualquer forma, a discriminação aos gays e lésbicas é um fato”, diz Clark.

Pink money – Cunhado nos anos 80, o termo é sinônimo do poder de compra da comunidade GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais). Na Grã-Bretanha, também foi criado o termo blue pound (“libra azul”), para o mercado de lésbicas

01-05-2011 às 11:58 Marcos Taça
Essas estatísticas nos mostram que precisamos nos conhecer, não só emocionalmente, mas também nas esferas econômica, profissional, social, religiosa, cultural, intelectual, enfim, em todos os sentidos. O conhecimento de nós mesmos vai possibilitar que possamos traçar estratégias de autodefesa, individual e coletiva. Nossa inserção social e nossa chegada, com cada vez maior ênfase, às vitrines sociais geram a reação dos que não conseguem nem podem assumir sua sexualidade, por um lado, e dos que são prconceituosos e reacionários de carteirinha, sob o verniz de hererossexuais e democratas. Quem está bem com sua identidade sexual não se incomoda com a dos outros. É feliz e bem resolvido.
01-05-2011 às 11:49 español
chega un moment en la vida que é necessario nos perguntar , de que vale ter de tudo , se eu tenho medo de usar, se eu nao posso mostrar meus bens minha riqueza , se as pessoas tem inveja e me rouban , apenas pensa um gay rico mas ninguem importa en saber minha historia o que trabalhei , o quanto me esforcei para poder estudar , sou um profissional porque me pagan , eu tenho dó de pessoas que fazen o mesmo que eu e e receeben muito menos que eu . . chegar da europa e no aeroporto um taxista levar tudo o que vç tem . tenho trauma até hoje . mas vou superar e espero voltar viver en sp. rico como eu sem,pre desejei e como sempre trabalhei para isso. kkkka o importande é rir da vida mas que seja com moet chandom. beijos.
01-05-2011 às 07:17 Anderson
sou gay (nao assumido) e meu salario eh maior q o d todos os meus amigos heteros...
01-05-2011 às 01:46 Douglas
Também achava isso, 95 % dos homens gays que conheço são muito bem de vida (trabalhadores bem sucedidos, diretores, donos de empresas, etc), chega da tristeza ser pobre rs, mas gays na infancia, percebem a importancia de não se mostrar, e acabam desenvolvendo um senso de observação muito apurado, o que ajuda na vida adulta em muita coisa, enquanto a maioria dos garotos heteros de 10 a xx só pensam em manobras pra conseguirem mulheres (e mostra-las) para os outros, um garoto gay é mais observador, age menos, na maioria, nao em geral. Eu concordo que pessoas competentes ganham mais, independente da orientação, do mesmo jeito que garotos querem mulheres, gays se deslumbram facilmente com o mundo de aparencia que nós sabemos bem como é...obviamente varia de pessoa pra pessoa.
30-04-2011 às 08:14 Vivo em Buenos Aires
Redação do mundo Mais, parabens pela materia, resumo e colocação das coisas, somente quero alertar-los para um detalhe da materia. vcs escreveram :Nos anos 90, marqueteiros chegaram a cunhar o termo “pink money..... depois no final do texto explicam o que é PINK MONEY mas diiferenciam dizendo que que foi cunhado nos anos 80. qual a decada correta?
30-04-2011 às 00:47 Brasília
Eu acho que nós gays ganhamos mais, simplesmente porque somos competentes, inteligentes e esforçados no trabalho, não associo isso à orientação sexual. E é verdade também que como não temos gasto com filhos, temos mais dinheiro para viagens, roupas e coisas que gostamos. No entanto, temos menos desconto no imposto de renda, rsrs.
29-04-2011 às 14:22 Paulinho BSB
Sempre desconfiei disto. Mas gays pobres podem gastar mais com supérfluos ou necessidades pessoais que casais hétero na mesma condição social, principalmente se tiverem filhos. Outra questão é a do trabalho não remunerado, que pode mostrar que a maioria dos homoafetivos não é fútil e egoísta, como se pensa. Porém, há gente demais que só pensa em si mesma, quase metade, talvez. Por isto as conquistas fundamentais tornam-se mais difíceis, porque dependem da coletividade. Postei o seguinte comentário em resposta a todos os preconceituosos, num artigo do yahoo, sobre a Ariádna: O Criador colocou as diferenças entre nós, para que mostremos quem realmente somos. Se escolhemos o Bem e amamos o próximo, simplesmente porque é o certo, porque escolhemos a justiça, ou ficamos com o mal, discriminando, perseguindo, odiando e promovendo o ódio.