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Direitos LGBTs

Professor da Fundação Getulio Vargas diz que empresas ainda falham na inclusão de homossexuais.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 13 de Julho de 2012

Os casos de homofobia ultrapassaram os de xenofobia, que acontecem com naturalidade nas redes sociais.Os casos de homofobia ultrapassaram os de xenofobia, que acontecem com naturalidade nas redes sociais.

Desde o início do ano, o debate público a respeito de direitos para LGBTs tem sido intenso. Se, por um lado, houve um avanço importante no reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo, também foram vistas, nos últimos meses, manifestações de ódio, que vão de linchamentos a declarações condenáveis de políticos. Essa mesma dinâmica da sociedade é reproduzida no ambiente de trabalho. Nas empresas, a homofobia é um assunto proibido, mesmo em lugares que promovem a diversidade.

"Trata-se de um reflexo da cultura machista brasileira, um traço profundo da própria identidade nacional", diz Hélio Arthur Reis Irigaray, professor da Fundação Getulio Vargas e da Pontifícia Universidade Católica, ambas do Rio de Janeiro, e autor de uma tese de doutorado sobre orientação sexual e ambiente de trabalho brasileiro. Na entrevista a seguir, Arthur Irigaray mostra que ainda há muito a avançar.

Como a homossexualidade é tratada no ambiente corporativo?

As organizações têm um discurso certinho, de responsabilidade social e de inclusão de minorias. Mas, ao ouvir um homossexual descrever a vida corporativa, tudo muda de figura. Até hoje existem casos de gays agredidos fisicamente no trabalho, mesmo em corporações com política de diversidade. o homem branco heterossexual tem muito mais facilidade para progredir na carreira do que o gay.

No caso de homens homossexuais, eles são bem aceitos quando são cabeleireiros, comissários de bordo, profissionais das artes, que são carreiras associadas às mulheres. Fora isso, os gays assumidos esbarram em tetos invisíveis. A dificuldade de crescimento profissional existe mesmo em companhias com políticas de inclusão estabelecidas.

As políticas de diversidade não são efetivas então?

Não são. A discriminação contra os homossexuais existe e está associada à discriminação sofrida por mulheres. Quando igualo um homem gay a uma mulher, é para dizer que ele é frágil, fofoqueiro, instável emocionalmente. Ao desqualificar gays, mulheres, negros e outras minorias, faz-se uma reserva de cargos na elite corporativa para homens brancos heterossexuais.

23-08-2012 às 20:09 Nino
kkkk quem fala isso é porque nao conhesse onde eu trabalho é mais sapatao e bicha por metro quadrado do que eu jamais vi kkk...
14-08-2012 às 18:45 Ser discreto...
Não adianta no ambiente de trabalho tem que se comportar como tal homem é homem/mulher é mulher e ponto...senão ta desempregado me sentiria mal trabalhando do lado de uma bonequinha..
19-07-2012 às 22:08 rico
meu primeiro namorado era bem mais maduro um alto executivo de um grande banco estatal .Se comportava em relevância ao cargo, sendo assim chegou ao patamar que merecia. Não precisamos colocar as nossas preferencia em evidencia a vidaparticular é secreta...
17-07-2012 às 02:19 Rapaz ker Kazar P/ Bianca Carvalho
Olha Bianca, eu não sou travesti, mas acho um absurdo a forma como os travestis são tratados nesse país, são totalmente atacados no mercado de trabalho e nas escolas. Dou meus parabéns à vc, por ter chegado onde está, e quando terminar meu doutorado quero fazer algo para essa população em termos de educação, pq acho q todo ser humano deve ter acesso à escola. Para os entendidos, só queria dizer que vcs não são melhores q os travestis não, se vcs conseguem algo no mercado é pq entram no armário e se passam por héteros, estamos todos no mesmo barco: gays, travestis, drag-queens e LGBTTS em geral, parem com esse preconceito bobo de achar que os travestis são menos: todos sofremos preconceito. Aliás, acho q os travestis são mais corajosos que nós gays, pq dão "a cara pra bater" na rua e não se escondem no armário, muitas vezes, como muitos gays fazem, a vida inteira.
17-07-2012 às 02:09 Rapaz ker Kazar P/ P/ o Doutor
Olha, nem vou entrar em detalhes técnicos querido, pq vejo q vc não tem leitura pra debater comigo, estude um pouco mais de Linguística depois conversamos. Pra vc ter idéia, a ortografia e a gramática nacional que vc tanto defende e que é ensinada nas escolas, na opinião de grande parte dos linguistas, deveriam ser excluídas do currículo escolar... Não vou prolongar tal assunto pq o tema aqui é outro. E mais, se vc for aportuguesar todas as palavras estrangeiras ninguém vai te enteder, pq existem dezenas no léxico do Brazil. Felicidades.
17-07-2012 às 00:31 Bianca Carvalho
Oi, Lúcio, sim, eu uso as ruas, mas como lugar de protestos e de reivindicações de direitos, além de espaço para ir e vir. Quanto à bolsa, creio que é um sonho de muitos ter ações lá, na Bolsa de Valores de São Paulo. Ivan, grata pelo carinho. E aos demais, boa sorte em suas carreiras e projetos. Quero compartilhar com vocês a seguinte frase de Gandhi: Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma nova história. Que nossas histórias possam ser construídas com mais finais felizes.
16-07-2012 às 19:49 Lúcio Passivo Guloso
Gente, o que uma travesti tá fazendo aqui?? Seu lugar é na rua, bem, vai rodar bolsinha, Bianca, com certeza vai ganhar bem mais, né, kkkkk...... Machos fudedores, beijos deliciosos nas suas pirocas
16-07-2012 às 19:36 P/ o Doutor
Influências estrangeiras não têm como evitar, agora grafar Brasil com Z?? Só se for para os gringos, agora por aqui, é com S mesmo, viu. Vamos ser mais nacionalistas, por favor.
16-07-2012 às 10:13 Ricardinho
Vc disse tudo!!! Temos que lutar para mudar essa visão do mercado..mas provavelmente isso só venha a ser desfrutado por gerações futuras, então eu tb procuro manter minha postura... senão sei que minha cabeça fica na guilhotina!!!!! Sei que existem áreas e profissões como maquiador, cabeleleiro, estilista etc.que não tem preconceito, mas como eu não gosto e nem tenho dom pra essas coisas prefiro ficar na minha no meu emprego..agora na balada, sauna, bares... namoro, beijo e fodo muuito!!!!
16-07-2012 às 10:04 Realista
Eu sou gay, passivo convicto, tenho namorado... mas não saio dando,pinta por ae. Não tenho, nem nunca tive problemas no meu emprego quando trabalhava empresa privada pois sempre soube que o mercado é machista e preconceituoso e não escondia minha sexualidade dos meus colegas mais íntimos... o que as empresas não veem com bons olhos são os " trejeitos". Nenhuma empresa privada que ser representada por uma pessoa afetada e sem noção pq sabe que os clientes/consumidores não veem isso com bons olhos. Hj em dia sou concursado e trabalho em uma autarquia pública federal, mas mesmo assim continuo mantendo minha postura de antes pois, mesmo sendo concursado existem servidores públicos com cargos de chefia que, mesmo não podendo me demitir, podem me boicotar. Então é isso galera, infelizmente no mercado de trabalho postura e imagem é tudo!!! Agora se vc não abre mão de ser molinho, bichinha e fechativa, mesmo sabendo dessa realidade, assuma as consequencias da sua escolha !!! Podemos lutar para mudar esse quadro é claro, mas isso não é de uma hora para outra, então...tenho que garantir o meu dindin né gente!!!!!!