ASSINE JÁ ENTRAR

Oddly Normal

Pai narra a luta que enfrentou para incentivar o filho a aceitar a homossexualidade.

por Redação MundoMais

Segunda-feira, 12 de Novembro de 2012

“Se tivéssemos mantido drogas mais poderosas em casa, poderíamos ter perdido nosso filho”, escreve John Schwartz sobre a tentativa de suicídio de Joe.“Se tivéssemos mantido drogas mais poderosas em casa, poderíamos ter perdido nosso filho”, escreve John Schwartz sobre a tentativa de suicídio de Joe.

Jeanne Mixon, esposa do jornalista do New York Times John Schwartz, entrou em casa uma tarde para encontrar o filho de 13 anos, Joe, incoerente, de “olhos esbugalhados” e nu no banheiro. Frascos de comprimidos estavam espalhados pelo chão e havia uma faca dentro da banheira. Joe tentou se matar.

A cena – um pesadelo para todos os pais - abre o livro de memórias de John Schwartz, “Oddly Normal: One Family’s Struggle to Help Their Teenage Son Come to Terms With His Sexuality” (ainda sem título em português, mas que pode ser traduzido como ‘Estranhamente normal: a luta de uma família para ajudar seu filho adolescente a aceitar sua sexualidade’).

A publicação é um relato emocionante do aprendizado de Joe para conseguir aceitar sua sexualidade, assim como o esforço de seus pais para protegê-lo da homofobia e ajudá-lo a suportar um sistema escolar que continua a marginalizar crianças que precisam de compreensão.

Schwartz está no trabalho quando Jeanne liga para lhe dizer que o filho tentou se matar. Ele corre para o hospital, onde se senta ao lado da cama de Joe, implorando ao filho que beba uma solução que neutralizará o efeito das drogas ingeridas. É possível sentir sua angústia quando ele tenta persuadir o filho: “vamos, Joseph. Mais um gole. Vamos. Um golinho mais apenas."

Anos antes, o casal já tinha reparado na paixão de Joe por seus “lindos” brinquedos, como ele mesmo definia, e suas bonecas. John e Jeanne sabiam que seu filho era gay. Ao contrário de muitos pais, eles estavam ansiosos para ver o menino sair do armário e se assumir.

Drogas poderosas

Mas mesmo pais compreensivos como os da família Schwartz não poderiam proteger seu filho da implacável experiência escolar, nem de si mesmo. O livro conta um episódio quando Joe, sentindo-se mais corajoso depois de assumir sua homossexualidade, repreendeu um grupo de meninos sobre a forma que eles classificavam as meninas. Ele passou a classificar os meninos também: "você é nota sete. Você é nota cinco.” À medida que os meninos iam ficando desconfortáveis, Joe zombava de todos e os desafiava: “os garotos estão com medinho do menino gay?", perguntava.

As crianças contaram o que aconteceu para um conselheiro da escola e a história se espalhou deixando Joe deprimido. Horas mais tarde, ele engoliu mais de duas dezenas de cápsulas de Benadryl (anti-histamínico vendido em farmácia). “Se tivéssemos mantido drogas mais poderosas em casa, poderíamos ter perdido nosso filho”, escreve Schwartz.

Adolescentes LGBT

Schwartz relata que as estatísticas sobre adolescentes lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais que cometem suicídio, ou pelo menos tentaram, “são obscuras”, mas sua análise o leva a concluir que uma investigação melhor sobre o assunto acabará mostrando uma taxa substancialmente mais elevada de suicídio e uma maior incidência de pensamentos suicidas entre os adolescentes LGBT do que na população em geral.

Muitos adolescentes LGBT tiraram as próprias vidas, incluindo Tyler Clementi, o estudante americano que pulou da ponte George Washington depois de saber que um colega de quarto colocou na internet imagens dele beijando outro homem e enviou mensagens no Twitter incentivando outros estudantes a assistirem a cena.

Schwartz ainda ressalta que a intimidação ostensiva não é o único tipo de bullying que afeta crianças LGBT. De acordo com uma pesquisa, cerca de 90% dos estudantes gays disseram ter ouvido a palavra “gay” sendo usada de forma pejorativa e 72% relataram ter ouvido palavras homofóbicas como “bicha”. O resultado, Schwartz escreve, “são filhos gays que podem carregar um valentão internamente que os faz se sentir miserável, não importando se tem ou não alguém mexendo com eles pessoalmente.”

Transtornos psiquiátricos

A tentativa de suicídio de Joe parecia uma reação ao ostracismo na escola, mas Schwartz tem o cuidado de não aceitar explicações muito simples diante da profundidade do desespero de seu filho. Joe foi ridicularizado durante boa parte de sua infância porque ele era diferente, e não só por ser desajeitado em esportes e efeminado. Ele também era dado a explosões de raiva dirigidas a outras crianças e professores. Além disso, há indícios de que ele poderia ter tido um ou mais transtornos psiquiátricos.

Schwartz também olha para si mesmo e descreve suas próprias falhas como pai. Ele narra dolorosamente os erros que ele e a mulher cometeram, incluindo as tentativas anteriores de suicídio de Joe que nunca foram percebidas pelos pais. Scwartz conta que uma vez chegou a aceitar as desculpas do filho quando encontrou sinais de que Joe poderia ter tentado estrangular a si mesmo. Schwartz escreve: “a esta altura você pode estar pensando que éramos cegos. Em retrospecto, a única resposta que eu posso dar é ‘sim, é basicamente isso’”.

É claro que a leveza que permeia a história deste pai, que tentou desesperadamente ajudar o filho gay, só é possível porque a tentativa de suicídio de Joe não se concretizou - ao contrário de muitos outros, incluindo o caso de Tyler Clementi (reveja matéria AQUI)

11-04-2013 às 11:52 Márcio Mineiro P/ Carlinhos, o anacr&o
Carlinhos, a Siririca Redonda tem a mais absoluta razão quando ela critica a sua postura de vida, com relação à "sobrinhada". Não conheço você, pessoalmente, mas sua postura de vida e seu modo de encarar a própria homossexualidade, parece-me um fóssil dos anos 40 do século passado! Não conheço os seus sobrinhos. De repente, eles até podem merecer a sua dedicação. Mas, por favor, não se anule em função deles, tão-somente. Tenha vida própria. Tenha atitude. Escrevo isto, não para magoar você, mas sim para abrir os seus olhos, pois a vida é um sopro. Pense nisto. Abraços.
21-11-2012 às 11:08 Siririca redonda p/ Calinho
Tu é uó! Vc acha mesmo que se vc fosse tão feliz precisaria vir aqui se justificar pra mim? Me poupe! Não venha ditar padrões de comportamentos que são apenas seus. Vc que não sabe amar outro homem, que não se aceita , que se acha devedor da sua familia pelo desconforto que causou a esses preconceituosos simplesmente por viver de acordo com a sua natureza. E pare de santificar essa mãe perversa que soube lhe manipular direitinho(tenho certeza que está lá no umbral). Acorda, vai viver a sua vida, depois vai descobrir que não fez bem algum. Nem para vc mesmo (porque não foi corajoso o suficiente para ser o que realmente é), nem para seus familiares que se acham confortáveis nessa posição de ainda lhe enxergar como um ser inferior ,sem vida propria...Estou sendo sua amiga, mas talvez vc não esteja preparado para ser feliz.
20-11-2012 às 22:17 Gabriel Barile
Não sei como uma pessoa chega ao ponto de achar que gays só servem para ser tios e pegação . fui casado a 8 anos estou na lista de espera por doação á 2 , nesse ultimo ano fiquei viúvo. mesmo assim quis fica na lista passei por 2º fase . falta mais 2 . tenho amor pelos meus sobrinhos e meu afilhado , meu pai nao me aceita por eu ser gay . porem ele me dar força para ter um filho . mesmo que essa criança nao sendo minha. Vir que cada um tem seu ponto de vista , uns sendo grosseiros demais e outros ainda com a ilusão do paraíso . não que jugar ninguem porem uns ter força e vao a lutar outros espera passar ...
19-11-2012 às 12:59 csi2077
Meu pai morreu dia 02/11 sabendo que sou gay, mas nunca aceitou, tanto que não conversávamos sobre minha vida pessoal. Acho que é o direito dele, fazer o que, ninguém é obrigado aceita, mas sim de RESPEITA! Por isso sempre vou amar minha MÃE!!!
18-11-2012 às 12:41 Justiceiro
Dessa vez refleti bastante não só com a notícia, mas com os comentários. É claro que eu discordo totalmente do Carlinhos e do seu pensamento, no sentido de que "a única posição legítima para um gay é a de tio". Realmente, um pensamento de outro século. Mas, embora eu concorde em parte com o que disseram a Siririca e o Leleco, vejo como podem ser perversos os gays, em suas maldades e pensamentos maldosos.
17-11-2012 às 01:29 leleco p Fando
concordo com vc e com a Siririca, esse Carlinhos deve ser aquelas bichas de auto estima muito baixa que age como palhaça para ser aceita pelos outros...deve ser a que resolve todos os problemas dos outros mas na verdade pouco significa para alguém porque não é a pessoa especial da vida de ninguém. Tenho um tio assim, mesmo eu sendo gay não sou capaz de entender tamanha anulação. Hj ele é velho , com dinheiro e meus primos só pensam em como dividir tudo quando ele morrer...
15-11-2012 às 14:36 Jorge
Quando criança sofri muito na escola por ser diferente, era muito estudioso e tirava sempre boas notas, que naquela época era importante para passar de ano, mas não me sentia bem nas aulas de educação física, onde os meninos só queriam jogar futebol e eu era gorinho e ruim de bola sendo excluído do grupo, mas sentia tesão vendo os meninos com shorts de nylon mostrando os contornos do corpos em crescimento em especial os pênis. Demorei muito a me aceitar, tinha medo de me aceitar! Aos 10 anos percebi que gostava de um loirinho que estudava comigo, mas fiquei minha vida estudantil negando tal sentimento, e aos 26 anos aflorei para a vida, processo difícil, antes pensava em suicídio queria morrer ao ser tachado de bichinha.Sou hoje um profissional respeitado na minha área, e não sou assumido mas todos já sacaram que sou gay, mas nem estou aí para o que pensam ao meu respeito, sei que sou um homem de bem, tenho uma família ótima, e amigos bons. Quando vejo esses relatos como os descritos acima, começa a passar o filme da minha vida, mas com o diferencial de que eu embora pensasse na idéia de suicídio ela nunca saiu do plano das idéias, mas mesmo o que ajudou foi fazer análise com um profissional gabaritado de São Paulo, Este psicánalista me fez ver a vida sob uma nova ótica e melhorei muito como pessoa.
15-11-2012 às 14:16 Georges
Que povo mais uó do borogodó!!!! A discussão é sobre o tema da matária!!!! Hellow
15-11-2012 às 01:40 Fando p/ Carlinhos
Ah, bee, vai construir sua vida...Seu papel ainda é muito decada de 50...experimenta dizer que perdeu tudo para ver se esse amor de sobrinho é tão forte assim. Conheço um cara da zona leste que tambem nao namora ninguem seriamente porque tem uma familia sangue suga que nao desgruda. Nao é a toa que as pessoas procuram um par, é uma forma de suportar a vida que o homem aprendeu ha muitos seculos...Voce pode ser feliz bee, esquece essa familia e vai construir uma historia com um cara legal. Mas voce nao vai conseguir construir nada se ficar aí fazendo esse papel. Voce tem que ser o centro da sua vida e companheiro nenhum vai aceitar um capacho como voce parece ser.
14-11-2012 às 11:00 Siririca Redonda p/ Calinho
Querida azeda, alienada é a senhora que entra nesse jogo de ser boi de piranha, de ser a faz tudo para resolver a vida dos outros e não tem vida própria. Nunca teve namorado sério porque é incompetente para construir algo saudável para si, no fundo tem preconceito contra gay, se acha inferior e se sente culpada por ter dado esse "desgosto para essa família tão cristã" que não mudou um centímetro em suas convicções cruéis que justificam seu preconceito e ,é lógico, o seu conforto social. Seus irmãos são vistos como santos heterossexuais que não trepam, "geram filhos". Acorda filha, a ciência do direito, que acompanha sempre a evolução social , coloca Tio como parente de terceiro grau...e olha que o aprentesco jurídico só vai até quarto grau...Bem, no fim da vida, se tiver que escolher entre acolher seus pais ou seu tio gay vc acha que esses sobrinhos vão apoiar quem? E , vc alienada, depois de venderem os seus bens, vai lá viver num azilo...Pai é pai, tio é tio...Se for para criar o sobrinho como pai, que a adoção seja feita por inteiro, no papel...