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Enfrentando o preconceito

Professora transexual fala sobre a discriminação sofrida no ambiente de trabalho.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 16 de Maio de 2013

A transexual Laysa Machado é uma vitoriosa. Aos 41 anos, ela é diretora-adjunta de um colégio estadual de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e foi eleita ao cargo democraticamente, apesar de ter enfrentado a "resistência de uma minoria".

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a transexual falou sobre sua rotina e revelou que no inicio, sofria preconceito pelos próprios colegas de trabalho. "Eram risinhos, chacotas. O pensamento de algumas pessoas era assim: como que pode travesti dando aula? Travesti tem que estar na prostituição, e não aqui", contou.

Antes de assumir sua sexualidade, Laysa diz que "sublimava a augústia com os estudos". Ela formou-se em História e Letras, tornando-se professora concursada da rede estadual de ensino. Mas, apesar do empenho, em uma de suas experiências lecionando foi acusada de "subversão" por sair público com seu primeiro vestido, aos 27 anos.

"Eu fui execrada. Perdi tudo: amigos, emprego", relembra. Hoje, mesmo com um cargo superior na área da Educação, Laysa continua enfrentando dificuldades.

"Você tem que matar um leão por segundo. Se o hetero precisa ser o melhor, a diversidade tem que ser bilhões de vezes melhor", afirmou.

21-05-2013 às 17:41 wes stars
Diva! parabéns ! sambando na cara dessa gente hipócrita!
21-05-2013 às 06:29 Dona Chumba
Será que se a Laysa fosse muito rica, ela teria que enfrentar tanto preconceito? Será que existe preconceito para com um gay como o Marc Jacobs? Claro que não. Se você é gay e sofre toda sorte de humilhações, basta você ganhar milhões na mega sena para que todas as portas se abram. A maldade humana parece não ter limite. Com Jesus é diferente. Ele quer apenas o seu coração.
19-05-2013 às 10:34 Pietro
Parabéns Laysa você é uma guerreira, não é facil filtrar o preconceito e a ignorância que focam sobre vc todos os dias ainda mais sendo professora.
19-05-2013 às 00:18 Vesta Asteroid
Nessa sociedade brasileira atrazada e podre, a homossexualidade por mais discreta que for, é sempre discriminada mesmo enrustidamente, a imagem de uma travesti simbolizada entre os heteros ignorantes como um ser anormal, prostituto, palhaça e etc. mas não respeitam quando alguns querem entrar na sociedade como uma pessoa lutadora e profissional que pensa a vencer na vida, a minha revolta nesta sociedade brasileira e visada como o "Imperio do atrazo de vida" socio-hetero.
18-05-2013 às 23:41 Anônima
"O pensamento de algumas pessoas era assim: como que pode travesti dando aula? Travesti tem que estar na prostituição, e não aqui", contou." Saber que existe pessoas assim até faz meu coração doer. Sinceramente, todos nós sabemos que a maior parte deles trabalham no meio da prostituição -nada contra-, mas quando eu vejo um trans, levando uma vida "normal", eu sinto uma felicidade muito grande, não sei o por que, mas acho lindo.
18-05-2013 às 12:49 Campineiro
Parabens Querida, que vc sirva de exemplo nao só as trans, mais todo aquele, que independente da vida sexual, luta por seus sonhos. Coragem!!
17-05-2013 às 15:44 leco
As pessoas escolhem o que querem ser.
17-05-2013 às 08:24 Biiiiiiiii
Linda história de final feliz...
16-05-2013 às 23:03 bruno,camaçari,BA
que tenhamos mais exemplos de vitórias CONTRA O PRECONCEITO, VIVA A DIVERSIDADE DE SER...VAMOS LÁ GAYS LUTEM, E SÓ ASSIM HAVERÁ O FIM DO PRECONCEITO...BASTA DE INTOLERÂNCIA.
16-05-2013 às 20:39 Josy de Souza
Parabéns à colega. Conheço bem esse caminho e sei o quanto é duro vencer na vida. Sou transexual e professora concursada da rede pública e não faço ideia de quantos olhares estranhos já presenciei, especialmente no início de carreira. Olhares vindos, em muitos casos, dos próprios colegas de trabalho. Hoje, apesar de continuar dando aulas, enveredei por outro caminho: optei por cursar Direito (um curso extremamente machista) e outro dia tive que ouvir pelos corredores da faculdade um "vai rodar bolsinha" e confirmei que as pedras me servem de degraus. PARABÉNS, colega.