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São Paulo em Hi-Fi

Novo documentário resgata era de ouro da noite gay paulistana. Confira!

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 31 de Outubro de 2013

O nascimento da noite gay em São Paulo é contado em prosa e verso em novo documentário de Lufe Steffen. Nas fotos acima, cenas das boates Medival e Corintho nos anos 70 e 80 Créditos: Acervo pessoal de Elisa Mascaro/ DivulgaçãoO nascimento da noite gay em São Paulo é contado em prosa e verso em novo documentário de Lufe Steffen. Nas fotos acima, cenas das boates Medival e Corintho nos anos 70 e 80 Créditos: Acervo pessoal de Elisa Mascaro/ Divulgação

Novo documentário de Lufe Steffen, São Paulo em Hi-Fi resgata a memória da noite gay paulistana dos anos 60, 70 e 80, período considerado a “Era de Ouro” das festas. Com estreia marcada para o próximo dia 10 de novembro, o longa traz depoimentos de personagens que viveram o nascimento de clubes históricos como Medieval, Corintho, Homo Sapiens (HS) entre outros e também testemunharam a ditadura militar e o surgimento da AIDS.

Foram ao todo 20 entrevistados, entre eles a drag queen e psicólogo Kaka di Polly, que relembra as entradas dramáticas na Medieval: “Você imagina um Darby Daniel (produtor) chegando carregado por sete anões, num caixão de vidro, vestido de Branca de Neve”, contou.

Aliás, a boate, que era na Rua Augusta, atraía multidões que ficavam na porta para ver o povo entrar: “O Darby Daniel é um de nossos entrevistados e fala sobre a cena da Branca de Neve. E foi ele também quem colocou Wilza Carla, em cima de um elefante, para ela chegar numa festa no Medieval em 76”, adiantou Lufe.

Ainda entre os entrevistados estão nomes como o escritor João Silvério Trevisan; o jornalista Celso Curi, autor da “Coluna do Meio”, primeira coluna gay do jornalismo brasileiro, em 1976; o historiador norte-americano James Green; os jornalistas Leão Lobo e Mário Mendes; a empresária Elisa Mascaro, dona da Medieval e da Corintho; a transexual Gretta Starr e Miss Biá, pioneira nos shows de transformismo na NostroMondo, a boate gay em atividade mais antiga de São Paulo, inaugurada em 1971.

A grande estreia de “São Paulo em Hi-Fi” acontece no próximo dia 10 de novembro no Cinesesc, dentro da programação do Festival de Cinema Mix Brasil, na sessão das 20h. O longa terá ainda mais uma exibição na capital paulista e outras duas no Rio de Janeiro.

“São Paulo em Hi-Fi” é o segundo documentário de Lufe Steffen sobre a noite gay paulistana. Em seu primeiro filme do gênero, “A Volta da Paulicéia Desvairada”, o cineasta se dedicou a documentar a cena noturna dos dias atuais.

04-02-2014 às 15:52 Allan
"Eramos jovens e achávamos que jamais envelheceríamos e morreríamos"... A COISA NÃO MUDOU MUITO. O QUE MUDOU É QUE OS GAYS DE HOJE EM DIA SÃO MUSCULOSOS E DEPILADOS.
03-11-2013 às 08:39 Gasômetro
Sinto saudade dos tempos em que os festivais Brasil Mix eram exibidos em Porto Alegre. A gente ficava atualizado de muita coisa que ocorria no mundo gay. O cinema Eduardo Hirtz da Casa de Cultura Mário Quintana esbanjava filas de curiosos na Travessa dos Cataventos à espera de ingressar na sala. Havia um fervo, uma festa. Nós nos sentíamos próximos dos nossos afins. Nós éramos o povo e estávamos junto ao povo de nossa identidade sexual. Com o descenso do Nuances e do Somos, ONGs que defendiam os gays diante das demandas sociais e legais, muita coisa se perdeu na capital gaúcha. Uma delas foi o Mix Brasil. Público sempre houve, e farto. Sem essas duas referências, nós, os homossexuais de bombacha e chapéu de barbicacho, estamos órfãos e não podemos ver esses documentários muito bons e necessários, como resgate da História da sexualidade. Uma pena. Não há um jeito de trazer esses filmes para que os gaudérios possam também apreciá-los ? Alô, Cine Bancários ! Põe na pauta esse documentário e - por que não ? - o Festival Mix Brasil. Arrotando ou não macheza, mesmo que só para consumo externo, nós, rio-grandenses, queremos relembrar aqueles tempos GLO-RIO-SOS.
01-11-2013 às 13:56 GAY % & GAY %
Nâo acho um retropctiv que retra mais á diferenças de tribos blocos carnavalesco das noites dos botiquinhos é botecos bares de sp % sp ! Com a decada dos anos 60 70 80 das baladas é circuitos gays do rj % rj . MADE IN BRAZIL % BRAZIL IN MADE Thanks
01-11-2013 às 12:43 Maurício - Sao Paulo
Estas foram épocas marcantes, nos dois sentidos: Eram a época da repressão militar e a repressão da gays enrustidos e "heteros" que eram passivos e vinham a se descobrir mais tarde. Os ícones gays da mídia naquelas décadas eram aqueles mais afeminados e que serviam de capacho de dondocas, como os costureiros Denner e Clodovil, os carnavalescos Clóvis Bornay e Evandro de Castro Lima, as travestis que começaram a encarnar artisticamente era Rogéria, Jane Di Catro, Roberta Close, que ganhou música de Erasmo Carlos e Thelma Lipe, jurada do Clube do Bolinha, programa considerado breguissimo na época, que existia um quadro Eles e Elas, onde os transformistas se apresentavam, mais tarde Silvio Santos vendo este filão, começou a exibi-los no Programa Show de Calouros ao domingos á noite, onde os jurados Elke Maravilha, simpatizante gay assumida e Aracy de Almeida, lésbica mal humorada e velha, Jacinto Figueira Junior, o homem do sapato branco, senhor que usava ternos brancos e falava pausadamente e sarcasticamente que posteriormente veio a falecer solteiro e na miséria. Lembro da galéria Alasca no Rio onde eram os encontros de travestis, michês, maconheiros, prostitutas. Em Porto Alegre a grande Boate Flower’s, a famosa rua da praia, onde a cassação comia solta, Floripa com a boate Opium, mais tarde a Chandom. Dançavamos discotecas, hoje essa porcaria de música eletrónica e cheio de "tribos" de merda. O melhor ninguém pega mais, tempo das festinhas de garagens, onde cada um trazia um prato de comida ou uma bebida e curtíamos. Hoje só se vê zumbis (drogados) e bichas pé de chinelo pagando de superior. Hoje personagens insignificantes como Crô e Félix distorcem e incriminam os gays, como são nojentos. Cazuza, Renato Russo, Angela Ro Ro, Cassia Eller, Freddy Mercury e outros são hoje idolatrados, pois na época eram redicularizados.
01-11-2013 às 01:58 Gustavo RJ
Ah que saudades!!! o brilho, o glamour da epoca gay entre Rio/São Paulo nas decadas de 70, 80, e 90 foram as melhores, deixando muitas lembranças boas e saudosas, pena que na entrada do seculo 21, as noites viraram trevas, tudo acabou, mas as lembranças sempre ficam nas nossas memorias.
31-10-2013 às 18:22 Paulete Kooper
Mona, vamos cortar o refrigerante e cair na dieta do chá, é pá-casca, a barriga diminui. A outra precisa de vitamina B! Eu, lina, no Arouche!
31-10-2013 às 18:09 Cleópatra
Évora,em portugal, cidade mística com ruínas das construções gregas, porém o povo vive nos costumes do passado, a paisagem bucólica. São Paulo, década de 70, um passado distante, que vale à pena relembrar, mas sem essa de saudosismo! A terra gira!
31-10-2013 às 17:57 Meretriz do Arouche- 80 anos
Muita melancolia e nostalgia. Não vai chorar, heim mona! Acredita, bonita!
31-10-2013 às 17:53 para "Me assumi"
KKKKKKK, bregas são os dias atuais. Tá louco?
31-10-2013 às 17:48 Me assumi...
Época da breguice, da cala boca de sino, dos negrinhos função de cabelo raspado. Eu era uma menina!