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Preconceito em campus

Professores e alunos acusam docente da UFMG de homofobia.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 09 de Abril de 2015

A reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu, nesta semana, mais um pedido de apuração contra atos preconceituosos em campus da instituição. Após denúncias recentes sobre racismo e sexismo, desta vez, alunos e professores apontam um caso de homofobia ocorrido dentro de sala de aula, na Faculdade de Direito. A informação foi confirmada pela assessoria da instituição, que afirmou estar apurando a situação, mas ainda não ter aberto processo administrativo para investigação.

Conforme postagem feita no perfil do Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP) no Facebook, o professor José Marcos Rodrigues Vieira teria dito em aula para alunos do 5º período, no dia 23 de março: “Graças a Deus existe um pouco de heterossexualidade no Direito”. A frase teria a intenção de condenar a homossexualidade, segundo petição. Ele ainda criticou a cena protagonizada pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg na telenovela “Babilônia”, da TV Globo. O folhetim também foi alvo de críticas de grupos religiosos contrários à união homoafetiva, no mês de março.

Mensagem postada no perfil do Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP) no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)Mensagem postada no perfil do Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP) no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)

Contrários às declarações, muitos alunos se retiraram da sala de aula e foram chamados de “vagabundos”, conforme detalha a petição, por “estarem supostamente despreocupados com aquilo que ele ensinava". Uma das alunas presentes também teria se manifestado contra a citação nas redes sociais e, no dia 26 do mesmo mês, o assunto voltou a ser pauta em sala. O professor teria se mostrado insatisfeito com as declarações feitas.

Hoje (9), após ter sido procurado anteriormente sem sucesso, o professor informou por meio da assessoria, que não vai comentar o assunto.

Em nota, o CAAP repudiou a atitude do professor. “Acreditamos que é necessário romper com a tradição de silenciamento institucional das opressões cotidianamente perpetradas na Faculdade. Atos homofóbicos como o do Professor José Marcos Vieira, mascarados como inocentes opiniões pessoais, são extremamente violentos porque contribuem para a inferiorização social da população LGBT. Isso é inaceitável não só porque se trata do contexto de uma Universidade Pública, que deve respeitar a diversidade, mas, sobretudo, porque estamos num país que ostenta índices recordes de violência física e moral contra gays, lésbicas, travestis e transexuais”, afirmaram representantes do Centro Acadêmico Afonso Pena.

Ainda de acordo com o CAAP, alguns alunos avaliam pedir o trancamento da disciplina ministrada pelo professor. O centro informou que o catedrático continua dando aulas normalmente, mas o clima é de tensão entre os estudantes.

Reclamações foram levadas ao diretor da Faculdade de Direito, professor Fernando Gonzaga Jayme, que teria evitado questionamentos ao professor, e indicado que a aluna se retratasse pelas manifestações feitas contra a afirmação de Rodrigues. Ao sugerirem o afastamento de Rodrigues e insistirem na apuração dos fatos, os alunos teriam ouvido de Jayme que, mesmo que ele indicasse a abertura de um processo administrativo, ele mesmo teria condições de manipular as investigações, de forma a beneficiar o colega docente.

A petição foi assinado pelo próprio CAAP, pelo Centro Acadêmico do Curso de Ciências do Estado (Cace), ministrado também da Faculdade de Direito, e cinco professores da universidade. Um deles, o professor Marcelo Maciel Ramos, também disse em nota que “a manifestação de desapreço, no exercício de uma função pública como a docência, a um grupo minoritário e vulnerável ofende não só os alunos para os quais o discurso se dirigiu. Ela ofende, discrimina e inferioriza alunos, professores e servidores técnicos homossexuais. Ela ofende alunos, professores e servidores técnicos heterossexuais comprometidos com a defesa da igualdade, da liberdade e da dignidade da pessoa humana. Ela ofende a própria dignidade universitária e os fundamentos do Estado de Direito”.

14-04-2015 às 16:33 Josy de Souza
Realmente, uma situação complicada. O mundo jurídico e extremamente heterossexual. Eu sei porque quando fazia o curso de Direito senti na pele o preconceito e a discriminação. A começar pela vestimenta com que devia me apresentar. Ouvi de alunos da faculdade que eu devia me prostituir e não cursar Direito. Cheguei a fazer tratamento psicológico e tomar antidepressivo. É claro que eu já conhecia os meios jurídicos legais para enfrentar tal situação, mas o abalo psicológico foi tão forte que eu não tinha reação. Chegava ao ponto de algumas colegas me aconselharem a não advogar. Mas também tive verdadeiras expressões de admiração por parte de muitos colegas. Felizmente guardo apenas os nomes desses colegas e não dos agressores verbais. Podem não acreditar, mas os professores eram meus maiores incentivadores. Se o professor José Marcos Vieira for considerado culpado, deixo, desde já, meu repúdio ao seu comportamento em questão e espero que ele pague pelo enorme estrago social que suas palavras causam. Saliento que a tempo, prefiro acreditar na sua inocência, uma vez que a inocência é condição legal de todo cidadão até que se prove o contrário em trânsito final condenatório.
11-04-2015 às 03:42 P/ Judeu
O holocausto nazista contra vocês também foi "fricote"? Deve ter sido mesmo.
10-04-2015 às 14:50 Pipiu P/ Ribeirão Preto
Meu cuzinho rosado para você, bicha da Califórnia Brasileira!
10-04-2015 às 10:21 Celso de Mello
Mais uma vez o corporativismo no alto escalão emperra a elucidação dos fatos, fazendo vistas grossas a atos repugnantes de discriminação. Temos que acabar com esse machismo idiota e colocar os vagabundos na cadeia. Foram- se os tempos em que homossexuais eram enxotados de repartições públicas, empresas, escolas, etc... Há leis vigentes análogas coercitivas à homofobia... Só basta abrir as representações e ouvir o que os machos têm a dizer, ou seja nada racional!
10-04-2015 às 08:27 JUDEU
JÁ NÃO BASTA A CRISE QUE ESSE PAIS ESTA VIVENDO, TEMOS QUE NOS PREOCUPAR AINDA COM FRICOTE DE VIADO ...TNC !!!!!!!!!
10-04-2015 às 01:09 cascavel
Tem gente que comenta um assunto se ele estiver escrito.mais quando fala a sua opinião caga.caso deste professor.um colega meu sempre ficava vermelho quando se falava de gay ,comecei a perceber que ele era .um dia peguei no flagra .pronto foi a resposta.Nossa mais era gostosinho.
09-04-2015 às 23:33 Ribeirao Preto para Ribeirao Preto
Dae bicha, vamos subir no morro mosteiro esse final de semana? ja tem dois dias sem neca, fico loca, e vc tb ne!!!!
09-04-2015 às 17:10 Para Ribeirão Preto
você vive postando comentários homofóbicos aqui,porque você não se assume de uma vez? pois este é um site GAY, e você não deixa de ficar olhando os belos homens que aparecem aqui,sai do ARMÁRIO viado.....
09-04-2015 às 15:42 Livro Que Fala
Houve um erro de comunicação tanto por parte dos alunos, quanto por parte do professor. O professor polemizou dentro da sala de aula, e o debate era para se limitar a sala de aula. Acho que o professor esperava mais dos alunos, esperava obter respostas que o satisfizesse ; e acho que os alunos esperavam mais do professor. Se o professor não domina a causa , então é melhor não polemizar para não sair frustrado com os alunos, e consigo mesmo.
09-04-2015 às 11:19 Aposenta Ele.
Esses tipos de gente tem que ser ignorados para não sujar a imagem da magistratura. Melhor seria aposentar ele.