Crítico

Giorgio Armani: ícone de elegância aos 80 anos

Os estilistas italianos andam com tudo – e sem papas na língua. E o mais novo integrante da turma da polêmica é Giorgio Armani, que acaba de ser entrevistado pela revista The Sunday Times. No recheio da matéria, opiniões fortes que giram em torno da estética e, claro, do nosso vestuário. “Um homem gay é um homem e precisa se vestir de forma masculina, como homem”, contou ele, para logo emendar: “Quando a homossexualidade é exibida ao extremo se torna algo que não combina comigo”.

E o que faz um garoto atraente para o estilista? “Não gosto de homem musculoso, que vai muito à academia. Porém, aprecio aqueles que se cuidam sem usar muito os músculos”, rebate o criador famoso por levar, diga-se, nomes bem delineados às suas campanhas de underwear, tais quais Calvin Harris e David Beckham.

Armani, hoje um dos designers mais poderosos do planeta – com patrimônio avaliado em mais de 5 bilhões de euros – também criticou as cirurgias plásticas: disse que um seio pequeno não deve se transformar em grande e que uma mulher deveria ter coragem de envelhecer e não fazer de tudo para parecer mais jovem.

À parte a perseguição que se faz em tempos de politicamente correto, acredita-se que a entrevista de Armani tem tomado proporções exageradas. Diferentemente de Stefano Gabbana e Domenico Dolce, dupla que criticou as famílias gays, o italiano nada mais defende que a elegância. “Harmonia e naturalidade são o significado da elegância. É muito pessoal e sutil. E está intimamente ligada à sua inteligência”, já disse.