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Mercado gay

Público LGBT cresce em potencial de compras no Brasil e se torna alvo de marcas conhecidas.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 18 de Junho de 2015

O casal Ricardo Fernandes, de 33 anos, e Carlos Eduardo Nagliatti, de 41, chamado de Cadu pelo companheiro, está junto há uma década. O tradicional sonho de casar de branco, com cerimônia pensada detalhadamente e direito a jogar o buquê sempre esteve na ideia dos dois. De tudo isso, o que o casal já realizou foi a compra da aliança da Tiffany&Co., contou Ricardo, agente de viagens.

Ricardo Fernandes e Cadu Nagliatti compraram uma aliança em Roma durante uma das diversas viagens que já fizeram juntos ao exterior.Ricardo Fernandes e Cadu Nagliatti compraram uma aliança em Roma durante uma das diversas viagens que já fizeram juntos ao exterior.

Este ano, pela primeira vez em 178 anos de existência, a Tiffany inseriu a imagem de um casal de homens numa de suas propagandas. Embora não façam pedido de casamento ou mostrem alianças, fica explícita a mensagem de que a joalheria americana se atualizou.

"O amor entre duas pessoas assume muitas formas. Já não há apenas um caminho tradicional para o casamento. Os casais retratados na campanha representam a diversidade de pessoas que visitam a Tiffany todos os dias para encontrar o anel perfeito, símbolo da união e a expressão máxima do amor", diz Luciana Marsicano"" diretora da marca no Brasil.

Segundo Luciana, a joalheria está expandindo suas coleções masculinas. O icônico anel de noivado com um diamante solitário, criado em 1866, custa no Brasil a partir de R$ 60 mil.

"Cada vez mais empresas estão apresentando seus produtos nas chamadas propagandas plurais, mostrando casais formados por dois homens ou duas mulheres, para falar aos novos arranjos familiares", observa Reinaldo Bulgarelli, professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo e sócio da Txai Consultoria, que trabalha o tema da diversidade com empresas desde 1998.

ESTATÍSTICAS SUBAVALIADAS

Essas companhias estão de olho num público mundial que tem nada menos do que US$ 3 trilhões para gastar ao ano, dinheiro que equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) da França. No Brasil, o potencial financeiro do segmento LGBT é estimado em US$ 133 bilhões, o equivalente a R$ 418,9 bilhões, ou 10% do PIB nacional (Produto Interno Bruto, total de bens e serviços produzidos no país), segundo a Out Leadership, associação internacional de empresas que desenvolve iniciativas para o público gay. Os números são subestimados, já que nenhum país inclui em seu censo estatísticas sobre a população homossexual. Na Europa, o potencial de consumo é estimado em US$ 873 bilhões. Nos EUA, chega a US$ 760 bilhões.

Em 2010, o IBGE descobriu que existem no Brasil ao menos 67,4 mil casais formados por pessoas do mesmo sexo (0,18% da população), ao incluir no Censo a pergunta: qual o grau de parentesco com o chefe da família? A população homossexual no Brasil é estimada em 20 milhões.

"O número oficial é subavaliado, já que nem todos se declaram homossexuais", explicou Reinaldo Gregori, sócio da consultoria Cognatis, que fez um estudo sobre o mercado gay.

Conheça a campanha com casal gay das novas embalagens da Vale Fértil

No Brasil, os bancos foram um dos setores pioneiros a falar com esse público. Nos anos 2000, o Banco Real já oferecia a possibilidade de que duas pessoas do mesmo sexo compusessem renda para ter acesso ao crédito imobiliário. O Santander, que comprou o Real, manteve a política de que casais gays somem a renda para a compra da casa própria.

SETOR DE TURISMO

O mesmo ocorre na Caixa Econômica Federal. O banco estatal informa que “não há condições de financiamento imobiliário distintas considerando dados pessoais do cliente (idade, sexo etc.)”.

Outro segmento que sempre esteve atento ao potencial de consumo dos gays é o turismo. Segundo a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes, apenas os turistas LGBT movimentam R$ 150 bilhões no Brasil, por ano. Na Be Happy Viagens, especializada em roteiros românticos e de lua de mel, o público LGBT já representa 5% dos clientes. Das 400 viagens vendidas no ano passado, vinte foram compradas por casais gays. Em três anos, o crescimento foi de 50%, contabilizou Jacqueline Dallal, fundadora da agência, que atende um público disposto a gastar em média R$ 35 mil por pacotes para destinos como Tailândia e Ilhas Maldivas.

"Já trabalho com um nicho de clientes exigentes, incluindo os casais gays. Atendê-los requer conhecimento mais especializado sobre hotéis que são gay friendly", disse Jacqueline.

22-06-2015 às 08:15 Hudson
... uma jogada de marketing e tanto o uso de homosexuais em campanhas , não ha outro objetivo além da venda dos produtos !!!!
21-06-2015 às 13:26 Hadoro
Adogooo as mona arrasaram no pó de arroz! E os lápis no olho deve ser da MAC! Ui, relacionamento lésbico é tudo. A mais novinha está muito mal botocada. E quando vamos se ver na ChilliPeppers?
19-06-2015 às 17:45 Mona ignorante P/ Catacu
Além de curioso, é muito sugestivo! Já pesqusei o significado de "lobotomizado", viu? Num sentido figurado. Entendi.
19-06-2015 às 13:57 Mona ignorante P/ Catacu
Muito curioso o seu nic( "Catacu"). Mas, a propósito, o que significa "lobotomizada", mesmo? "aH! já sei! Vou lá no Dcionário Online de Português!
19-06-2015 às 13:05 Mona ignorante P/ Fabuloso
VC não deveria assinar "Fabuloso", mas sim "CABULOSO"! e "cabuloso", vc já sabe o que significa, não é? Se não sabe, por favor, vá lá no Dicionário Online de Português. Rápido, simples, sucinto, mas com boas definições para quem não tem muito tempo ou paciência para ficar consultando um Houiss ou Aurélio.
19-06-2015 às 11:38 Fabuloso p catacu
Arrasou com a mona sem escolaridade. E essas poc poc que comentam só para diminuir o valor desse comportamento empresarial, certamente são imaturas, superficiais, alienadas e só vão correr atrás dos direitos gays no dia em que forem agredidas em praça pública por assediarem o bofe errado. É Bunita, são bibas como vc que acabam como vítimas dos homofóbicos.
19-06-2015 às 04:11 Bunita
Ai eu quero neca!!! E meu cu pra vocês!!!
19-06-2015 às 02:58 Katacu
Triste a sua posição de lobotomizada. O movimento gay nunca buscou a aprovação de ninguém para nossas vidas. Não precisamos de tapinhas nos ombros, lutamos por tratamento semelhante a todos outros humanos que habitam a terra. Lembre- se de como o negro era escrachado recentemente, a mulher diminuida o tempo todo, e toda uma serie de preconceitos horriveis, vergonhosos, verdadeiros estandartes da pequena inteligencia, do egocentrismo e da maldade com o outro. Temos dinheiro e isso nos da poder de escolha, nos da valor. Que otimo poder comprar de quem propaga um discurso que nos é favoravel. Melhor do que consumir daquela empresa que omite nossa posiçao no mundo, ou pior, financia campanha de Bolsonaros e Felicianos. Graças a deus vivemos no capitalismo, porque toda a experiencia socialista foi terrivel. Entregar seu poder de escolha para outro ser humano é abdicar da propria vida, é emburrecer- se da burrice alheia. Parem com comentarios ingenuos de " me amem" me aceitem" ou coisas do tipo, aprendam a fazer acontecer. Gay consciente vai dar lucro para quem apoia nossa causa.
18-06-2015 às 18:32 Loiro
Agora que a inclusão social é uma questão política todos querem apoiar. Alguma empresa fez apologia a diversidade comercial na década de 70 e 80 quando a homossexualidade ainda constava na lista de doenças da OMS? Claro que não! kkkkkkkk