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Sem diferenças

Pesquisa mostra que os cérebros de pais gays agem como o de um pai e o de uma mãe.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 23 de Junho de 2015

As coisas não estão indo muito bem para quem é contra a adoção de crianças por casais gays no quesito argumentos. A ideia de que pais gays teriam dificuldade para desempenharem os papéis tradicionais de pai e de mãe está completamente errada, segundo um novo estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

De acordo com o texto, os cérebros dos pais gays mudam da mesma forma que os dos seus colegas heterossexuais depois da paternidade. Os pesquisadores analisaram imagens do cérebro de pais tanto gays quanto heterossexuais, e descobriram que os homens homossexuais que adotaram crianças por meio de barriga de aluguel sofreram alterações em regiões do cérebro assim como mães e pais héteros.

Curiosamente, enquanto o estudo constatou que o cérebro de pais e mães heterossexuais de primeira viagem passam por diferentes mudanças, pais homossexuais passam por uma combinação dos dois, o que sugere que pais gays desempenham os dois papéis na paternidade.

Neurologicamente falando, pais gays são capazes de assumir o papel tanto de mãe quanto de pai, e reagir às atitudes da criança de acordo com isso.

O estudo foi realizado pelo pesquisador Eyal Abraham, da Universidade Bar-Ilan, em Israel, com a contribuição de Ruth Feldman, também da Bar-Ilan, e da professora Talma Hendler, do Centro Médico Sourasky, de Tel-Aviv. Os pesquisadores filmaram as novas mães e pais interagindo com seus bebês, e mediram a atividade cerebral dos pais enquanto eles reviam esses vídeos. As imagens revelaram que pais gays apresentaram atividade emocional na amígdala semelhante a novas mães, enquanto ao mesmo tempo exibiam aumento da ativação dos circuitos cognitivos que ocorreram nos cérebros dos novos pais heterossexuais.

“Os cérebros dos pais são muito maleáveis. Quando há dois pais, seus cérebros tendem a trabalhar nas duas frentes, na emocional e na cognitiva, para atingirem um nível ideal de paternidade”, explica Feldman.

Abraham acrescenta que esta é uma oportunidade de examinar possíveis desenvolvimentos na paternidade, dada a “reorganização da família tradicional, a redefinição dos papéis maternos e paternos” e o aumento do papel dos homens na educação dos filhos.

“Apesar do crescente envolvimento dos pais na criação das crianças, poucas pesquisas até agora têm examinado a base biológica da paternidade, e nenhum estudo examinou a base cerebral da paternidade humana quando os pais assumem a responsabilidade primária de cuidados com o bebê. As famílias de dois pais proporcionam um cenário único para avaliar as mudanças no cérebro do pai ao assumir o papel tradicionalmente ‘maternal'”, diz.

Falando sobre as implicações do estudo para unidades familiares não tradicionais, Abraham afirma que os resultados indicam que assumir o papel de um pai comprometido pode desencadear uma rede global de “cuidado paternal” no cérebro de homens e mulheres, tanto biológicos quanto não relacionados geneticamente com a criança. Em outras palavras, você não tem que ser a mãe biológica da criança para desenvolver boas competências paternais.

“Além disso, as descobertas descrevem o mecanismo de maleabilidade do cérebro com as experiências de cuidado em pais humanos. Enquanto apenas as mães passam pela gravidez, parto e lactação, a evolução criou outros caminhos para a adaptação do papel paternal nos homens, e esses caminhos alternativos vêm com a prática e com o cuidado no dia-a-dia”, fala.

Claro, todas essas descobertas são baseadas no envolvimento dos pais. “Os pais devem se envolver em atividades de cuidados infantis, porque este é o seu caminho para as mudanças cerebrais e a ligação com os filhos”, aponta Feldman. Quanto mais o cérebro é ativado por meio de prestação de cuidados, mais sensível se torna para as necessidades da criança.

“Quando as mães estão ao redor, a amígdala dos pais pode descansar, porque a mãe assume o papel de se preocupar com a cria. Quando as mães não estão por perto, o cérebro dos pais precisa assumir esta função”, explica a cientista.

As conclusões do estudo parecem reforçar o caso da paternidade homossexual, um tema de constante debate e alvo de preconceito. No Brasil, até pouco tempo atrás, a decisão ficava por conta da interpretação legal dos juízes que, quando concediam a adoção, faziam unicamente para indivíduos, e não para casais homossexuais. Com a regulamentação do casamento civil entre homossexuais em 2012, o processo ficou mais fácil. Perante a lei, pais homossexuais têm os mesmos direitos e devem apresentar as mesmas prerrogativas que os heterossexuais caso queiram adotar uma criança.

Os opositores do casamento gay e grupos anti-LGBT argumentam que a paternidade gay é ruim para as crianças, porque lhes dá uma vida familiar muito instável, não fornece uma educação saudável e as passa um sentimento de que não são normais. Mas este argumento é enfraquecido pelos próprios filhos de pais do mesmo sexo, sendo que muitos dos quais têm declarado não notar qualquer diferença no amor e cuidado dos pais.

E a ciência parece concordar. Na Austrália, os pesquisadores descobriram que ser criado por pais homossexuais não prejudica o desenvolvimento social das crianças, sua educação ou sua saúde emocional. Esta conclusão é corroborada por uma revisão de 2010 de pesquisas científicas sociais feita pelos sociólogos Judith Stacey, da Universidade de Nova York, e Tim Biblarz, da Universidade do Sul da Califórnia.

A ideia geral é resumida por Andrew J. Cherlin, sociólogo da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, também nos Estados Unidos: “A esmagadora evidência até agora é que não há muita diferença entre crianças criadas por pais heterossexuais ou homossexuais”. [Policymic]

29-06-2015 às 03:03 Kulturado aos 3 amigos abaixo
Não tenho sobrinhos ainda mas graças a deus tenho irmãos descentes. Se , por influencia de seus respectivos esposos ,algum dia agirem assim, querendo empurrar filhos para minhas costas, sou bem resolvido, esperto, esclarecido para colocá- los no lugar. Meus pais nunca criaram sobrinhos, por que eu por ser homo tenho que fazer isso? Não entendo essas bibinhas mal amadas e insegurasque caem nesse jogo. Fico com a ciencia do direito, que é uma ciencia social: filhos sao parentes de primeiro grau, sobrinhos sao do terceiro grau, entenderam? Vai pensando que na velhice o sobrinho entre cuidar do pai, seu irmao e vc, vai pensar em vc que o sustentou mas é tio...never, meu bem! Ah, me exaltei porque vivi por 5 anos com um cara que nao podia levar o namorado gay na casa dos pais mas era extorquido para dar o melhor para a sobrinhada. Por isso cansei dele...bobão...mas a vida ensina.
28-06-2015 às 19:13 Cesare Lombroso
Esse estudo americano tem um certo cheiro de determinismo biológico que nos remete às teorias lobrosianas do século XIX.
27-06-2015 às 19:13 P/ Patrick Roitman
NOssa! Mais um detonando a sobrinhada aqui no Mundo Mais? Não estou criticando você, pois acredito em suas palavras. Eu não tenho sobrinho explorador, mas tenho sogra pilantra e mau caráter! Não sei quem de nós dois estamos em piores lençóis! Tem hora que tenho vontade de esganar aquela bruxa!
25-06-2015 às 20:30 Patrick Roitman
CLOVIS....ja vi este filme teu muitas vezes..aqui nos USA o que nao falta so gays que ralam e dao de tudo pr familia no BRASIL..pagam escola e universidade e sao pais a distancia de sobrinhos de seus irmaos e irmas irresponsaveis que so sabem fazer sempre algum dram pra sempre estorquir mais dinheiro..eu que sei sou motivo de desonra nao meto a mao no bolso mais ..qier ser pais ..adote..ser pais de sobrinhos e besteira,,eles nao te valorizam ..como diz a minha irma 'gay nao te passarinho pra dar agua e tem d ajudar mesmo' e mole ouvir isso.
25-06-2015 às 01:45 Clovis
Desculpa, mas me belisquem, não entendo,não aceito, não aperto a mão e nem entra na minha casa preconceituosos. Minha mãe forçou me a criar os filhos do meu irmão irresponsável fazedor de filhos não sem a sociedade de mulheres pilantras que buscam algum trouxa para tirar vantagem. E também os filhos da minha linda irmã piranha que não vive sem homens. Que dá chiliques alardeando amor aos filhos...mas que na verdade mesmo, sempre os abandonou por rola. Fui o tio mariquinhas sem filhos, rejeitado, mas com sucesso e dinheiro. Hoje vejo que fui usado pelos lindos pais heterossexuais que nunca me aceitaram, muito menos defenderam. Enchi meus sobrinhos de presentes, paguei escola, faculdade... Me arrependo. Os filhos dos meus irmãos, criados com meu suor, com uma vida feita por meu unico esforço...adivinham? Amam seus pais e acham que o que eu fiz foi minha obrigação. São todos heterossexuais e apenas toleram aminha vida talvez com olhos no que poderão herdar. Mas 2 deles filhos da minha irmã são evangélicos, outra é catolica extremista, e , os outros, são caras feitos à imagem do meu irmão: comedores, fazedores de filho, que só falam de futebol e cerveja. E depois vem dizer que gay não serve para pai?Criei filhos dos outros e isso pode?cColocar no mundo e não ter responsabilidade, pode? Jogar recém nascido no lixo, pode? E ser egoístas e manipuladorescomo meus pais foram? Quer saber, hoje resolvi gastar tudo o que acumulei comigo, nem que seja com um michê pauzudo, mas não deixo mais nada para essa familia tão tradicional.
23-06-2015 às 14:43 love
Isso e logico. E um filho , so porque sao dois homens que não vão saber cuidar de uma criança com mesmo amor e carinho de um casal hetero.
23-06-2015 às 13:54 Leitor
No título: agem*. ;-)
23-06-2015 às 08:48 Nereu
A ciência provando que amor e carinho cabem em todas as frentes. Preconceito é coisa de gente doente. Insana.