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Disseminação

Saiba como cientistas conseguiram mapear cidade onde a AIDS nasceu.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 01 de Dezembro de 2015

Sob a ótica atual, é fácil ver por que a Aids parecia tão misteriosa e assustadora quando os médicos americanos começaram a se deparar com ela, há 35 anos.

Os sistemas imunológicos de pessoas jovens e saudáveis eram tomados de assalto e deixados fracos e vulneráveis. E a doença parecia ter surgido do nada.

Hoje sabemos muito mais sobre como e por que o HIV – o vírus causador da Aids – se tornou uma pandemia global. Como era de se esperar, por ser uma doença sexualmente transmissível, profissionais do sexo foram um fator importante para isso. Mas não menos importante foram os papéis do comércio, do colapso do colonialismo e as mudanças sociopolíticas do século 20.

O HIV logicamente não apareceu do nada. Ele provavelmente surgiu como um vírus que afetava macacos e grandes primatas no centro-oeste da África.

De lá ele passou para humanos em várias ocasiões, possivelmente porque as pessoas consumiam carne de caça infectada. Algumas pessoas, por exemplo, apresentam infecção por uma versão do HIV mais próxima à encontrada em macacos mangabey cinzentos (Cercocebus atys). Mas o HIV que veio dos macacos não se tornou um problema global.

Nós somos mais próximos dos grandes primatas, como gorilas e chimpanzés, do que dos macacos. Mas mesmo quando o HIV passou desses primatas para populações humanas, não se transformou necessariamente em uma questão de saúde generalizada.

Acaso

O HIV originário dos grandes primatas pertence tipicamente a um tipo de vírus chamado HIV-1. Apenas uma forma do HIV se espalhou amplamente após passar para os humanos. Essa versão, provavelmente originária dos chimpanzés, é chamada de HIV-1 grupo M.

Mais de 90% das infecções por HIV pertencem a esse grupo. O que levanta uma questão óbvia: o que há de tão especial sobre o HIV-1 do grupo M?

Um estudo publicado em 2014 sugere uma resposta surpreendente: pode não haver nada particularmente especial sobre esse tipo do HIV.

Ele não é particularmente mais infeccioso, como poderia ser de se esperar. Em vez disso, parece que simplesmente essa forma de HIV se aproveitou do acaso. "Fatores ecológicos, em vez de fatores evolutivos, levaram o vírus a se espalhar rapidamente", observa o pesquisador Nuno Faria, da Universidade de Oxford.

Mutações regulares

Faria e seus colegas construíram uma árvore genealógica do HIV, observando uma ampla gama de genomas do HIV coletada de cerca de 800 pessoas infectadas na África central.

Os genomas incorporavam novas mutações a uma velocidade regular, então ao comparar duas sequências de genomas e comparar as diferenças, eles podiam identificar quando as duas amostras tiveram um ancestral comum pela última vez. Essa técnica é amplamente usada, por exemplo, para chegar à conclusão de que nosso último ancestral comum com os chimpanzés viveu há 7 milhões de anos.

"Os vírus de RNA, como o HIV, evoluem aproximadamente 1 milhão de vezes mais rápido que o DNA humano", diz Faria. Isso significa que o "relógio molecular" do HIV anda muito rápido.

Tão rápido que Faria e seus colegas descobriram que todos os diferentes genomas do HIV tiveram um ancestral comum há não mais que cem anos. A pandemia do HIV-1 do grupo M provavelmente começou nos anos 1920.

Como os pesquisadores sabiam de onde cada uma das amostras de HIV havia sido coletada, eles conseguiram determinar uma cidade específica na origem da pandemia: Kinshasa, hoje capital da República Democrática do Congo.

A essa altura, os pesquisadores mudaram de rumo. Eles se voltaram então aos registros históricos para tentar descobrir por que infecções por HIV em uma cidade africana nos anos 1920 geraram uma pandemia.

E uma sequencia provável de eventos rapidamente se tornou óbvia.

Nos anos 1920, Kinshasa, então Leopoldville, era uma das cidades mais conectadas da ÁfricaNos anos 1920, Kinshasa, então Leopoldville, era uma das cidades mais conectadas da África

Cidade conectada

Nos anos 1920, a República Democrática do Congo era uma colônia belga, e Kinshasa – então conhecida como Leopoldville – tinha acabado de se tornar a capital. A cidade se tornou um destino bastante atraente para jovens trabalhadores em busca de enriquecimento, e para profissionais do sexo dispostas a ajudá-los a gastar seus rendimentos. O vírus rapidamente se espalhou pela população.

E ele não ficou confinado à cidade. Os pesquisadores descobriram que a capital do Congo belga era, nos anos 1920, uma das cidades mais conectadas da África. Aproveitando-se de uma extensa rede ferroviária usada por centenas de milhares de pessoas anualmente, o vírus se espalhou para cidades distantes até 1.500 km em apenas 20 anos.

Até que o começo dos anos 1960 trouxe uma nova mudança. O Congo belga ficou independente e se tornou uma atraente fonte de empregos para francófonos de todo o mundo, incluindo o Haiti. Quando esses jovens haitianos voltaram alguns anos depois, levaram com eles uma forma particular do HIV-1 grupo M, chamada "subtipo B", para o outro lado do Atlântico.

Ele chegou aos Estados Unidos nos anos 1970, justamente quando a revolução sexual e as atitudes homofóbicas levavam à formação de grandes concentrações de homens gays em cidades cosmopolitas como Nova York e San Francisco. Novamente, o HIV se aproveitou da situação sociopolítica para se espalhar rapidamente pelos Estados Unidos e pela Europa.

"Não há razão para acreditar que outros subtipos do vírus não se espalhariam tão rapidamente quanto o subtipo B, diante de circunstâncias semelhantes", afirma Faria.

Controle

Mas a história da disseminação do HIV ainda não acabou.

Em 2015, houve um surto de infecções no Estado americano de Indiana, associado com uso de drogas injetáveis.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos vem analisando sequências do genoma do HIV e dados sobre o lugar e o momento da infecção, segundo o pesquisador Yonatan Grad, da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, em Boston.

A experiência mostra como o estudo de doenças como o HIV sob o prisma da sociedade humana podem ajudar no seu controle. "Esses dados ajudam a entender a extensão do surto e ajudarão a entender quando as intervenções de saúde pública funcionaram", conclui Grad.

Fonte: BBC

Pesquisadores acreditam que técnica pode ser útil para ajudar a controlar várias doençasPesquisadores acreditam que técnica pode ser útil para ajudar a controlar várias doenças

17-12-2015 às 21:37 Meu Deus
Meu Deus... chega ser cômico determimados comentários ignorantes, alienados...mais de todos os que eu li o mais engraçado é desse tão de Betão que deveria usar o pseudônimo "burrão" nem vou entrar no mérito científico da questão, porque esse tipo de gente ignorante, é melhor atirar pérolas aos porcos, falarei apenas sobre o que ele afirmou "transar com soropositivo é rolera russa" agora vamos analisar, bom...suponho então que esse ser viva em castidde e nunca tenha transado com ninguém, até porque ninguém tem escrito na testa que é positivo ou negativo...logo me leva a crer que ele não transe com ninguém...agora sinceramente o que mais dói é saber que uma boa parcela da comunidade gay tem esse tipo de preconceito rídiculo, mas que sempre sai por ai em pegação em aplicativos, saunas, enfim....diversos lugares e que muito provavelmente já transou com alguém portador do vírus, sem saber, ai vem aqui e fala, "ai eu não namoraria com um positivo" santa ignorância e hipocrisia, existem tantas qualidades a mais que se deve pesar em uma pessoa do que sua sorologia...abram a mente e parem de hipocrisia...camisinha está ai para se prevenir, e quanto a estourar...então a única forma de ficar 100% longe de riscos e ficar em castidade...agora por favor, para aguns ai, parem de hipocrisia...
16-12-2015 às 13:39 Jiu jítsu
me lembro como se fosse hoje: na quinta série do fundamental meu professor de ciências disse que o homem (...) "foi infectado porque fez sexo com um macaco". não duvido... assim como há relatos de adolescentes fazendo com cabra/ vaca
07-12-2015 às 00:50 Lukas
Para conselho sábio. Meu querido em primeiro lugar gostaria de dizer q de sábio VC não tem.nada. ta mais para ignorante. Agora respondendo sua pergunta: as pessoas q hoje transmitem HIV são pessoas q tem o vírus e não sabem q tem( talvez seja até seu caso). Existem muitas pessoas que morrem de medo de fazer o teste e assim ignoram sua sorologia. São esses q transmitem e são esses que ainda morrem de AIDS, pois só procuram tratamento quando a AIDS se instala no organismo e aí pode ser muito tarde. A propósito, tem feito o teste???
06-12-2015 às 11:30 Conselho Sabio
Gente Gente.... Vcs q estão em relacionamento discordante não abandone a camisinha..Não confiem nesses pesquisas que falam na mínima possibilidade de contágio, sexo oral tbm na faça sem camisinha o risco de contágio é grande. quem está com vírus adora falar que não passa e tal...Mas então como ele pegaram? Ou seja de alguém q tinha... Ame a vc primeiro!
06-12-2015 às 02:20 Jose de Oliva
Palavras dos especialistas e conclusão dos estudos científicos: é praticamente impossível uma pessoa soropositiva com carga viral indetectável transmitir o vírus. O uso do preservativo é super indicado para as mesmas com a finalidade de não acontecer uma outra infecção por HIV ou por uma DST. É claro que sempre vou usar.
05-12-2015 às 17:52 Leal
Não fala asneiras, Betão(ona), se não tem conhecimento. Risco zero de contaminação para carga viral indetectável, além de que, o passivo com + ou - 300.000 cópias, não é o suficiente para transmitir para o ativo, (fato). É lamentável ainda quererem plantar o pânico com um viruzinho que já foi codificado. Temos que acabar com a especulação dos sugadores do dinheiro público, e não com prováveis carimbadores insanos, que arriscam com quem é promíscuo e aceitam o bareback!
04-12-2015 às 14:12 e existe isso
de contaminação proposital? Acho impossível isso acontecer de transar com uma pessoa só pra passar HIV, exceto em caso de estupro. Mas se eu vou transar com um cara e ele não quer transar com camisinha é óbvio que vou largar fora. Tem uma casa de putaria em SP e estava lendo os comentários de uns "carimbadores" comemorando a quantidade de tantas gozadas no rabo dos passivos, era tipo uma competição de quem tinha feito mais... Porém entendi que as pessoas carimbadas por eles não exigiam camisinha, os caras ficam de pau duro e os passivos já iam colocando o pau no rabo pra socarem. Se os passivos eram + ou não já não sei. Lembrando que os soropositivos não tem obrigação de dizerem que são portadores, se um soronegativo não exigir camisinha a responsa é toda dele.
04-12-2015 às 13:58 Betao
Na moral transar com soropositivo é uma roleta russa, camisinha fura muito, daí dps 30 dias só fazer teste q pegou... Não tenha existe essa d carga viral baixa e impassibilidade de contágio, isso é balela, pega mesmo!!!!
04-12-2015 às 07:48 PARA TODOS NA MESMA SITUAÇÃO
PARA AQUELES QUE FORAM CONTAMINADOS DE PROPÓSITO: o que fazer: pegue o exame que confirme que vc foi contaminado, pegue um exame anterior a esse (o último negativo), contrate um advogado (quem não puder pagar procure a defensoria pública) e entre com uma ação contra a pessoa que fez isso! É lei!
03-12-2015 às 23:33 Luciano Kampf
Os primeiros casos remetem ao ano de 1977, Estados Unidos, quando dois nova-iorquinos foram internados acometidos com uma forma estranha de câncer. No final deste ano, morria aos 47 anos a médica Margrethe Rask. Nos anos seguintes, novos casos só aumentaram, se alastrando por vários países. Apenas em 1981 doença seria diagnosticada.