ASSINE JÁ ENTRAR

Lamentável

Mississippi sanciona lei que permite a empresas negar atendimento a gays.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 06 de Abril de 2016

O governador do Estado do Mississipi, Phil Bryant, durante funeral de B.B. King em 2015O governador do Estado do Mississipi, Phil Bryant, durante funeral de B.B. King em 2015

Phil Bryant, governador do Estado do Mississippi, nos Estados Unidos, promulgou uma lei que permite que empresas públicas e privadas neguem atendimento a gays com base nas crenças religiosas de seus empregados.

Mesmo com a oposição de associações de defesa dos direitos gays e de algumas empresas, como a montadora de carros Nissan, Bryant assinou a norma nesta terça (5). Por outro lado, a decisão é apoiada por grupos conservadores e religiosos.

A intenção da medida, segundo o Estado, é proteger aqueles que creem que o casamento deve ser constituído apenas por um homem e uma mulher, que as relações sexuais só devem ocorrer dentro do matrimônio e que masculino e feminino são gêneros imutáveis.

"Este projeto de lei apenas reforça os direitos de liberdade religiosa que existem atualmente, como está indicado na Primeira Emenda da Constituição dos EUA", escreveu o governador republicano em uma publicação em sua conta no Twitter.

A lei permite que igrejas, instituições religiosas de caridade e empresas privadas neguem atendimento a pessoas cujo estilo de vida violem essas crenças. Funcionários públicos também podem optar por não realizar trabalhos a casais gays, embora a medida afirme que os governos ainda devem prestar serviços.

"Esta lei não limita nenhum direito ou ação constitucionalmente protegidos sob as leis federais ou estaduais de qualquer cidadão deste Estado", disse Bryant. "A medida não tenta desafiar as leis federais, mesmo aquelas que estão em conflito com a Constituição do Mississippi, já que a legislatura reconhece a proeminência da lei federal em algumas circunstâncias limitadas."

A lei faz parte de uma série de iniciativas similares em Estados conservadores em resposta à decisão da Suprema Corte americana, em junho de 2015, de legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.

Enquanto a Carolina do Norte promulgou uma lei que, entre outros pontos, obriga as pessoas a usarem os banheiros públicos de acordo com seu sexo de nascimento, o que irritou transgêneros, governadores na Geórgia e na Dakota do Sul vetaram propostas.

"Esta lei vai contra princípios norte-americanos básicos de equidade, justiça e igualdade e não irá proteger a liberdade religiosa de ninguém", diz, em comunicado, Jennifer Riley-Collins, diretor-executivo da American Civil Liberties Union of Mississippi. "Longe de proteger alguém de 'discriminação do governo', como a lei reivindica, trata-se de um ataque contra os cidadãos de nosso Estado e vai servir como emblema da vergonha do Estado do Mississippi."

Diversos grupos econômicos e esportivos pedem que a lei seja revogada, enquanto várias organizações, entre elas a influente associação de defesa das liberdades civis ACLU, recorreram aos tribunais.

10-04-2016 às 02:19 Liah
Tudo culpa das gays rasgadas afeminadas q envergonham toda a classe.
09-04-2016 às 05:42 Diego sp
Tenho certeza que essa lei cairá dia a mais, dia a menos.
08-04-2016 às 08:55 PC.R.
Vivemos uma era de extremos...e de muita hipocrisia. Os norte americanos tiveram que engolir a população de cor que possuem e ceder, em partes, às suas lutas por direitos civis (lutas, alías, muito válidas!). Entretanto, estão transferindo esse ranço preconceituoso, ainda do século XIX, para a comunidade LGBT. Uma pena! Mais uma prova de que nem sempre as liberdades individuais são um pressuposto do sistema capitalista.
07-04-2016 às 18:41 Dj
Velhote, se uma pessoa que for homossexual e precisar de atendimento médico com urgência, você acha correto negar atendimento a ela? Você acha que isso também vale para racistas?
07-04-2016 às 15:04 Love
Isso e homofobia mesmo. Enfim querem nos rebaixar sem direito algum.
07-04-2016 às 02:12 Josy de Souza
Vou morar lá.
07-04-2016 às 01:59 Miguel RN
Essa mesma teoria permitira que se negasse atender alguém porque é canhoto, ou uma mulher que estivesse menstruada, ou qualquer outra coisa que eu quisesse dar minha interpretação imbecil em cima de um livro sagrado ou outro qualquer, afinal cientologia também é religião. As pessoas querem retroceder! Ainda estou abismado com a médica que recusou atender uma criança porque a mãe dela era petista. A pessoa poderia ser um bandido condenado, cumprindo pena, o escambal, mas você seria obrigado a salvar a vida HUMANA, faz parte do juramento do médico! O mesmo se aplica às outras áreas, especialmente do setor público, coisa que essa lei aprovada abre brecha... A liberdade religiosa acaba quando sua crença interfere na vida de outra pessoa, é tão básico e ainda assim teimam a enxergar... LASTIMÁVEL!
06-04-2016 às 18:06 Loiro
EUA é um país religioso, a maioria é protestante, portanto, homofóbica. Se engana quem pensa que lá é diferente do Brasil.
06-04-2016 às 17:44 velhote gostoso
Um absurdo a lei que protege religiosos de suas crenças arcaicas. Tudo começou quando numa pizzaria de evangélicos recusou- se a atender gays efeminados estereotipados. Houve um auê na mídia local, onde partes da comunidade concordou em proteger os conceitos dos religiosos comerciantes. Vejamos, por exemplo, há uma determinada pizzaria onde uma família muito recatada trabalha. De repente aparece a turminha das bichas, o que constrange os princípios dessa família - sente- se acuada em servir aqueles que eles abominam. Buscamos direitos, certo!, então deixem que os religiosos busquem os seus, também. Devemos ser condescendentes e procurar um local mais free.