por Redação MundoMais
Sexta-feira, 08 de Abril de 2016
Uma nova lei do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acaba de mudar o endereço do novo centro de operações global do PayPal.
A empresa abriu mão do plano de se estabelecer em Charlotte e oferecer 400 empregos na região após a aprovação de uma lei que determina que os alunos das escolas estaduais usem o banheiro que corresponde com seu sexo de nascimento.
"Tornar-se um empregador na Carolina do Norte, onde os membros de nossas equipes não terão direitos iguais perante a lei, é simplesmente insustentável", disse o CEO da PayPal, Dan Schulman, em comunicado. "A nova lei perpetua a discriminação e viola os valores e princípios que estão no cerne da missão e cultura do PayPal".
A decisão acontece logo após o Estado do Mississippi também aprovar lei semelhante, que permite que empresas recusem serviços para casais gays. O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory, disse esperar que a empresa continue prestando seus serviços e aceitando o dinheiro do consumidor dos moradoes do Estado.
Confira AQUIa postagem de Dan Schulman em seu perfil no Facebook. Internautas apoiaram a decisão, comentando que a empresa "agiu corretamente" e que "sentem orgulho".
Por que a empresa tomou essa decisão?
Schulman classificou a decisão de "clara e inequívoca" e ainda afirmou que, enquanto a empresa procura por um local alternativo, trabalhará para ajudar a derrubar a lei discriminatória.
"Nós vamos permanecer firmes no nosso compromisso com a igualdade e inclusão e nossa convicção de que podemos fazer a diferença, vivendo e agindo sobre os nossos valores", disse Schulman. "É a coisa certa a fazer por nossos funcionários, nossos clientes e nossas comunidades".
Mas, por que a empresa agiu assim? A PayPal é conhecida por ser um defensor dos direitos LGBT. A empresa ganhou uma classificação de 100% no Índice de Igualdade de Campanha Fundação de Direitos Humanos 2016 Corporativa, um relatório nacional sobre as políticas empresariais relacionadas com a igualdade no local de trabalho LGBT.
Além de PayPal, que foi a primeira a agir drasticamente a respeito, mais de 100 outras empresas aderiram a um protesto contra a lei.