por Redação MundoMais
Quarta-feira, 20 de Abril de 2016
A companhia de aviação francesa Air France anunciou que fará uma nova rota aérea, até o Irã. Mas a decisão de disponibilizar um voo de Paris a Teerã, a capital do país, causou indignação e incômodo dentro da empresa, principalmente de mulheres e gays, já que ser gay por lá é crime e leva à pena de morte.
A controvérsia veio quando a empresa instruiu que as mulheres que eventualmente possam trabalhar na linha usem véu e luvas, de acordo com a cultura islâmica. A instrução foi vista com maus olhos pelas trabalhadoras da companhia. E os gays deram apoio.
E o embrólio não parou aí não: Laurent, um dos gays que trabalham na empresa, criou uma petição para que os gays tenham direito a não trabalharem nessa rota, assim como as mulheres da Air France já conseguiram. A petição já foi assinada por dezenas de milhares de pessoas.
Na petição, ele clama para que a companhia “garanta aos gays que trabalham na tripulação o direito de decidirem se querem ou não trabalhar na nova linha”, justificando que “a homossexualidade ainda é ilegal no Irã” e que, mesmo que a sexualidade não esteja registrada no passaporte, “não faz sentido forçar alguém a ir a um lugar onde essa pessoa é condenada por ser quem ela é”.
De acordo com o The Local, a UNAC, espécie de ANAC francesa, há uma esperança para que a decisão de servir ou não a uma linha seja estendida e possa ser tomada por todos os tripulantes, independente do gênero ou da sexualidade.