por Redação MundoMais
Sexta-feira, 27 de Maio de 2016
Depois de pouco mais de trinta anos, a pesquisa e a medicina deram respostas para a epidemia do HIV nunca antes testemunhadas na história das doenças. Vamos nos ater a duas frentes no combate ao HIV, ou seja, a prevenção e o tratamento.
No campo da prevenção, além do uso do preservativo, novas tecnologias protagonizam novas respostas. O uso da PEP (profilaxia pós-exposição), que é o uso de antirretrovirais até 72 horas após a possível exposição ao HIV, já é uma realidade nas unidades de saúde, conforme portaria do Ministério da Saúde. Em breve, a PREP (profilaxia pré-exposição), também estará disponível no país, possivelmente, para as populações mais vulneráveis a exposição ao HIV. A PREP já esta sendo usada, em protocolos de pesquisa em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Os resultados são promissores e comprovam a eficácia de seu uso na prevenção.
Na esfera do tratamento, novas drogas estão disponíveis, com menos efeitos colaterais e mais potência, inibindo com mais eficácia a replicação do HIV no organismo. Também temos novas drogas em teste, das quais podemos citar a forma injetável, e em pesquisas, como exemplo, o implante-dispositivo sob a pele.
De mãos dadas, o uso dos antirretrovirais atua nas duas frentes, ou seja, no tratamento e na prevenção. Estudos comprovam o benefício do início do tratamento o mais cedo possível, tendo em vista que a viremia, ou seja, a presença de vírus no sangue, é reduzida a níveis mínimos com o uso do antirretroviral, reduzindo a infecção nos tecidos e órgãos. De outro lado, pesquisas indicam que carga viral indetectável e ausência de doença sexualmente transmissível reduzem significativamente a possibilidade de transmissão do HIV.
Tendo em vista esse complexo quadro e a quantidade de informações, se faz necessário um bom aconselhamento em HIV e, em alguns casos, o acompanhamento com um profissional para tratar dos fatores psicológicos e comportamentais que vão contribuir para um melhor resultado no tratamento do HIV. Importante ressaltar, que as novas descobertas não devem servir de argumento para o desuso do preservativo, que continua sendo uma maneira segura, barata e de fácil acesso.
George Gouvea
Psicanalista
Online-aconselhamento em HIV – www.georgegouvea.com.br