por Redação MundoMais
Segunda-feira, 06 de Junho de 2016
Você já sabe que a campanha da C&A, batizada de Dia dos Misturados, deu o que falar. É que uma cantora gospel, Ana Paula Valadão, usou seu Facebook para dizer que ficou chocada com ela. À época, este site preferiu nem se pronunciar porque considerou que dar ibope à Ana Paula era simplesmente dar importância para alguém que não merece esta distinção.
Entretanto, a coisa ficou séria: quatro reclamações de consumidores questionam sua responsabilidade moral e social em um processo será avaliado pelo Conselho de Ética do Conar – o órgão que regulamente e fiscaliza a publicidade no Brasil. Diz que o resultado sai em julho e cabem punições a bela campanha da agência AlmapBBDDO – a mesma que criou o comercial de O Boticário no ano passado, também para o dia dos namorados, e que também foi absolvida pelo órgão após enfrentar processos.
A C&A deixou o seguinte recado em sua seção de comentários no Facebook: “A C&A reforça que o respeito à diversidade, inclusive de opiniões, sempre foi um dos princípios da marca”. Vale lembrar que opiniões favoráveis são levadas ao órgão e podem ser anexadas ao julgamento e ajudar que esse vaticínio não vá adiante.
Em tempos bicudos em que a diversidade vive sendo desrespeitada, não é um cantora gospel que tem peso: são quatro consumidores comuns que a levaram a campanha para julgamento.
O que está em jogo é nossa capacidade de aceitar as divergências. E a campanha da C&A nada mais retrata do que um tema natural na moda: as roupas estão quebrando barreiras de gêneros e podem ser usadas por homens e mulheres – veja links no fim desta matéria. Portanto, um comercial como o da rede de fast fashion apenas retrata seu tempo. Morais e bons costumes são apenas codinomes de gente preconceituosa ou que não tem a oportunidade de acompanhar a evolução do mundo, certo?