por Redação MundoMais
Segunda-feira, 04 de Julho de 2016
A póxima grande aventura de Caetano O'Maihlan é em "A Terra Prometida", novela da Record que sucede "Os Dez Madamentos" a partir de terça-feira (5). O ator, que esteve nas novelas "Além do Tempo" e "Da Cor do Pecado", na Globo, vibra com o novo personagem, Setur. "Ele é um ferreiro, que vai armar o exército das doze tribos na conquista da Terra Prometida, mas acaba envolvido em uma intriga, onde passa de melhor amigo de Boã (Tatsu Carvalho) a inimigo tribal", contou.
Mas a atuação na novela religiosa não é a única oportunidade de ver O'Maihlan na TV. O ator está também está na série "Insônia", do Canal Brasil. "A segunda temporada já está confirmada e vivo o antagonista Ivan. A série tem uma temática adulta, num clima bem realístico e passeia entre o jazz, xadrez, jornalismo e cocaína", explicou.
E, para mostrar que ainda tem disposição para mais desafios, o paulista está rodando o longa "Copa 181", de Dannon Lacerda, em sua primeira vez como protagonista nas telonas. "O personagem tem uma importância grande e me interessa muito, porque é um garoto de programa que frequenta saunas gays".
Para Caetano, a história foi cativante desde o início, pois o obrigou a sair de sua zona de conforto. "Causa estranheza porque esse universo é muito distante do meu. Ele [o personagem] é casado, tem filhos e não se acha gay porque só faz ativo, mas tem um envolvimento com uma travesti que parece que é uma relação por dinheiro mas, quando ela desiste de tudo por reconhecer que ele é meio malandro, ele descobre que a ama - e isso é um conflito muito grande, pois meu personagem não se aceita como é", detalhou.
Essa não será a estreia do ator como um personagem gay. Ele viveu um panssexual em "A Lei e o Crime", série da Record, mas garantiu: "Não foi com tanta profundidade, era mais comédia, então vai ser a primeira vez que abordo o tema desse jeito".
Por isso, O'Maihlan nem titubeou na hora de aceitar o papel para "Copa 181". "Topei de cara pela humanidade do personagem. Fico muito inquieto com a dificuldade que temos de enxergar as minorias. Fico inquieto com a violência contra os homossexuais, os negros, índios. Ao invés de colocar minha indignação em um post nas redes sociais, prefiro fazer isso com o meu trabalho".
"É uma história que quero contar para a gente entender esses seres humanos que existem aos montes, que não vivem sua liberdade sexual, por conta de uma sociedade que os reprime e leva, por exemplo, aquele menino a atirar em Orlando - para mim, ele era um homossexual reprimido. Quero explicar isso através do trabalho e passar o entendimento de que ser gay é normal. Todo mundo quer ser amado: gays, travestis, todos. Mas é muito difícil porque tem muito preconceito", reconhece.