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Homenagem

Primeira vítima de crime homofóbico no Brasil, índio gay ganha monumento.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 08 de Dezembro de 2016

MARANHÃO - O índio Tibira foi a primeira vítima de crime homofóbico no Brasil.

“No ano de 1614, o missionário francês Yves d’Évreux (1577-1632), da Ordem dos Capuchinhos, ordenou a prisão, tortura e execução do índio Tibira, da tribo dos tupinambás, sob o pretexto de ‘purificar a terra do abominável pecado da sodomia’”, relata André Bernardo.

Tibira fugiu, mas foi capturado pelos franceses, com o apoio de alguns índios. “Amarrado pela cintura à boca de um canhão, ‘onde deitaram-lhe ferros aos pés’, teve seu corpo destroçado. Parte dele caiu aos pés do forte [de São Luís do Maranhão]. A outra desapareceu no mar.” Yves d’Évreux, ao contar a história no livro “Viagem ao Norte do Brasil nos Anos de 1613 e 1614” (“Voyage Dans le Nord du Brésil Fait Durant les Annés 1613 et 1614”), escreveu que Tibira era um homem “bruto, mais cavalo do que homem”. O religioso batizou-o, pouco antes de mandar matá-lo, com o nome de Dimas (referência ao “bom ladrão”, o que foi perdoado por Jesus Cristo na cruz).

Yves d’Évreux colheu as supostas últimas palavras de Tibira: “Vou morrer. Não tenho mais medo de Jurupari (diabo). Agora, sou filho de Deus”. Os franceses mandaram um tupinambá matá-lo. “Morres por teus crimes, aprovamos tua morte e eu mesmo quero pôr fogo no canhão para que saibam e vejam os franceses que detestamos as sujeiras que cometeste”, disse o índio Caruatapirã, o algoz. Os termos evidentemente são transcrições do capuchinho.

Luís Mott ao lado do monumento de São LuísLuís Mott ao lado do monumento de São Luís

A lápide gigante foi colocada no mesmo local onde Tibira foi amarrado à boca do canhão. O antropólogo militante LGBT Luiz Mott, responsável pela pesquisa, marcou presença na inauguração em homenagem ao índio, ocorrida na Praça Marcílio Ramos, centro da cidade. A inauguração fez parte da Semana Estadual de Direitos Humanos, promovida pela Sedihpop, iniciada no sábado (3) e segue até sexta (9).

Relembrar o episódio que aconteceu com o índio Tibira, que foi executado vítima de homofobia, é um apelo à intolerância e ao respeito à diversidade, declarou Luiz Mott. Desta maneira, só posso pedir respeito aos LGBTs, pois somos todos seres humanos e merecedores de respeito como qualquer cidadão, completou.

Em 2015, o Grupo Gay da Bahia (GGB) lançou campanha pela canonização do índio.

09-12-2016 às 15:05 Sílvio
Gente, bora a PLC 122 e botar os homofóbicos na cadeia. Se não tem tolerância com as minorias, ficar atrás das grades, o fará repensar!
09-12-2016 às 09:33 CHICO
AGORA SACANAGEM FOI QUEM FEZ O MONUMENTO OLHA A POSE DO INDIO MAOZINHA NA CINTURA UM INDIA PINTOSA....
09-12-2016 às 07:57 FERDINANDO
VIAAAAAAAAAAAAAAAAAAADOOOOOO TÔ TODA CAGADA !!!!!!!!!!
09-12-2016 às 07:55 JURUNA
HAAAAA ME POUPE ..... !!!!!!
08-12-2016 às 15:09 Edu
Classificar um crime bárbaro de religião como "homofobia" quando sequer a categoria da "Homossexualidade" havia sido inventada é anacronismo demais! "Para o mundo que eu quero descer!"
08-12-2016 às 13:04 Recife-Boa Viagem PE
que pena que figura típica foi naturalizada na fauna mata atlatica verde floresta MARENHECESS AMAZONA ! Mais mesmo asssim merecido aos expor é aos futuros lgbtt visitantes é residencial por lá ! sucessso .
08-12-2016 às 13:03 RICA ....BH Minas .....
legal marco polo turisticos !!! mais representa mais proxímo MATA FAUNA AMAZONESS MATA Maranhençes !!! já folclore típico tradiçâo por lá BOI BUMBAR BOI FÁFÁBellém !