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Fora de questão

Prefeito vai tirar páginas de livros que falem de igualdade de gênero e diversidade.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2017

Livros serão entregues a alunos após páginas serem retiradas.Livros serão entregues a alunos após páginas serem retiradas.

A prefeitura de Ariquemes, em Rondônia, cerca de 200 km de Porto Velho, decidiu nesta segunda-feira (23) que as páginas de livros didáticos que abordem temas como diversidade sexual e familiar e doenças sexualmente transmissíveis deverão ser retiradas do material que será entregue aos alunos da rede municipal de ensino. As obras fazem parte dos títulos recomendados pelo MEC (Ministério da Educação).

Após uma reunião com o prefeito Thiago Flores (PMDB) e outros 11 vereadores, ficou acordado que uma comissão trabalhará durante o mês de fevereiro identificando os conteúdos que ensinam igualdade de gênero e diversidade familiar.

Segundo a prefeitura, ainda será decidida como será feita a supressão das páginas na prática, mas a previsão é de que o material escolar seja entregue aos estudantes apenas em março, um mês após o início das aulas. A previsão é que elas comecem no dia 6 de fevereiro.

"Serão criadas comissões nas escolas que trabalharão em uma força tarefa durante todo o mês de fevereiro, sendo a entrega dos livros feitas aos alunos somente em março, sem o conteúdo, atendendo assim o desejo da maioria, tanto da população quanto do legislativo", informou a prefeitura em nota.

A decisão causou polêmica entre os habitantes de Ariquemes. "É interessante como as pessoas se acham graduadas para jugar aquilo sobre o que não conhecem. As pessoas são contra o que alguns indivíduos intitularam como 'ideologia de gênero'. Mas quantas vezes as pessoas tiveram acesso a esse material completo e avaliaram se ele é positivo ou não para a formação dos alunos? Qual o referencial utilizado para avaliar isso como negativo", escreveu um homem na página da prefeitura numa rede social.

Entenda o caso de homofobia

No início do ano, o prefeito da cidade, Thiago Flores, recebeu um ofício de vereadores que formam a bancada Evangélica propondo a suspensão e o recolhimento dos materiais que abordassem a ideologia de gênero.

O argumento utilizado foi que os livros estavam em desacordo com o PME (Plano Municipal de Educação), que foi aprovado sem a presença do tema, e por apresentarem "arranjos familiares de gays, lésbicas, com adoção de filhos [...] bigamia, poligamia, bissexualismo e doenças sexualmente transmissíveis" a crianças do ensino fundamental-- do 1º ao 5º ano.

Poucos dias depois, representantes do Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia)- Regional Estanho, entregaram um outro ofício ao prefeito solicitando que a petição dos vereadores não fosse atendida.

De acordo com uma nota da prefeitura, o sindicato defendeu que a adoção de crianças por casais do mesmo sexo já está consumada no país. Além disso, consideram que a abordagem sobre doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos são temas transversais contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Uma audiência pública estava prevista para ser realizada no dia 31 de janeiro, mas foi suspensa diante da decisão conjunta de ontem.

28-01-2017 às 20:29 Eduardo
Muito bem crianças da primeira a quinta série tem entre oito anos e doze anos Nada ver abordar estes assuntos em sala de aula. Nosso país é sétima maior economia do mundo e tem um dos piores ensinamentos. Hoje mal sabem escrever ainda e muito menos manter um diálogo saudável sem utilizar palavras de baixo calão. Tem coisas que se deve aprender em casa e esse assunto é um deles.
26-01-2017 às 05:27 Loiro
Por isso que os jovens crescem estúpidos, sem saber conviver com a diversidade. Novidade é que decide os assuntos abordados nas escolas é o prefeito. O prefeito não tem absolutamente nada a ver com isso. Aliás, esse prefeito não deve ser nem alfabetizado. Deve ser um conservador ignorante!
25-01-2017 às 14:48 alice lacerda
palhaçada deste merda de prefeito vai chupa rola filho da pu ta