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“Meu marido era gay”

Viúva relata em livro o seu choque ao descobrir vida secreta gay do marido.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 01 de Abril de 2011

Ao mesmo tempo em que lidava com a dor de ter se tornado viúva, após um casamento de 46 anos, a americana Sally Ryder Brady se viu, em 2008, diante de outro desafio: o que fazer com a constatação de que seu marido era homossexual?

Esse é o tema do recém-lançado livro A Box of Darkness (Uma Caixa de Escuridão, em tradução livre), da editora St Martin, em que Sally tenta mostrar como tentou fazer as pazes, na viuvez, com as 'duas vidas' de seu marido, Upton.

Em uma delas, Upton era carinhoso, bom pai, divertido, inteligente, erudito, um editor bem-sucedido. Na outra vida, era introspectivo, violento, homofóbico, com tendências ao alcoolismo - e gay.

Em seu site, a autora diz que a jornada 'agridoce' pela qual passou ao redescobrir seu marido atesta 'os desafios e os prazeres universais do amor duradouro'.

A constatação da homossexualidade ocorreu pouco após a morte de Upton, de causas naturais, em 2008, quando Sally encontrou uma pilha de revistas de nudez masculina em meio aos pertences do marido. 'Respirei fundo diversas vezes, sentindo-me de repente sem oxigênio e um pouco doente', recorda ela em seu livro.

A cena a levou de volta a 1970, quando, após uma noite de bebedeira, Upton admitiu para Sally ter tido relações homossexuais com um velho amigo. Ele atribuiu o ocorrido ao álcool e à 'negligência' da esposa, que não estaria lhe dando atenção suficiente.

Pouco depois de fazer a confissão, Upton encerrou a conversa. E nunca mais o casal tocou no assunto.

Será que ela sabia?

Com a descoberta das revistas pornográficas, a questão voltou a atormentar Sally. 'Quero jogá-las [as revistas] fora, mas, como um advogado ou detetive coletando provas, coloco-as de volta na gaveta. Rendo-me a uma enxurrada de tristeza - primeiro, a tristeza de autopiedade de uma amante enganada; então, a tristeza pelo sexo que compartilhamos tão pouco nos últimos 15 anos; finalmente, tristeza por Upton e pelo grande fardo de seu segredo. Como eu posso não ter sabido que ele era gay? Ou será que eu sabia?'

Sally conversou com os quatro filhos, com amigos e com a terapeuta de Upton e constatou que pouco se sabia dessa 'vida secreta' do marido e ele havia mantido sua homossexualidade em uma existência isolada.

'Não (eram) dois Uptons, mas duas realidades, dois mundos que ele deve ter lutado durante toda a sua vida para manter separado. (...) Posso passar o resto da minha vida tentando entendê-lo. Mas quem pode realmente saber o que passa no coração de outra pessoa? O que sei é que Upton me escolheu e que me amou. Acho que isso é suficiente', conclui a autora em sua obra.

O livro recebeu críticas distintas. Uma resenha no Washington Post desdenhou o fato de 'sentirmos como se tivéssemos assistindo a uma esposa arrastar seu marido (aos holofotes) e dar-lhe o tratamento que ele deve ter merecido. Exceto pelo fato de que ele está morto'.

Já o texto do New York Times pondera que 'ainda que nós, como leitores, fiquemos perturbados pela certeza de que Upton ficaria aterrorizado pela versão pública de sua história, é mérito (de Sally) o fato de que sentimos tanta compaixão pelo sofrimento dele quanto pelo dela'.

Fonte: BBC

19-04-2011 às 02:14 Helooooo, babies
Afinal qual seria realmente a diferença de uma beeeeeesha para um gay? Seria o fato de uma só dar pinta e outra só dar bunda?
12-04-2011 às 22:52 Zeh_RJ
Para: Marcelo - Londrina Meu caro, Compreendo o que diz. Sinto em suas palavras um certo um tom sôfrego, ao passo que também um tanto acomodado, Não sei se pelo fato de ter "assumido" minha sexualidade logo ao entrar na vida adulta (quando digo assumir, me refiro ao fato de comunicar o fato aos familiares, pois a sociedade nunca de fato me toliu.. talvez eu não tenha deixado com que ela me tolisse) encare assuntos como esse tão naturalmente, mas, receio que quanto mais insista neste "dilema" mais vai se afundar em tristeza e angústia. Minha filosofia de vida diz que não devo abdicar do que realmente me traz satisfação em nome de algo que possa parecer rasoável perante a qualquer meio, portanto, se fizer algum sentido para você (ou qualquer outro que leia este post), pense na possibilidade de atender aos seus anseios, sejam eles carnais, espirituais ou sociais, DE MANEIRA DIGNA CONSIGO MESMO! Tenho dito.
05-04-2011 às 14:25 Marcelo - Londrina - parte 3
me vejo na historia desse livro... chego a pensar que nunca vou parar. Sou muito bem resolvido profissionalmente, tenho minha casa, familia, meu carro, sou uma pessoa de destaque na sociedade e inclusive no meio religioso. Hoje tomo todos os cuidados para que ninguem saiba qq coisa de mim (NINGUEM MESMO) a não ser as pessoas que fico. Não sei o que dizer, mas sou como o Upton.
05-04-2011 às 14:21 Marcelo - Londrina - parte 2
... sempre imaginei que após casar isso passaria, mas cá estou, praticamente todos os dias entro no Mundo Mais para me saciar carnalmente, fico pensando se ela descobrisse que decepção seria. Não quero magoá-la. Não tenho dúvidas do meu amor por ela nem pelos meus filhos. Confesso que adoro ficar com homem, sentir a pele, o toque, a carícia, etc...
05-04-2011 às 14:18 Marcelo - Londrina - parte 1
Olá pessoal, lendo essa matéria me vi no lugar do Upton. Sou muito bem casado e tenhos 2 lindos filhos. É estranho falar sobre esse assunto, mas mediante antos cometários, quero registrar o que penso a respeito. Me considero BI, adoro mulher sinto muito tesão, só de pensar já fico... mas por outro lado, não sei explicar o motivo, sinto atração por homem, curto ver os carinhas bonitos... Namorei minha atual esposa por mais de 5 anos e durante nosso namoro, fiquei algumas vezes com eles. Não era algo no sentido de ficar com vários, eu tinha uma pessoa fixa e ficamos juntos 2 anos (enquanto namorando com ela). Precisei terminar com ele, pois era incompantivel, para ele era muito dificil me ver com ela (saimos juntos varias vezes para balada), deixava ela em casa e depois qdo fosse deixar ele na casa dele, nós ficavamos ate altas horas..e assim foram 2 anos.
05-04-2011 às 07:13 Ex hetero.
Olha só, na minha opiniao nao se trata de traiçao e sim uma necessidade, pois namorei e fui noivo durante 3 anos , um outro tipo de vida com homens, qdo estava com ela, queria ser só dela, nunca dixei a desejar, mas, tudo que tem de ser, acaba sendo, entao qdo EU quiz , nos terminamos, e fui viver minha vida, ao lado do meu namorado, ela nem desconfia disso ate hj, pois nao misturo com a mafia gay daki, no final das contas mulheres sao todas burras, pois muitos amigos meus ja namoraram garotas e elas nunca notam, nem qdo passa outro cara bonitao e a gente fica olhando. Nao tenho críticas a fazer ao falecido, isso é da conta dele.
02-04-2011 às 17:44 Nelson
Com toda certeza, toda relação casual é promíscua. Mas em meu comentário me referi especificamente aos gays que são casados com mulheres para enganá-las, situação que percebi muitos comentários defendendo. Ou seja, fazendo apologia à traição sendo que, em suas vidas pessoais, talvez não devam admiti-la. Ainda não assisti aos filmes que você citou, mas vou buscar conhecê-los. Valeu pela dica ;)
02-04-2011 às 17:21 Para Leitos de 02/04/2011. às 16:32
Não podemos esquecer também da bifobia! É melhor pensarmos no termo Queer para não contradizermos! ;)
02-04-2011 às 17:17 Leitos de 02/04/2011. às 16:32
Nossa vc sabe que ainda não tinha parado para pensar que toda relação casual é promiscuidade. É mesmo! Praticada por gays, hoteros e afins todos os dias e segundos em todo o mundo. Só precisa ficar atento e usar camisinha. E também, melhor, não ter tantas relações casuais. Não vale a pena. Eu não gosto, me sinto sujo. Prefiro conhecer as pessoas. No caso acoma a mulher correu grandes riscos. E vem a prova: a maioria dos homofóbicos são gays no armário de porta trancada.
02-04-2011 às 16:32 De P/ Eduardo Conchas
Toda relação casual é promíscua meu caro! Eu vi o filme longe do paraíso, assim como também vi o filme Beleza americana. Mas creio que vc não tenha visto o filme sobre a vida de Cole Porter nem tão pouco Kinsey! ;)