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Águas Cálidas

Autor carioca narra história de amor entre dois surfistas, sem prender-se a rótulos.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 08 de Setembro de 2011

Águas Cálidas é o segundo romance do escritor Kiko Riaze, e recente lançamento da editora Giostri. O autor, que já tem em sua história de vida um romance com temática gay, volta a navegar pelo universo da diversidade sexual, mas desta vez não se prende a rótulos.

O livro narra a história de Daniel, um jovem surfista que vê sua amizade e admiração por um homem mais velho se transformar inesperadamente numa tórrida paixão.

Daniel é um jovem que não sabe exatamente o que fazer do seu destino, e vive dividido entre o amor de Amanda, que sonha com a estabilidade de um lar em terra firme, e o chamado das ondas, que o atraem com sua prancha e o fazem desejar uma vida diferente, longe da pobreza do lugar onde vive.

Alex, mais maduro e experiente, sabe exatamente o que deseja, mas esconde um passado traumático e misterioso que o atormenta e o faz colecionar perdas ao longo do caminho. Em comum entre Daniel e Alex, a necessidade de viver e amar que os atrai para um sentimento novo e muda completamente suas vidas.

Se na obra anterior, Kiko Riaze lançava mão de uma linguagem direta para o público gay, em Águas Cálidas, o autor amplia seus horizontes para tratar do amor de um modo universal, tão sincero e humano, que é capaz de atingir todo tipo de público, seja heterossexual ou homossexual.

A sensibilidade dos personagens, tão bem estruturados psicológica e socialmente, nos apresenta um autor mais maduro e seguro na sua literatura, que podemos perceber mais livre, sem amarras, assim como o próprio mar. A água, por toda sua simbologia, é que conduz a história, como uma mola propulsora, um fio condutor que se ramifica nos suores, nas lágrimas, nas salivas que se desprendem das falas e dos beijos dos personagens, e também no sangue. No sangue que une e também no sangue que é derramado pela intolerância ao que é “diferente” e pela crueldade. Água, que está em tudo e em todos e que tem no mar a sua grande matriz, é tão personagem quanto os outros no romance.

Para o autor, “talvez um dos maiores erros humanos é colocar o sexo na frente do ser”. Por isso, Águas Cálidas mostra que, independente de orientação sexual e para além de qualquer tipo de preconceito, é impossível não se render a um amor quando ele é verdadeiro.

LANÇAMENTO:

Dia 15/09/11 (5a feira)

Hora: a partir das 19h

Local: Livraria Prefácio (Rua Voluntários da Pátria, 39 - Botafogo - Rio de Janeiro)

SOBRE O AUTOR:

Kiko Riaze nasceu no Rio de Janeiro e desde cedo demonstrou paixão pelas artes. Fez parte de um grupo de teatro amador no Retiro dos Artistas e é também roteirista. Atuou em uma ONG que luta em prol dos direitos e respeito à diversidade sexual e mantém um blog (www.kikoriaze.com) no qual escreve artigos diversos sobre relacionamentos, comportamento, sexo e cultura, além de abrir espaço para entrevistas com novos escritores da chamada literatura gay brasileira. É autor do romance Depois de Sábado à Noite, lançado em 2008. Águas Cálidas é a sua primeira obra publicada pela Giostri Editora.

16-01-2012 às 02:16 mUjvkuuGNZRqdLjB
Play informative for me, Mr. inetnret writer.
30-09-2011 às 16:58 Marcus
Uma correção do meu comentário sobre o coment. do Carlos foi que no período q ele escreveu a opinião dele aqui, o livro do Kiko ainda não havia sido lançado. Hoje já ta sendo comercializado com certeza.
30-09-2011 às 16:55 Marcus
Não sei como podem falar mal de escritores brasileiros e, pessoas como Carlos que possivelmente nem leu o livro uma vez que ainda não houve o lançamento da obra mas feito um espirito de porco ja está tacando pedras. Como se nesse País de incompetentes e bostões já nao tivessem esquerosos demais para apedrejar qq um q lute pelas causas gays, ainda q fazendo copias como diz em seu lamentável comentário.Só para constar, as capas são bem diferentes, so por no google q pode ser feita a comparação e como bem disse o amigo Estevao, Shelter nunca foi filme sobre surfistas. Conheço o artista além da fronteira de um fã e o artista, conheço o Kiko como Ser Humano e tenho certeza que ele nao seria tao irresponsável ao ponto de copiar uma obra sabendo dos problemas legais q pode ter.Justamente por nao ser ignorante e precipitado como uns e outros. AGORA VOLTANDO AO LIVRO, EU JÁ LÍ A OBRA, ANTES MESMO DE SER LANÇADA (adoro me gabar por isso....kkk) E garanto a qq um q vale a pena a grana paga por ele e o tempo q vc usará para viver essa história. Acho q no Brasil realmente faltam artistas q tratem do tema com mais respeito mas, ainda falta muito para os próprios gays SE respeitarem e juntos promoverem apoio aos q precisam. A história nao é como a narrada no primeiro mas, é tao fascinante e próximo d maioria q precisaram vencer desafios, preconceitos , e a sua consciência julgadora q, no primeiro momento insiste em dizer q esse é o tipo de amor q n pode existir. A história tem alguns outros enfoques mas, o predominante é de fato sobre o AMOR. Parabéns ao Kiko e aos outros escritores, espero que escreva logo o terceiro e dai por diante, o Mundo gay precisa de mais caras como vc.
12-09-2011 às 23:00 Fernando
Estou doido pra ler! Adorei a apresentação!
12-09-2011 às 18:43 Estevao/PE
Para os desavisados: SHELTER NÃO E NEM NUNCA FOI UM FILME DE SURFISTAS!
11-09-2011 às 22:35 Paulo JR
Eu já li o primeiro livro do autor, chamado Depois de Sábado à Noite, que é muito bom por sinal. Recomendo. Ele tem um blog muito bacana que trata de questões lgbt sem essa pornografia e futilidade que vemos por aí, já acompanho há bastante tempo. Vamos ler a obra antes de julgar, pois o fato de serem 2 surfistas não quer dizer que seja plágio, por favor né? Senão, o que diriam sobre livros de vampiros????? afff...
11-09-2011 às 12:28 Morethson
Bom então vamos la me respondam ,qual novela não tem um galã/mocinha pra se apaixonar pela mocinha/galã mais tem sempre alguem contra o romance ai atrapalha e tudo só vai dar cetro no fim ? Sendo assim não da pra julgar nada no mundo da arte ou literatura como plagio parecer não é ser igual .Continue escrevendo Kiko Riaze conte sempre com o meu apoio
11-09-2011 às 02:08 Miguel
Nunca assisti ao filme Shelter e nem tenho vontade ler esse livro, mas há uma coisa no texto dessa matéria que me chamou bastante atenção: "tratar do amor de um modo universal, tão sincero e humano, que é capaz de atingir todo tipo de público, seja heterossexual ou homossexual". Esse deveria ser o objetivo das coisas que tratam do meio LGBT, especialmente dessas novelas. Muita gente, inclusive alguns gays, acha que não deve haver beijo gay na TV. Gente, se estão retratando um casal, quer forma mais real, sutil e respeitosa de se mostrar o amor e a troca de carícias entre dois seres humanos?! As pessoas deveria enxergar isso como normal, INCLUSIVE AS CRIANÇAS. Não estaríamos tentando persuadir ninguém a beijar alguém do mesmo sexo, é apenas um retrato da realidade da mesma forma, por exemplo, que fazem com a violência. Por que é permitida a violência e o beijo gay, não? Quanto atraso!!!
11-09-2011 às 00:29 Marcinho
Pois é, parece muito com Shelter. Nem duvido que o livro preste, mas a matéria, cheia de chavões e falando em um homem dividido entre a estabilidade de um lar e o "chamado das ondas", beira o ridículo.
09-09-2011 às 13:38 Fagner Angel
parece uma copia do filme SHELTER (De Repente California) ... ao menos o filme é maravilhoso