por Redação MundoMais
Sexta-feira, 30 de Março de 2012
Aos 25 anos, Renan Palmeira é professor de história, militante do movimento LGBT e pré-candidato do PSOL. Sua campanha não vai discutir apenas os direitos das minorias. Minha militância é ampla. É por isso que consegui a nomeação do partido, disse Renan. Apesar de achar que o meio político ainda é conservador, ele acredita que sua candidatura seja prova de que esses grupos tendem a ter cada vez mais representação na política nacional.
A decisão do partido de lançar um candidato militante do movimento LGBT significa que isso irá será o principal tema de sua campanha?
Será dos principais, mas inserido dentro da bandeira das minorias sociais. João Pessoa precisa avançar em relação as bandeiras LGBT, dos direitos dos negros e das feministas. Entretanto, minha militância é ampla. Sou professor de história, milito pela educação, pela saúde em outros espaços políticos. É por isso que consegui a nomeação do partido.
Como a recepção da sua candidatura na capital?
Existem políticos homossexuais Brasil afora, mas eles não são assumidos. Sou o primeiro candidato a prefeito assumido, e observo que houve tanto reações de apoio como reações de espanto. O clima é bastante otimista neste momento.
Qual é o espaço dos homossexuais na política atual?
Os partidos brasileiros ainda são muito conservadores, não abrem espaço para as minorias. O PSOL é diferente. Experiências como a do deputado Jean Wyllys mostram a necessidade de termos mais espaço na política para as minorias.
Esse espaço tende a aumentar?
Sim. Hoje, há 133 candidatos LGBT a vereadores. A política está se abrindo para esse tipo de candidatura.
Fonte: Época