por Redação MundoMais
Sexta-feira, 13 de Abril de 2012
Um beijo é um dos maiores gestos de carinho, e até ganhou o dia 13 de abril como data mundial para ser celebrado. Porém, comemorar não é para todos. Os casais gays ainda sentem receio de expressá-lo publicamente.
Um exemplo é o funcionário público Matheus Escremin, de 21 anos. Para ele, o que incomoda são os olhares.
Para nós, é difícil até andar de mão dada ou até mesmo dar um selinho, conta. Algo que é uma demonstração de carinho, parece se tornar, aos olhos dos outros na rua, uma agressão, completa.
Outro motivo para evitar carícias, diz Matheus, é o preconceito. Tem gente que vê esse tipo de coisa e já quer brigar, ameaçar. Eu evito mesmo, para o meu próprio bem.
Porém, ele mesmo diz não apoiar a conhecida “pegação”, independentemente de opção sexual. Tem lugar para isso. Eu e meu grupo de amigos evitamos esse tipo coisa, afirma.
A psicóloga e coordenadora técnica do Gada Rio Preto, Thelma Abrahão, de 45 anos, concorda. Não acho legal casais adolescentes, até de sexos diferentes, se pegando e beijando na boca no meio da rua, diz ela. Beijar na boca é um ato íntimo, mais do que o sexo em si, argumenta.
Para ela, o beijo é a maior demonstração de carinho que existe, mas não existe o hábito de ver pessoas do mesmo sexo se beijando. Em outras culturas existe o beijo entre homens. É uma expressão de afeto, diz.
A psicóloga diz que é preciso discutir mais sobre regras de civilidade para o beijo gay ser aceito. Ela também diz que o problema não está na diferença de sexo, mas na regra social.
Este é o momento mais do que certo para discutirmos o que é e o que não é permitido em público. E, o que for permitido, terá de ser para todas as pessoas, disse.