por Redação MundoMais
Terça-feira, 24 de Abril de 2012
Dois domingos atrás, o Fantástico foi a Santos conhecer um curso destinado a formar drag queens. Durante a gravação, um aluno foi destaque e, quando voltou ao trabalho, o aprendiz de drag teve uma surpresa nada agradável. Ele foi demitido.
Um dos meus chefes, simplesmente chegou para mim e disse que não era condizente com ele, que aquilo não era bom para empresa, não era bom para a imagem, conta o professor.
A carta de demissão diz que Ailton Cardoso foi despedido "sem justa causa", mas ele acha que o motivo está claro. Sofri um ato homofóbico, desabafa.
Por isso, o professor registrou um boletim de ocorrência por "injúria". Contou à polícia que o patrão disse que ele era uma "mancha para sua empresa". Ailton ficou apenas com o segundo emprego, em uma entidade que oferece cursos profissionalizantes gratuitos.
Para a presidente da Comissão Nacional de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil, demitir por causa de duas faltas é exagero.
Não houve nenhuma advertência e simplesmente a demissão? Dois dias de falta não ensejam a demissão desta forma como foi feito. Acho que isso fica evidenciado, que foi uma demissão causada por homofobia, afirma Maria Berenice Dias.