por Redação MundoMais
Sexta-feira, 15 de Março de 2013
A primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, nesta quarta-feira, já tinha tumulto entre manifestantes e alguns parlamentares antes mesmo de começar. Na primeira reunião do colegiado sob a liderança do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) provocou os manifestantes contrários a Feliciano dizendo que “acabou a festa gay”.
Nesta sessão, manifestantes evangélicos também vieram à sala onde acontece a reunião, e ocuparam todos os assentos destinados a visitantes. Mais tarde, cerca de uma hora antes do começo da sessão, grupos de defesa dos direitos de LGBT chegaram e permaneceram no corredor lateral, dentro da sala. Após serem provocados por Bolsonaro, representantes do movimento LGBT responderam:
- É esse tipo de representante que vocês querem defendendo vocês? É esse tipo de cara que vocês querem representando a igreja de vocês?
Os manifestantes evangélicos aplaudiram, e disseram que sim.
- Enquanto existir essa comissão, os viados(sic) vão estar aqui. A gente saiu do armário, quebramos o armário e não voltamos mais pra ele – disse um manifestante para Bolsonaro.
Os manifestantes pró Feliciano chegaram logo cedo na sala da comissão. Cerca de 70 pessoas aguardavam o começo da sessão.
Uma negociação foi feita com os manifestantes pela segurança da Câmara, para que integrantes dos movimentos a favor e contra Feliciano pudessem estar na sala da comissão.
Para esta sessão, Feliciano alterou a pauta de votação e excluiu temas polêmicos. Os projetos que previam a união civil entre pessoas do mesmo sexo e o que criminalizava a “heterofobia” foram retirados. A pauta com esses itens tinha sido anunciada na segunda-feira (11).
Em sua página do Facebook, o deputado Jean Wyllys comentou sobre "deputados do PSC agridem moralmente a deputada Erika Kokay" que teve "seu direito de resposta expressamente proibido pelo pastor Marco Feliciano, presidente da sessão, indo contra o regimento interno da Casa", e termina sua postagem com uma saudação: "Sejam bem-vindos à nova Comissão de Direitos Humanos".