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Luta incansável

Aumento do contágio do HIV entre jovens homens gays desafia especialistas.

por Redação MundoMais

Segunda-feira, 30 de Setembro de 2013

De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico Aids/DST do Ministério da Saúde (2010), o número de casos de infecção por HIV entre gays brasileiros de 15 a 24 anos de idade aumentou 10,1% entre 2000 e 2010. Na Austrália, o crescimento da incidência entre público semelhante foi de 8% de 2010 para 2011. A tendência se repete em países da Europa e nos EUA e indica que homens gays, especialmente os mais jovens, têm se prevenido cada vez menos contra o contágio.

Com tanta informação sobre o assunto desde os anos 1980, parece estranho deparar-se com tamanha ampliação. Mas a explicação, segundo o sociólogo Garrett Prestage , da Universidade de New South Wales (Austrália), está justamente na evolução da doença e de seu tratamento.

Sem camisinha: segundo pesquisa australiana, 58% dos que estão com idades entre 15 e 39 anos não reconhecem o HIV como um risco. A percepção é que a vida continua normal com ajuda dos medicamentos.Sem camisinha: segundo pesquisa australiana, 58% dos que estão com idades entre 15 e 39 anos não reconhecem o HIV como um risco. A percepção é que a vida continua normal com ajuda dos medicamentos.

Desde o começo dos anos 2000, a infecção por HIV é vista mais como uma doença crônica do que como uma sentença de morte. Hoje, os homens gays preocupam-se mais com os efeitos colaterais dos medicamentos do coquetel do que com a doença em si”, disse ele no 21º Congresso da Associação Mundial pela Saúde Sexual, que aconteceu em Porto Alegre de 21 a 24 de setembro.

“Em depoimentos colhidos por Garrett em 2012, durante uma pesquisa sobre os hábitos sexuais dos homens gays que não sabem se são soropositivos ou não, a diferença de mentalidade em relação ao HIV de acordo com a idade ficou muito clara.

Em sua imensa maioria (83%), homens com mais de 40 anos declararam que ficariam “acabados” se soubessem que estavam infectados, pois isso “mudaria todo o estilo de vida”. Já 58% daqueles entre 15 e 39 anos garantiram que “não reconhecem o HIV como um risco”, já que “a vida continua e pode ter qualidade, graças aos medicamentos disponíveis”. “Eles alegam ter consciência do risco que estão dispostos a correr. Não são um grupo de risco, isso nem existe mais, mas assumem um comportamento de risco”, contou o sociólogo.

Não é só distribuir camisinha

Para Garrett, uma das maiores dificuldades para dialogar com esse grupo de jovens homens e alertar sobre os riscos reais da doença é compreensível: “Devido às feridas emocionais que a maioria carrega por causa do preconceito social e até familiar, homens gays têm muita resistência a aceitar conselhos sobre como se comportar, especialmente sexualmente”.

Simplesmente distribuir camisinhas e panfletos com informações sobre a AIDS em datas específicas (Parada Gay, por exemplo) está longe de ser a atitude ideal no sentido da conscientização. A socióloga Eleanor Maticka-Tyndale , da Universidade Windsor (Canadá), defendeu, no mesmo painel do Congresso, que o trabalho de prevenção precisa ser o mais íntimo possível.

“Quanto mais próximo do grupo estiver o agente, maior a chance de sucesso. Uma organização pelos direitos LGBT tem muito mais chance de alcançar os homens gays ao promover conversas, palestras e debates, do que uma campanha do governo”, afirmou.

O papel da indústria pornográfica

O epidemiologista especializado em sexologia Simon Rosser , da Universidade de Minnesota (EUA), enxerga na indústria pornográfica uma chance para advertir sobre os riscos da infecção por HIV e a necessidade do uso de preservativos. Ele falou, durante o Congresso, sobre seu mais recente estudo sobre o assunto – uma pesquisa online, com homens maiores de 18 anos que tivessem feito sexo com homens nos últimos três anos.

Segundo os resultados, conteúdo pornográfico (especialmente filmes) é consumido por 98,5% desses homens diariamente, seja pelo computador, em DVDs ou pelo smartphone. “85,7% deles, mesmo preferindo assistir a cenas de sexo em que não há uso de camisinha, não se incomodariam se elas começassem a ser utilizadas para alertar sobre a necessidade de seu uso para evitar o HIV”, relatou. Além disso, eles considerariam interessante haver propagandas rápidas antes dos filmes sobre o tema.

“O desafio atual é se integrar ao grupo para poder dialogar. Eles são jovens, eles são descolados. Não adianta tentar se enturmar usando terno e gravata, com planilhas de dados nas mãos. Ouvir, argumentar e aceitar são peças fundamentais para buscar uma nova conscientização”, finalizou.

23-11-2013 às 14:19 irma de jerusalem
A verdade e que quase todos os gays que vivem uma vida promiscua possuem hiv, e um ciclo de transa, conheço vários que possuem e transam mesmo com vários e saem passando, galerinha de s.p, deve ser a mais infectada, perdi as contas de quantos relatos, de gays, que transam, transam, e transam, mas tbm vejo pelo centro de s.p bixarada veia e sozinha, travecada veia e sozinha, nao cultivaram absolutamente nada alem do sexo, terminam apenas sós. Tudo quanto e lugar, e sexo, papos so de sexo, jesus ilumine passos seus.
30-10-2013 às 08:55 Roberto
Infelizmente, aids relacionada a homossexual, segundo estudos recentes é uma realidade. Comparam jovens gays que se contaminam no continente europeu com os africanos cujo continente tem a maior epidemia mundial. Contudo boas notícias. O Brasil está em fase de pesquisas com macacos Reshus, para após 2 anos, aplicá-las em seres humanos. Representante da ONU em São Paulo, disse que já é possível a erradicação do hiv no mundo em 2030, sendo que a contaminação vertical, de mãe para filho, em 2015. Graças a Deus, eu, portador há exatos 20 anos, recentemente resolvi parar a terapia com o coquetel durante 10 meses e para minha surpresa, minhas células de defesa se replicaram para impedir a manifestação de aids, porém os vírus também se replicaram. Estou em análise e retornei com o coquetel para combater estes vírus teimosos, porém enfraquecidos. Ufa, que alívio! E quem sabe diminua a discriminação no sistema com essas perspectivas de cura.
29-10-2013 às 10:31 Uma boa notícia, exclusiva!
Ao longo de anos de terapia com os antirretrovirais, o vírus que fica em latência(oculto) evitando a cura funcional, pode virar um subtipo, impedindo a progressão da doença para AIDS. Numa visão mais otimista, como aconteceu com uma criança nos EUA, em que foi considerada curada, o que na verdade seus vírus ficaram débeis, onde o próprio organismo, sem a necessidade de remédios combate sua evolução! Estas notícias não divulgadas, são o temor de funcionários que visam a estabilidade e aposentadoria, contudo o júbilo para os portadores. Venceremos essa batalha!
29-10-2013 às 10:20 Roberto
É um tal de enfatizar o vínculo de AIDS a homossexuais que não é brincadeira. Afirmam categoricamente que no início da epidemia os gays eram os mais afetados, desprezando os primeiros marinheiros e estivadores que atracavam portos no mundo inteiro disseminando a doença. Claro, que proporcionalmente se considerarmos que a população de homossexuais seja, generosamente, de 20% em relação a héteros, o número de infectados é bem maior. Decerto, há religiosos radicais nos serviços públicos, convictos a exacerbar a homossexualidade como porta para doenças transmissíveis, lamentável. Como se fossemos a escória da sociedade, digna de repúdio. A relação sexual anal, inclusive é orientada por especialistas a mulheres que se desgastaram da prática sexual com seus maridos, porém são os gays que carregam o estigma por este ato. Clamo a Deus através dos homens sábios, cientistas, para que a providencial cura seja urgente, para calar de vez esse preconceito aos gays. Atualmente, usam a expressão, homens que transam com homens como fator de maior risco!
29-10-2013 às 02:55 Alejandro.
Oi... é mais um desabafo mesmo... hj tenho 25 anos e desde os 21 estou para fazer o exame de hiv e aids mas não tenho coragem... desde pequeno tenho pavor dessa doença pois escuto desde pequenos que só os gays tem aids... tive um namorado e depoias de um tempo faziamos sexo oral sem camisinha anal nunca dexei... ai depois termenimos e ele sumio... emagreci um pouco... e varias pessoas me olharam estranho tipo apontando com se tivesse doente... entrei em depresão sofri e ainda sofro muito... para vcs terem uma ideia venho tentando fazer o exame a quase 4 anos... antes de axar que peguei o virus era diferente depois disso me nunca mais axei que era o msmo... tenho muita vontade de fazer o exame... não sou uma pessoa fraca mais tenho tanto medo de um resutado de Hiv + todos os dias penso nisso já li e reli pessoas falando sobre... falando sobre as primeiros sintomas e talls... onde moro já alguns gays morreram com o hiv e não quero ser mais um... quero viver mais sou fraco... o que faço preciso de ajuda sofro muito só de pensar não consigo por a cabeço no travesseiro e não durmo direito desde! Grato.
28-10-2013 às 21:31 sou apenas mais um nas estatisticas
bem sou portador a 3 anos no começo não quis m tratar ai cai na realidade pois queria vivere não ser mais um a morrer dessa doença tenho amigos q por conta de ter o virus se entregarão a doença e morreram espero sim em uma cura assim como todos q é portador tenho um face q interajo só com portadores s0o de fortaleza ceará onde aqui a epidemia ta grande e acredito que em todo canto deva esta assim quem quiser me adiconar no face que eu tenho apenas para portadores ai vai .facebook.adriano.augusto no meu perfil é o símbolo da aids . só add q eu aceitarei com amior prazer. para troca de experiencias
28-10-2013 às 02:50 SACANABAIANO
ficam ai pensando em curas....a aidas, matou, está matando e vai matar muuuuuuuuuuuuuuuita gente...se cuide, vEados.
25-10-2013 às 00:48 angustia de campinas;
pessoal vcs acham q todo ano eles mudam o tipo do coquetel para ser menos agressivo, né? a cura está proxima eu acho, porque eu vi no youtube a materia do fantastico. abraços.
24-10-2013 às 14:44 P ME AJUDEM! POR FAVOR! ME AJUDEM!!!!
Meu caro, não tenha tanto medo assim, tá? Ter medo faz parte da vida e todos temos em inúmeras situações, mesmo sem a gravidade de uma doença. Tome seus remédios de maneira correta e tudo ficará bem. Cuide da alimentação, faça exercícios ( esportes, dançar, andar, correr, etc). Mantenha o espírito e a mente saudáveis, evitando sentimentos ruins: medos, mágoas, maldades, revoltas, pois isto tudo é muito destrutivo. Querido, você tem décadas pela frente. Trate a si mesmo e os outros com amor e esperança, cuide-se bem e no seu longo tempo de vida, a cura chegará; eu acredito nisto, na cura, de verdade. Olha, já vi pessoas vivendo normal e bem, há mais de 20 anos com os remédios. Existem efeitos colaterais, mas muitos deles passam, com a adaptação do paciente aos medicamentos; é só persistir e não desanimar. Vi gente com doenças como esta degeneração óssea que o colega logo abaixo falou e nenhuma era hiv+ e, obviamente, nem fazia uso do coquetel anti hiv. Não tem essa do remédio ferrar não, amigo! O coquetel mantém a doença longe e faz que a pessoa mantenha-se saudável, do jeito que der. Cada um é diferente. Uns sofrem mais efeitos colaterais, outros menos, mas melhora com a continuidade do tratamento. Além do mais, a única alternativa aceitável, inteligente e certa para um hiv positivo é tratar-se e viver, né? Você vai em frente e vai dar certo. Abraços! .... Paulinho BSB
24-10-2013 às 10:18 Atonin Artaud
É evidente que nosso amigo alarmista escreveu as duas mensagens abaixo, olhe o horário...Nâo é porque vc é um portador que teve o azar de não reagir bem a medicação que vc deve generalizar isso. Se vc for num grande centro de tratamento de portadores vai ver que o povo não está morrendo, está cheio de planos e pasmem: quem cuida do corpo continua bonito. É lógico que se ficar deprimido, parar de lutar botando sempre a culpa na doença e se entupir de massas e doces vai ficar uma acabada. Mas tenho muitos amigos não portadores com mais de 40 anos com a vida indefinida, sem nenhum tostão furado, com pança de cerva e muito saudáveis.