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Protesto

Alunos vestem gravata rosa contra preconceito na USP, em Ribeirão Preto, SP.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 08 de Maio de 2015

Alunos vestem gravata rosa contra preconceito na USP, em Ribeirão Preto, SPAlunos vestem gravata rosa contra preconceito na USP, em Ribeirão Preto, SP

Alunos e professores da Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Universidade de São Paulo (USP), passaram a usar gravatas cor de rosa durante as aulas no campus de Ribeirão Preto (SP) para protestar contra casos de preconceito envolvendo estudantes gays.

Segundo os idealizadores da campanha “Há cores por aqui”, existe machismo e homofobia dentro da faculdade.

Em nota, a direção da FEA afirmou que apoia o movimento dentro da universidade e informou que nenhuma denúncia de homofobia envolvendo alunos foi formalmente prestada à instituição.

Segundo o estudante de economia Felipe Maia, o preconceito contra gays é presente dentro da faculdade. “Há um preconceito mascarado e a gente nota que na faculdade como um todo temos um ambiente conservador”, afirma o aluno que cursa o segundo ano do curso. “O preconceito se manifesta por um olhar torto ou um comentário atravessado”, diz.

Símbolo

A peça do vestuário masculino foi escolhida para ser usada durante a campanha por ser um dos símbolos do curso de economia. “É uma faculdade de negócios, majoritariamente composta por homens e que tem uma identidade machista e pouco aberta a mulheres”, comenta o aluno Lucas Henrique Ribeiro, um dos idealizadores da campanha. “Por meio de piadinhas as pessoas vão soltando a ideologia que elas resguardam”.

Leonardo Veras foi um dos 100 estudantes que já vestiram a gravata cor de rosa desde o início da campanha, na quinta-feira (30). Heterossexual, admite que sofreu resistência por parte de outros amigos, contrários à campanha em apoio à causa gay dentro da USP. “Vi um certo repúdio por parte dos meus amigos, vieram me perguntar se eu estava louco, e é possível sentir como os gays se sentem”, explica. “O que muda se eu fosse gay ou não?”, questiona Veras.

Alguns professores também começaram a usar a gravata para dar aulas. “Apoio a campanha porque a intolerância no Brasil vem crescendo. A gente vê intolerância com os gays, com a mulher, os negros, além disso é uma oportunidade interessante até para interagir com os alunos e interagir com a sociedade, porque a faculdade é um pedaço disso”, afirma o professor Jair Silvério dos Santos, do Departamento de Computação e Matemática da USP.

Além da gravata, um selo em apoio à campanha também está sendo usado no Facebook e estudantes incluíram nas fotos do perfil na rede social o carimbo com a frase “nossa faculdade também é gay”. “Duas horas depois que lançamos a imagem tivemos a repercussão, em parte negativa e em outra parte positiva, e causou o que a gente queria, a discussão”, diz a aluna Eleonora de Oliveira.

Segundo os entusiastas da campanha, o próximo passo é abranger a discussão, para o mercado de trabalho. “É preciso entender que há executivos gays, lésbicas e transgêneros, e a proposta é causar essa aproximação, dizendo que o gay também está nesse ramo”, comenta Ribeiro. Cartazes estão espalhados pelo prédio da faculdade com fotos de executivos, artistas e intelectuais que também são gays.

FEA/USP

A direção da Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão afirmou em nota que também apoia a campanha iniciada pelos estudantes. “Toda forma de debate e troca de ideias sobre essa temática e realidade servem para desconstruir mitos e preconceitos que conduzem qualquer tipo de discriminação”, informa.

A direção afirmou também que nenhuma denúncia de homofobia foi formalmente prestada e que trabalha em um projeto de conscientização que abordará “todo o tipo de preconceito”, diz a nota. “Esse projeto envolverá alunos, professores e funcionários e deverá ser divulgado oportunamente”.

Cartazes espalhados pela faculdade pedem conscientização contra preconceito em Ribeirão Preto, SPCartazes espalhados pela faculdade pedem conscientização contra preconceito em Ribeirão Preto, SP

14-05-2015 às 00:20 P Lukas
Primeiro,, pense positivo, pode ser só um problema no laboratório. Mas se der positivo, não pense em desespero... vc vai se tratar, se cuidar e viver sua vida... eu passei por isso ha 5 anos... pensei que era o fim... mas tenho uma médica muito boa que faz o acompanhamento... tomo os remédios direito e estou indetectavel e não sinto nenhum sintoma a não ser a chatice de tomar o remedio... mas faz parte... e cada dia mais as noticias são otimistas tanto em tratamento quanto em direção a cura... temos que fazer a nossa parte e se cuidar. abraço
11-05-2015 às 12:42 Boqueteira do Arouche
E eu ainda, amiga Pilastreira! Chuparia todos eles, fazendo fila indiana, todos peladdinhos, vestidos apenas com aquelas gravatas! Seria uma suruba daquelas! Mamaria um por um, com a maior presteza! Sou gulosa mesmo! Delícia!
11-05-2015 às 12:32 pilastreira da praça roosevelt
Pelo que eu vi na foto nessa sala ai com certeza eu atenderia a maioria dos caras sem sombra de duvidas. Sou puta mesmo
10-05-2015 às 22:19 Dagama
Parabéns a coragem e ousadia dos Acadêmicos da USP. A universidade precisar travar esse debate e mudar as posturas e discursos ultrapassados que perpetua. Estamos no século XXI é inadmissível que jovens ainda vivam esse tipo de preconceito.
10-05-2015 às 20:51 Nando
Bom, existe veado efeminado e veado nao efeminado, mas o preconceito eh o mesmo. Quando mudei para Ribeirao Preto, em 1986, nao se via lesbicas adolescentes namorando nas esquinas nem gays jovens morando juntos. Hoje a tendencia liberal eh mundial. Mas nessa epoca, quando eu morava em Sampa, a homossexualidade sempre rolou solta no centro, beijava em praça e tudo mais.
10-05-2015 às 01:15 loling
existe veado macho e veado fêmea, "a outra face"?
09-05-2015 às 20:44 Guto
Parabéns a esses estudantes!
08-05-2015 às 15:14 a outra face...
Que legal, os heteros do bem nos defender do machismo que por mais de seculos colocou os gays a margem da sociedade. Somos inteligentes tambem, e temos muito a contribuir para o progresso do pais; basta que punam os machistas homofobicos. Moro em Ribeirao Preto por força das circunstancias desde os 16 anos, depois queconheci a pça da Republica em Sampa, liberdade gay total, e vim para nessa cidade conservadora e hipocrita. Tive muitas derrotas aqui por conta do preconceito, e olha que sou veado macho discreto. Apesar de tudo a cidade eh encantadora. Adoro dar e comer no Morro das Sete Capelas. Nao paga nada no bosque das donzelas!