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Fazendo a diferença

Embaixador gay americano defende lei anti-homofobia para coibir crimes.

por Redação MundoMais

Segunda-feira, 08 de Junho de 2015

O 'embaixador' gay Randy Berry defende lei anti-homofobia para coibir crimesO 'embaixador' gay Randy Berry defende lei anti-homofobia para coibir crimes

Randy Berry, enviado especial dos Estados Unidos para direitos humanos da população LGBT, defendeu neste domingo (7) a importância de uma lei anti-homofobia para reduzir a violência contra gays. "O fato de termos legislação contra crimes motivados por orientação sexual fez toda a diferença", disse Berry.

"Teve um efeito positivo dissuasório não apenas pelas punições, mas pelo debate, que sensibiliza a população."

Legislação que pune a homofobia está em discussão no Congresso e é alvo de ataques da bancada evangélica. Nos EUA, foi aprovada em 2009 a Lei Matthew Shepard contra crimes de ódio, em homenagem ao adolescente gay assassinado em 1998.

Berry participou da Parada Gay ao lado do ex-senador Eduardo Suplicy e da senadora Marta Suplicy e ficou "impressionado" com o apoio da população ao evento.

Sua recepção no Brasil foi mais tranquila do que na Jamaica, onde foi recebido, no fim de maio, por protestos contra "a tentativa dos EUA de impor sua agenda gay". A Jamaica tem leis contra "sodomia" e homossexualidade.

Do Brasil, ele parte para a República Dominicana, onde também deve enfrentar clima tenso. O atual embaixador dos EUA no país, James Brewster, foi hostilizado por representantes da Igreja Católica por ser gay.

Leia trechos da entrevista:

O BOTICÁRIO

Assisti à propaganda [de O Boticário, que mostra casais do mesmo sexo]. Nos EUA, apesar de termos tido grande progresso na questão LGBT, também teríamos esse tipo de reação a uma propaganda assim. Pessoas podem acreditar no que quiserem e dizer o que quiserem. Desde que o discurso que incite o ódio.

FUNÇÃO DE SEU CARGO

O cargo de enviado especial para direitos humanos de LGBT foi criado em abril, alguns anos após ser idealizado pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

Queremos usar a defesa dos direitos humanos de LGBT em política externa como forma de impedir as piores formas de discriminação. Não estamos defendendo ou atacando casamento gay, essa não é nossa agenda. Cada país tem seu processo.

Em dez países ser gay não só é ilegal mas também é passível de pena de morte [como no Irã e na Arábia Saudita]. Em quase 80 países, homossexualidade é crime.

EUA PATERNALISTA?

Não estamos aqui para impor nada, é só uma conversa. Nossa mensagem é mostrar o que fazemos nesse campo nos EUA e aprender com outros países. E o Brasil é extraordinariamente próximo dos EUA em termos de políticas de inclusão.

BRASIL

A dimensão do evento [Parada Gay] e o apoio e participação do público são um tremendo produto de exportação do Brasil, que prospera ao abraçar a diversidade.

O Brasil tem sido um líder internacional nessas questões, vide a ONU [propôs resolução em 2014 condenando discriminação por orientação sexual]. Queremos ver o Brasil fazendo mais isso.

ASSASSINATO DE GAYS

Nos EUA e no Brasil temos problemas persistentes de crimes contra LGBT. O importante é saber o que o governo vai fazer sobre isso, o que a polícia e os tribunais vão fazer. Nos EUA conseguimos diminuir os crimes motivados por orientação sexual. Uma maneira de lidar com isso é comparar legislações do mundo, ter políticas de educação e combate ao estigma.

LEI ANTI-HOMOFOBIA

O fato de termos legislação contra crimes motivados por orientação sexual fez toda a diferença. Nossa legislação nasceu de uma enorme tragédia [assassinato do adolescente gay Matthew Shepard em 1998].Foi um exemplo muito palpável de que as pessoas se tornam alvos somente por serem quem elas são.

Do ponto de vista dos EUA, ter uma lei que explicitamente identifica crimes contra gays foi muito importante. Teve um efeito positivo dissuasório não apenas pelas punições, mas pelo debate, que sensibiliza a população.

PRECONCEITO

Precisamos fazer uma coalizão de países para falar sobre os direitos da população LGBT. É mais difícil ignorar uma crítica se ela vem só dos EUA, mas com vários países expressando preocupações, fica mais eficaz.

08-06-2015 às 23:56 Nereu
O cara vem ao Brasil e fica justamente com Marta e Eduardo Suplicy.... duas fraudes... dois enganadores.... Durante 12anos de governo petista, esses dois foram eleitos pelos votos dos gays e não fizeram nada por eles.... absolutamente nada... Dois sem vergonha.... aproveitadores.....