por Redação MundoMais
Terça-feira, 11 de Agosto de 2015
Um "beijaço gay" foi realizado nesta segunda-feira (10) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, durante o início de um debate sobre as alterações no Estatuto do Desarmamento. Segundo o movimento responsável pelo ato, 25 jovens foram ao local com cartazes contra a homofobia, pouco depois das 14h.
Um grupo de 25 militantes promoveu na segunda-feira (10) um beijaço contra parlamentares homofóbicos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
O estudante Lucas Maróstica, um dos organizadores da manifestação, conta que a intenção era protestar contra o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS). No ano passado, foi divulgado um vídeo, gravado em novembro de 2013, em que ele aparece criticando o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e citando os homossexuais.
"A gente já tem acompanhado a declarações dele, inclusive falou que gays, lésbicas indígenas e quilombolas são tudo o que não presta. Achamos que era importante trazer esse debate à tona. Nos preocupa muito que tenhamos parlamentares que promovam discurso de ódio, e que esses deputados queiram flexibilizar o acesso a armas, enquanto há esse discurso de ódio", disse ao G1.
Lucas afirmou que o grupo também aproveitou para protestar pela presença do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair Bolsonaro (PP-RJ). Após o beijaço gay, o grupo deixou o Teatro Dante Barone de maneira pacífica. Participaram da manifestação a União Nacional dos Estudantes, União da Juventude Socialista e o Coletivo Juntos.
Por meio de nota, o deputado Heinze afirmou que respeita as manifestações democráticas e que considera encerrado o assunto sobre suas declarações. Disse, ainda, que não gostaria de desviar o foco do debate sobre o Estatuto do Desarmamento;
Confira a nota na íntegra:
"Respeito as manifestações democráticas. Mas esse é um assunto que já dei por encerrado e o próprio Supremo Tribunal Federal – STF – entendeu que não houve crime e que minhas palavras - como já reafirmei por dezenas de vezes - não foram ofensivas às pessoas, mas dirigidas aos movimentos que representam esses grupos e ao então ministro Gilberto Carvalho. Lamento, porém, que essa forma de protesto, desvie a atenção de um debate tão importante para o Brasil. O foco da reunião foi o projeto de lei que propõe a revisão do Estatuto do Desarmamento e é sobre isso que devemos falar."