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Atenção ao HIV

Brasil reitera compromisso com meta 90-90-90 durante 2º Fórum Latino-americano.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 21 de Agosto de 2015

Foto: Grace Perpétuo / ASCOM – DDAHVFoto: Grace Perpétuo / ASCOM – DDAHV

“Assumo aqui um compromisso extremamente amplo com todos vocês: o enfrentamento da AIDS no Brasil é uma prioridade da presidente Dilma Rousseff, do ministro Arthur Chioro e do Ministério da Saúde como um todo”, disse na ultima terça-feira (18/08) o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi, ao abrir no Rio de Janeiro o 2º Fórum Latino-americano e do Caribe sobre o contínuo de atenção ao HIV.

O evento terminou ontem (20/08), no Centro do Rio. O DDAHV participou de todas as etapas do Fórum – que teve dentre seus objetivos discutir metas de prevenção que complementem a meta 90-90-90, lançada em 2014, no México, durante a primeira edição do Fórum.

Para o secretário, “o Brasil já está colocando esse compromisso em prática, rumo à ampliação da resposta brasileira e à eliminação da epidemia de AIDS ate 2030”. Nardi fez também questão de garantir que, apesar das dificuldades financeiras que hoje desafiam o Brasil e o mundo, “o orçamento para o Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais e suas ações de resposta à epidemia” estão assegurados.

Nardi aproveitou a ocasião para parabenizar a todos pelos avanços na resposta à epidemia – “os países da America Latina e Caribe compõem uma das regiões do mundo que melhor enfrentaram a aids” –, com especial destaque para Cuba – “o primeiro país a eliminar a transmissão vertical do HIV” – e ao DDAHV: “Quero agradecer ao Departamento por estabelecer o Brasil, de fato, como vanguarda no enfrentamento à AIDS”.

Segundo o secretário, os três dias de intensos trabalhos do 2º Fórum – que reuniu representantes dos países da região, especialistas de programas nacionais de HIV/AIDS e da comunidade científica e acadêmica, pessoas com HIV, membros de organizações da sociedade civil e representantes de agências de cooperação técnica e outras instituições relevantes – foram uma oportunidade para avaliar o progresso dessa resposta regional e para avaliar os resultados do que foi proposto no 1º Fórum. “É hora de propor novos desafios”, disse.

Resposta

O diretor-executivo adjunto do UNAIDS, Luiz Loures, celebrou o compromisso reiterado por Nardi – lembrando que o secretário responde “pelo portfolio central de Saúde em uma das maiores economias do mundo”. “A presença do secretário aqui reforça o compromisso brasileiro para com a luta contra a AIDS”, disse.

Para Loures, a história recente da resposta ao agravo favorece a região: “O fim da epidemia de aids passa pelo Brasil, pela América Latina e pelo Caribe”, garantiu.

O diretor do DDAHV, Fábio Mesquita, por sua vez, apresentou dados da cascata de cuidado contínuo do Brasil no ano de 2013 e os comparou aos números atuais, após a introdução do protocolo de tratamento brasileiro, que prevê que todas as pessoas vivendo com HIV/aids devem ser tratadas com antirretrovirais, independentemente da carga viral.

O sucesso do protocolo (o Brasil foi o terceiro país a aplicá-lo) levou a Organização Mundial da Saúde a indicar o “tratar a todos” como protocolo que deve ser seguido por todo o mundo. Saiba mais aqui: AQUI.

“Se analisarmos a cascata hoje, olhando apenas para os indicadores da meta 90-90-90, podemos constatar que – nesse ritmo – temos condições de contribuir com a meta global ate 2020, sobretudo neste período de ‘fast track’”, garantiu o diretor.

Sessões

Ao longo do dia, cinco sessões plenárias e diversos panelistas abordaram temas como o progresso e as perspectivas na resposta ao HIV na América Latina e Caribe; lacunas no contínuo de prevenção e cuidados em HIV/AIDS; a estratégia “fast track” para dar fim à epidemia até 2030; atualização do “2014 Mexico Call to Action” da edição anterior do Fórum; o progresso regional no cumprimento das três colunas da meta 90-90-90 (testagem, tratamento, supressão viral); e experiências particulares de alguns dos países participantes, entre outros. Os temas foram retomados por grupos de trabalho para construir consensos entre todos os participantes.

Como resultado concreto do encontro, espera-se um acordo sobre as metas regionais de prevenção para 2020, além de uma declaração – endossada pelos presentes – com recomendações sobre as intervenções prioritárias a serem realizadas para acelerar o progresso rumo a estas metas.

25-08-2015 às 19:39 Celso de Mello
O mais impressionante é que tudo mudou no ambulatório. Discrição e humanização agora sim, fazem parte do protocolo de atendimento. Não tem mais aqueles formulários para exames apelativos, que vinha escrito SIDA umas dez vezes- era pura redundância. Os pacientes hoje, em dia, creio que podem ficar mais tranquilos, pois está havendo mais comunicação entre as partes em busca da excelência, afinal faz parte do lema do hospital.
25-08-2015 às 11:41 Marcos - SP
Gente, como assim "nem sabe se o vírus existe"???!!! Claro que existe, milhares de pessoas morreram caquéticas pelo vírus, eu mesmo infelizmente perdi duas pessoas próximas por conta das complicações decorrentes da AIDS. Infelizmente existe sim e uma vez em contato com ele, cabe fazer o tratamento adequadamente para poder viver e evitar a transmissão aos outros.
24-08-2015 às 19:50 mlk de boa sp
acho um total absurdo esse tipo de alarde que as pessoas fazem em relacao ao HIV,esses dias vi um documentario americano no qual varias pessoas foram diagnosticadas HIV POSITIVO sem ao menos colherem exames medicos e o mais absurdo foi quando questionaram o pq do diagnostico...vivemos em um mundo no qual as pessoas sao enganadas diariamente,o medico "descobridor do virus" diz no documentario que nem ele sabe o pq de ter dito que o tal virus existe,se vcs puderem assistir esse documentario vcs terao uma visao mais aberta e menos temerosa sobre o assunto,o capitalismo ainda cega as pessoas na industria,quantos bilhoes e bilhoes de dolares esses laboratorios lucram em cima desses tais "remedios" que na verdade matam vc mais rapido e de forma mais degradante,uma amiga eh HIV POSITIVA a 2 anos e ela se recusa a tomar qualquer medicacao retroviral,ela tem a saude perfeita,nesse documentario existem casos de pessoas que fizeram o primeiro teste e deu positivo,foi realizado um segundo teste e deu indeterminado,um terceiro teste negativo...um quarto teste e positivo de novo???hein?? como pode isso...vc vai confiar em um laudo laboratorial feito por pessoas que nem sabem como vc eh? pra mim nao rola esses testes,mas respeito quem faz e confia nessa industria mentirosa e capitalista
24-08-2015 às 16:49 vou lutar p/ transplante....
Relatei o fato pro meu advogado, que me pediu um relatorio medico indicando referencias de creatina, porem encontrei resistencia da doutora, que puxou a sardinha pra sua classe hipocrita, falando em custo-beneficio. Vou ter que convencer o advogado a aceitar relatorio da minha atual situaçao e buscar referencias na internet. A principio reportei processar o infamepor negligencia e danos morais, mas sei que ele vai alegar o HIV, entao lembrei que esconder do paciente o que pode afeta- lo, caracteriza assedio moral. Por que depois que me causaram o dano, providenciaram a troca do remedio? Eu sabia que haveria resistencia para liberar os novos retrovirais, e sem falar que 18 anos de coquetel na rede, sabiam que haviam pessoas que nunca desenvolveriam AIDS. Duvidaram porque estava muito facil pra eles trabalhar, encaminhando os pacientes para o cadafalso. Apos 4 anos sem coquetel, voltei para o hospital e fiquei internado 5 dias por causa da insuficiencia renal, que se agravou, e descobri que minhas celulas de defesa cd4 cairam para 370, e que lentamente e sem força os virus se multiplicavam, entao foi descartada a ideia de cura funcional, mas reforçada a tese de que controlaria o HIV a vida inteira sem propblema e com muito mais saude do que muitos que nao o tem. Nao desisti de buscar justiça contra aqueles que deveriam ser amigos, pois com toda estrutura que o SUS banca e aquele avental branco acreditei que inspirava confiança!
22-08-2015 às 22:39 José de Oliva
Oi, Olhe pra mim, tenho acompanhado os seus desabafos e por que não dizer as suas denúncias. Já pensou em procurar o Ministério Público ou um outro órgão de defesa para que ele acompanhe a sua condição e procure o meio judicial para investigar? Vai, colega, faça isso, porque pelo que me parece você foi usado como cobaia sem sua autorização.
22-08-2015 às 07:42 Olhe pra mim...
Sei la, mais o que dizer. Nao vejo o Brasil ainda como referencia na erradicaçao do HIV. Precisade mais supervisao e relatorios medicos para que alguns medicos nao ajamsem responsabilidade, com a desculpa de custo- beneficio, nao observando o efeito colateral de alguns retrovirais, mantendo- os com a desculpa de que nao ha substituto Nao canso de falar aqui, que apos 25 anos positivo, e sem nunca ter tido doença alguma, nao quiseram trocar um dos remedios(TENOFOVIR) apos longo tempo de terapia, o que me causou insuficiencia renal. Foi uma luta perdida por negligencia, e revolta daqueles que nao aceitam a possivel cura da doença, que afeta o tal monitoramento dos pacientes, que estao cada vez mais livres do estigma criado pela ineficiencia de certas secretarias da saude. Como pode vc enviar uma carta para esse orgao, pedindo retornos mais extensos, a nao repetiçao demasiada de certos exames, e nao colacar cid de HIV em atestados p/ empresa, e a coordenadora a envia para o medico homofobico que me atenderia. Isso e corporativismo e total falta de respeito ao cidadao que cansa de pagar impostos que vao para a Saude. O tal medico pos essa carta no meu prontuario, e junto de outro dr. tambem revoltado com ela, passaram a me perseguir, mentindo que eu poderia tomar o Tenofovir a vontade, porque em mim nao aconteceria insuficiencia renal. Confiei e me fodi. Hoje estou afastado do emprego, fazendo hemodialise, e recebendo um miseravel auxilio- doença do INSS- trabalhando eu ganhava muito mais. Vieram com a desculpa que isso nao costuma acontecer. Se o nivel de creatinina no sangue do homem eh de 0,8 a 1,3, por que deixou a mibha ir para 1,6 e ainda dizer que eh normal. Pois entao, de 1,6 ela foi pra 15,4- quase que eu morro. Os doutores que me humilharam estao atendendo outros pacientes, e claro convencidos de que calaram a minha boca. Mas estou aqui denunciando e alertando os pacientes para que fiquem com um pe atras. Criticam tanto os cubanos, que trabalham com um contrato de 3 anos, recebendo 1/3 do que tem direito, mas com amor e dedicaçao a quem assiste. Viva Cuba!
21-08-2015 às 15:07 Marcos - SP
Enquanto não se ter um dialogo amplo acerca do HIV (precaução e cuidado pós exposição) a tendência é só aumentar. Infelizmente muitos namoram e depois de um tempo, por causa da confiança, deixa a camisinha de lado, muitas vezes a pessoa nem sabe que tem o vírus. Ideal é todo casal, (eu disse todos), antes de deixar o uso da camisinha que converse sobre o assunto e faça um exame rápido nos CTAs para certificarem que ambos "estão limpos", depois não adianta culpa ninguém. E se por ventura a pessoa tiver com o vírus e estiver em tratamento com c/ CV indetectável, levando uma vida "quase" normal, pode sim querendo, abrir mão do preservativo, pois a possibilidade de transmissão não passa de 4%.(números comprovados cientificamente). Enfim, com o tratamento super eficaz e com a consciência dos adultos sexualmente ativos, com certeza chegaremos a índices quase nulos de transmissão.