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Transfobia

Aluno transexual é expulso da Cásper após criticar método de professora.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 15 de Outubro de 2015

O universitário transexual Samuel Silva, de 22 anos, foi expulso da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, na última sexta-feira (9) após a publicação de um post em seu perfil do Facebook criticando a metodologia utilizada por uma professora, que excluiria alunos que não têm o domínio de uma língua estrangeira. A faculdade também decidiu demitir a professora.

O caso envolve ainda uma suposta agressão do aluno a um coordenador de classe. Samuel nega. O coordenador perdeu o cargo e segue como professor.

Durante a aula, a professora exibiu um filme em inglês e sem legenda, que seria essencial para a execução da prova do bimestre. Após a publicação do aluno, a professora enviou um e-mail para toda a classe como resposta à publicação.

“Tenho a dizer que, das quatro turmas de PP, Samuel Silva foi o único aluno universitário que não teve capacidade de assimilar um áudio com sonora em Inglês, narrado lentamente, em linguagem cotidiana, de um filme de 30. Foi o único aluno a se sentir 'colonizado' por meio dessa solicitação. Foi o único aluno a não compreender o enunciado da questão que tratava de um comercial premiado, e era fundamentada por um texto base oferecido como consulta a todos”, dizia o e-mail.

No e-mail, a professora disse ainda que o aluno “transformou suas peculiares características intelectuais em vitimização moral”. “Talvez lhe falte repertório, talvez lhe falte domínio de idiomas, talvez lhe falte o que fazer”, reforçou.

A faculdade informou, em nota, que instaurou uma sindicância para investigar o caso (veja íntegra da nota abaixo).

Agressão

Após a divulgação do e-mail da professora, o coordenador da classe alegou ter sido agredido fisicamente por Samuel durante uma discussão. Ele teria começado a se dirigir ao aluno no feminino como forma de provocação ao lembrar o gênero biológico de Samuel. “Eu comecei a chorar [após a discussão] e ele saiu por um corredor. Eu só queria sair correndo e ele virou na minha direção. Eu acabei trombando nele e ele caiu", disse Samuel.

A reportagem tentou falar com o coordenador mas não obteve resposta.

Em nota, a faculdade afirma que “ainda que tenha havido desentendimento entre o aluno e a professora, nada justifica a agressão física do aluno contra o coordenador do curso. Por isso, a instituição comunica a transferência compulsória do aluno para uma instituição que o atenda”.

“Eu acho que isso não teria acontecido desse jeito se eu não fosse transexual. Já aconteceu tanta coisa nessa faculdade e nenhum aluno foi expulso”, reforçou Samuel.

Xingamentos

Samuel Silva disse ainda que alguns colegas de classe começaram a enviar mensagens de ódio e xingamentos. "Mensagens do tipo: se você queria tanto ser homem, você deveria agir como tal, começaram a chegar para mim no Facebook", disse o aluno.

A Frente LGBT da faculdade publicou uma nota de repúdio contra a atitude do corpo docente e administrativo da Cásper Líbero. “Exigimos um posicionamento e retratação por parte da Faculdade, bem como apoio para políticas de inclusão e integração para alunas e alunos LGBTs e para estudantes que não têm como pagar a mensalidade”, diz a nota.

Em relação ao coordenador do curso de publicidade e propaganda, a faculdade decidiu pela suspensão de suas atividades na função atual, mas ele permanece como docente da instituição.

“Decidimos também pelo desligamento da professora, entendendo má condução e má postura ao expor o aluno perante a classe e por alimentar a divulgação dos fatos decorrentes, mesmo após orientação de aguardar o resultado da sindicância para se manifestar”, diz a nota.

A Frente LGBT da faculdade fará o ato “Ocupa Cásper” nesta terça-feira (13), às 17h, para discutir a transfobia institucional e os últimos acontecimentos envolvendo o estudante Samuel.

Nota de esclarecimento da faculdade Cásper Líbero:

Esta semana a Faculdade Cásper Líbero instaurou uma sindicância para investigar o caso envolvendo o aluno Samuel Silva, que alega ter sido prejudicado na aplicação de uma prova que resultou no desentendimento com uma professora e na agressão de um docente. Durante este período, foram ouvidas todas as partes envolvidas no incidente, assim como as demais áreas competentes da Fundação para a tomada de decisão.

A Faculdade Cásper Líbero sempre recebeu de braços abertos a todos os que a ela acorrem. No nosso papel de instituição de ensino, temos dado apoio a grupos e lideranças estudantis, como o AfriCásper, Lisandra, LGBT, incentivando suas atividades..

No caso do aluno Samuel, também o recebemos de braços abertos desde o início de sua transferência, referendando seu pedido de uso do nome social conforme sua documentação acadêmica. O aluno sempre foi tratado com respeito e a direção recomendou a todos os funcionários, coordenadores e professores que dessem a devida atenção às condições do aluno.

Houve, nos últimos dias, uma série de desencontros nas informações, amplamente divulgadas pelo aluno. Em grande parte das publicações, o aluno insulta a Faculdade com ameaças e com discurso de vingança.

Para cumprir sua missão de formar os melhores profissionais, não podemos aceitar esse tipo de intimidação. Todos são iguais como alunos, com as diferenças aceitas e acolhidas.

Ainda que tenha havido desentendimento entre o aluno e a professora, nada justifica a agressão física do aluno contra o coordenador do curso. Por isso, a instituição comunica a transferência compulsória do aluno para uma instituição que o atenda.

Em relação ao coordenador do curso de Publicidade e Propaganda decidimos pela suspensão de suas atividades na função atual, e o convidamos a permanecer conosco como docente da instituição.

Decidimos também pelo desligamento da professora, entendendo má condução e má postura ao expor o aluno perante a classe e por alimentar a divulgação dos fatos decorrentes, mesmo após orientação de aguardar o resultado da sindicância para se manifestar.

Decisões como esta são sempre difíceis, mas necessárias para assegurar que a Cásper Líbero continue sendo um ambiente acolhedor e respeitoso.

A direção

20-10-2015 às 00:25 Dona Beja P/ Kgay
Aviso ao Kgay homofóbico: Durma no cantinho da mamãe, senão vou aí e puxo o seu pé, de madrugada. Estou escrevendo daqui, do Paraíso. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.
19-10-2015 às 19:07 edjackson soares batista
DESEJO A QUEM TEM O PRECONCEITO ENRAIZADO EM SEUS SANGUES QUE , BUSQUEM PELO NÃO PRECONCEITO , UM POR QUE QUEM FAZ O PRECONCEITO É O PROPRIO GAY AQUI É UM SETE GAY 90% POR CENTO DOS ASSESSOS SÃO DOS GAY QUE DESRESPEITAN UM AO OUTRO O POVO DESUNIDO .
17-10-2015 às 18:18 Bianca Zaratini P/Kgay
Já li suas postagens aqui, de outras matérias. E o que posso dizer é que é puro lixo. "Aberração" da sociedade só pode ser você mesmo. O seu caso só a oncologia pode resolver, câncer social!
17-10-2015 às 16:38 Estevao/PE
Nao entendi a reclamacao do Samuel por causa do video em ingles. Esse idioma, pelo pouco que sei, é importante para este curso. Surtougeral!
17-10-2015 às 16:18 IEMANJA A RAINHA DO MAR
A PROFESSORA FOI MUITO INFELIZ ,SUA ATITUDE FOI ABSURDA ANTI-PEDAGOGICA -EGOISTICA- NAZISTA-ALIENANTE, DEIXOU SEDUZIR-SE PELAS FALANGES DO MAL.O ALUNO DEVE SER RE-ADMITIDO NA ESCOLA COM DEVIDOS PEDIDOS DESCULPAS DA INSTITUIÇÃO UMA VEZ QUE ELE ERA A PARTE MAIS FRÁGIL NESSA ESTORIA E FOI VITIMA DA IGNORÂNCIA DA PESSOA DESSA PROFESSORA .OREMOS.AMEM
17-10-2015 às 10:07 Rafa
A pergunta é, se fosse um aluno de outra orientaçao sexual seria diferente? Não! Gays, e gerais que prezam por uma atenção igualitária TEM que receber atenção igualitária e parar com essa merda de ficar se fazendo de COITADINHOS.
16-10-2015 às 22:57 Atenção, Mundo Mis
Tem um aí em baixo que quer exterminar os gays afeminados. Só os afeminados. Os machos, como ele próprio, não. Ele quer fazer como os nazistas na Segunda Guerra. Exterminar os gays(afeminados) que nem baratas. Não é o caso de chamar a Polícia Federal e quebbrar o IP do computador dele, não? Incitamento ao crime é algo inadmissível, não é?
16-10-2015 às 20:50 Edu
Para os gays que não entenderam o texto, o aluno em questão é uma menina trans que usa o nome social Samuel- já é uma prova de que a "facul" é inclusiva. Em relação à reclamação dele da matéria de inglês válida para prova, mostra que ele está despreparado, e que, mesmo havendo um texto de ajuda ele mostrou- se incompetente. Boba foi a professora em não esperar a sindicância da escola, e insultá- lo perante os demais, via e-mail. Agora, diante dos fatos, é muita coincidência derrubar o professor no chão, por um simples esbarrão. A verdade é que a sapa tem dificuldade de aprendizado no inglês, e não houve transfobia porque ninguém a chamou de anca de cavalo!
16-10-2015 às 12:52 Ai Senhor ajuda itaquera sp
O QUE MAIS ME IRRITA É QUE AS AFEMINADAS TOMARAM CONTA DOS BANHEIROS DE PEGAÇAO.
16-10-2015 às 11:24 Lih
As afeminadas sempre queimando o filme.