por Redação MundoMais
Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2016
A Albânia é considerada um dos países mais homofóbicos da Europa e até a década de 90, quem era homossexual era preso. E o país é o palco do documentário "A luta de ser gay na Albânia", produzido pela "Vice Grécia".
A produção mostra a realidade e depoimentos surpreendentes de ativistas do movimento LGBT e de pessoas que são contra esses direitos. No vídeo, por exemplo, há declarações de pessoas que acreditam que gays não deveriam ter liberdade de expressão.
“Por isso que essas pessoas exigem direitos. Em grande parte é porque essas pessoas não são perseguidas, presas ou demitidas”, disse Murat Basha, membro de um partido nacionalista monarquista, o PLL. A opinião dele, segundo o documentário, é a mesma da maior parte do país.
Em uma das histórias, um participante do reality show assumiu sua homossexualidade publicamente em 2010. Após a exposição, moradores da cidade do rapaz protestaram pedindo sua expulsão do programa. “Ele não é albanês, não tem sangue albanês”, diz um dos manifestantes.
A violência doméstica também é um dos problemas sofridos por gays na Albânia. Segundo a produção, homossexuais são negligenciados por sua orientação sexual.
Por outro lado, o documentário “A luta de ser gay na Albânia” também mostra casos considerados como raros, onde há aceitação dessas pessoas na família.
É o caso de Kristi Pinderi, que chegou a morar com o filho e seu namorado. "A mãe protege o filho mesmo quando ele é criminoso, quando ele mata. Por que isso é ruim? Por que ele é gay?", diz Kristi.
Ela revela ainda que no começo brigava pois o filho saía constantemente. "Acima de tudo, tenho orgulho pelo o que ele é, porque ele não vive uma mentira", completa.