A morte de perto
por Redação MundoMais
Quinta-feira, 03 de Março de 2016
Ao telefone, uma voz aliviada não parecia transparecer todo o terror sofrido por Anderson Santos, de 17 anos, morador de São Paulo. Na última sexta-feira, o adolescente viu a morte bem de perto. E o pior: pelas mãos do próprio pai, com quem vivia desde os dois anos de idade, quando foi abandonado pela mãe, que fugiu sem nunca mais dar notícias. O motivo? Era espancada diariamente pelo marido.
"Passei 15 anos sem ter notícias dela. Até que pedi a um amigo, que trabalha no Poupa Tempo, para que tentasse achar algumas informações. Em outubro, a encontrei e, desde então, vinha frequentando a casa dela", conta Anderson, que relatou a agressão sofrida em um post no seu perfil no Facebook. Detalhe: o rapaz decidiu não registrar o caso pelo fato de o pai ser arrimo de família, sustentando, além de Anderson, outras três crianças (de 4, 6 e 11 anos).
Na sexta-feira, o adolescente voltava de um terreiro umbandista que frequenta, quando chegou em casa, no bairro do Grajaú, e foi confrontado pela madrasta, que teria insinuado que Anderson estivesse sob efeito de drogas. Com a chegada do pai, as coisas pioraram.
"Ela me desafiou e me jogou contra ele. Cheguei a um ponto de pressão que não consegui sustentar. Entrei no quarto dele e contei a ele que era gay", relembra, logo depois iniciando o relato sobre a sequência de violências sofridas.
Socos, chutes, tentativa de enforcamento, golpes com uma colher de pau e chibatadas nas costas com uma alça de bolsa em brasa. Mas o mais grave ainda estava por vir...
"Ele insistiu para que minha madrasta pegasse uma faca. Eu sabia que ele ia me matar. Ela abriu o portão de casa e pediu para que fugisse, pois também sabia que eu iria morrer", conta Anderson, que conseguiu escapar das garras do pai ao pular de uma sacada da casa, com pouco mais de três metros de altura. Na queda, quebrou uma das mãos.
Na sequência da fuga, se abrigou na casa de uma amiga. Decidiu apenas descansar, procurando atendimento médico no sábado, quando foi ao Pronto Socorro Municipal Dona Maria Antonieta, no mesmo bairro do Grajaú.
"Ainda no sábado, criei coragem e voltei para buscar minhas coisas. Meu pai não estava em casa, mas minha madrasta me passou o recado de que ele não queria me ver nunca mais", relata o adolescente, que, no domingo, se mudou definitivamente para a casa da mãe, no Centro de São Paulo.
Ao ser indagado sobre a possibilidade de voltar a ter contato com o pai, Anderson se mostra reticente e surpreende com uma resposta resignada.
"Agora, logo após isso tudo, é claro que não quero vê-lo, não quero saber dele. Mas meu pai é uma pessoa boa, eu sei disso. Ele foi criado assim", acredita Anderson.
Aos 17 anos, Anderson Santos é mais um jovem vítima de uma agressão por homofobia sofrida dentro da própria casa.Concordo. Somente aos grandes e aos sábios é dado o dom do perdão. Os demais preferem a vingança. Aliás, fiz faculdade bem antes da proliferação a que se refere e do google existirem Tenho orgulho dos meus 40 e poucos anos. Tomara chegue todas a que cheguei. Parabéns pelo dia das mulheres.
Faz me rir cona! Com a proliferação de faculdades por atacado qqr lesada é mestre ou douta. Certamente entendo a companheira que a julgou por fanática. Ficar citando frases da bíblia como verdade inabaláveis é coisa de gente pouco informada. E concordo com a Fodona, perdoar agressão é ser lesada de mais ou masoquista.
O que exatamente a senhora sabe sobre minha vida? Por que da sua eu sei apenas do seu namorico que não deu certo porque a senhora foi trocada por uma família, segundo a senhora, interesseira. Ler sobre Filosofia? Quais autores, pensadores e filósofos a senhora pode sintetizar em uma lauda? Fanática, eu? Sou fanática sim, por tudo o que a senhora desconhece, pelo Amor e pela felicidade. Quanto a ler, tiro uma cópia do meu diploma de Mestre, autentico e esfrego naquilo que a senhora tem e chama de cú. Vai aprender a ser humana, já que não sabes a diferença entre ser humano e ser humano. Desculpe, mas quando a senhora babava eu já cuspia. Quanto a minha religiosidade, sou Existencialista e agnóstica teísta. Quanto a senhora, aprenda a diferença entre ser e não ser, pobre criança minimizada.
Boaa pessoa? Muito nobre a atitude deste garoto. Eu poderia até perdoar, mas deixar de denunciar NUNCA!!! Denunciaria sem nenhuma pena, até pelo que a mãe sofreu .
Alguem tem o zap do magrim? quero leita esse cu.
Anderson, querido, não se iluda. Seu pai não é uma pessoa boa e nem vai mudar de ponto de vista sobre os gays. Pessoas realmente boas aceitam o "diferente" delas de maneira tão natural, que na maioria das vezes, nem parece ser, de fato, "diferente". Não denunciá-lo às autoridades neste momento é um direito que é teu e que ninguém pode tirar...E temos que respeitar sua decisão. Agora, perdoar uma atitude homofóbica dessas e apontar a possibilidade de contato futuro com este agressor, de temperamento horrível, isso já é uma escolha sua! Escolha que eu, definitivamente, não faria.
Eu adorava, quando criança, papai todo peludo, me agarrava e me encoxava por trás. Não tenho o que falar dele; foi muito carinhoso comigo!
A gay agora, esta felicíssima, vai morar com a mãe no centro de SP, local propício para soltar a mulher que há dentro de si. Mas, cuidado com mamãe, se ela teve coragem de abandoná- lo quando criança, imagine agora que a moça está grande e rebelde
Bem, não dá para falar em termos racionais,logicos,empriricos com uma fanática religiosa. Fé cega é preguiça mental. Vá estudar historia e filosofia, entenda as origens comprovadas do seu livrosagrado. Melissinha, quem ñ sabe oquefaz? Um bêbe, um incapaz? Um alienado , um inconciente? De resto, se ñ rasga dinheiro e se lembra de comer, sabe muito bemo que está fazendo. Em outro momento contodo cretino do pai de um amigo...sempre o agradia verbalmente quando bebia e depois esquecia de tudo. Especialmente pq o filho é rico e lhe concede favores. Ta boa fanatica?
Que bom que você aprendeu a ser feliz, já eu, nunca fui infeliz pelo simples motivo de sempre soube que a minha felicidade está dentro de mim. E sim, quem perdoa vive mais feliz que quem é perdoado. Cristo pediu ao Pai que perdoasse justamente os que não sabem o que fazem.