por Redação MundoMais
Terça-feira, 16 de Agosto de 2016
Na madrugada desta segunda para terça-feira, faleceu na Casa de Saúde Pinheiro Machado, localizada no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, a irreverente atriz Elke Maravilha. Conhecida por seu jeito bizarro e engraçado, Elke tratava no hospital uma úlcera, mas não resistiu à cirurgia para tratamento da doença. A artista estava com 71 anos de idade e era conhecida mundialmente por defender a causa pró-LGBT.
Elke estava internada há quase um mês no local. A informação foi confirmada pelo irmão de Elke, Frederico Grunnupp, e divulgada por veículos de imprensa de todo o Brasil.
Grunnunp disse o que aconteceu com Elke. "Ela teve complicações após a operação e também tinha diabetes. Ela não estava mais respondendo aos remédios", disse.
Os médicos ainda não divulgaram o laudo que indica a causa da morte, mas o irmão da atriz afirma que ela sofreu falência múltipla dos órgãos devido à idade avançada e complicações diversas por conta da cirurgia.
Quem segue Elke pelo Facebook está lamentando o ocorrido, já que foi postada imediatamente após a sua morte uma mensagem para os fãs da atriz na sua página oficial. O falecimento da artista aconteceu pouco após a uma hora da madrugada.
"Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa viagem", diz a mensagem.
História de vida e superação
Elke Georgievna Grunnupp nasceu na Rússia e tornou-se conhecida por seus trabalhos como atriz e modelo. O nome artístico ela adotou anos depois do sucesso ao participar de programas de calouros, como Silvio Santos e Chacrinha.
Maravilha era amiga de Zuzu Rangel, também apaixonada pelas artes e ativista política de sua época. Ambas se conheceram em um salão de beleza nos anos 1970. Elke chegou a ser interpretada por Luana Piovani em um longa metragem biográfico que conta a história de vida da estilista.
Durante os Anos de Chumbo, ela sofreu duramente com a repressão e chegou a ser torturada por militares. Elke foi presa por seis dias e só conseguiu soltura a pedido de Zuzu Rangel, que mandou para a cadeia um delegado "amigo" que a soltasse.
O uso abusivo da maquiagem e da alegria sempre foram a marca de Elke Maravilha. Conhecida de programas dominicais, ela nunca ligou para o que os outros falavam a seu respeito e se tornou ícone de luta pelos direito das pessoas LGBT.