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Polêmico selinho

Organizada do Corinthians é condenada por homofobia contra Emerson Sheik.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016

A Justiça de São Paulo condenou a torcida organizada Camisa 12, do Corinthians, por causa de um protesto homofóbico no centro de treinamento do time, contra o jogador Emerson Sheik, por ter publicado uma foto em suas redes sociais na qual dava um “selinho” em seu amigo.

A organizada, que no dia seguinte levou ao centro de treinamento alvinegro faixas dizendo "Viado Não", "Vai beijar a PQP" e "Aqui é lugar de homem", foi condenada a pagar R$ 23,5 mil ao Estado. Marco Antonio de Paula Rodrigues, então presidente da torcida, que deu entrevistas defendendo os protestos e atacando Sheik, também terá de pagar R$ 23,5 mil.

19.ago.2013 - Torcedores do Corinthians levam faixas para protestar contra Emerson Sheik após selinho em amigo19.ago.2013 - Torcedores do Corinthians levam faixas para protestar contra Emerson Sheik após selinho em amigo

A condenação foi obtida com base na Lei Estadual nº 10.948/2001, que prevê punição administrativa por atos de homofobia em São Paulo. A decisão é da Secretaria de Estado de Justiça e Defesa da Cidadania, órgão responsável pela aplicação da lei, que levou em conta a discriminação contra homossexuais em geral. Não cabe mais recurso

“A decisão é importante porque traz uma reflexão sobre a homofobia e responde a uma postura muito comum no futebol. É um começo para uma mudança de atitude. É preciso democratizar e avançar no futebol, que ainda é muito fechado e homofóbico – e a decisão é um reflexo disso”, avalia o Defensor Público responsável pelo caso, Bruno Bortolucci Baghim.

Relembrando o caso

Em 2013, após uma vitória do Corinthians no Brasileiro, Emerson Sheik postou a foto beijando o amigo Isaac Azar, com a seguinte legenda: "Tem que ser muito valente para celebrar a amizade sem medo do que os preconceituosos vão dizer."

Pressionado pela torcida, o jogador, hoje no Flamengo, chegou a pedir desculpas pela foto.

Mesmo que o próprio atacante não tenha levado a questão adiante, a secretaria de Justiça paulista recebeu denúncias de pessoas que se sentiram ofendidas pelos protestos da Camisa 12 e resolveu instaurar um processo. "Não importa se a pessoa alvo é ou não homossexual", disse o defensor Baghim. "É do interesse da sociedade que não haja homofobia e nós atuamos nesse sentido, também pensando no caráter educativo da punição."

A torcida vai apelar à Justiça contra multa

A Camisa 12, apesar de não poder mais recorrer na esfera administrativa, vai apelar à Justiça. Procurada pela reportagem, a organizada defendeu os protestos feito à época no caso do selinho, mas disse que hoje escolheria melhor as palavras usadas nas faixas.

"Hoje em dia esse negócio de homofobia está muito sério, mas não foi essa a nossa intenção", disse Geórgia Vilkas, da diretoria de comunicação da torcida. "A gente não achou certo ele fazer esse tipo de brincadeira, não aceita esse tipo de coisa. Mas não pensamos nas consequências. Hoje não faríamos as faixas com esses dizeres, escolheríamos melhor as palavras, justamente para não enfrentar processos como esse."

28-08-2016 às 09:48 Rick
Gente! O que vocês tem a ver com a vida dos caras. Decisão merecida! Vão procurar o que fazer seu loucos! Não discuto o direito que vocês tem de não conviver conosco. Decisão de vocês! Mas agora, chupa que é de uva!!!
24-08-2016 às 19:56 Diego SP
Escolheria as palavras?. Tentou explicar e complicou mais ainda!
24-08-2016 às 11:51 Sílvio
Estava tomando banho, de repente escutei o portão a bater. Enxaguei- me rapidamente, e fui ver quem era. Antes de abri- lo, grito quem é? - É o Dayson. Surpreendi- me, pois não o via há uns três anos. - Quem abriu o portão lá da frente pra você?- Foi a senhora da casa 5 que estava entrando. - E o que deseja?- Cheguei ontem, de volta à cidade, e vim te ver. Fiquei ressabiado, pois lembrei- me de que na última vez que o deixei entrar na minha casa, roubou meu celular e um bibelô de africana que ficava na sala. Pediu um copo de água, e eu besta, o deixei entrar na sala. Peguei o copo de água na cozinha, dei-lhe-o, e sentei no sofá para ouvir o que tinha a dizer. Disse- me que estava num hotelzinho da boca do lixo, pago até sexta- feira, e que precisava arrumar um emprego urgente. Eu disse- lhe que sentia muito, e que estamos numa crise danada, e que não poderia deixá- lo ficar em casa porque meu irmão estava morando comigo. Claro, que era pretexto, pois sabia que aprontara comigo na outra oportunidade, e que também não queria abraçar os problemas dele. De repente, começou a dizer que iria embora, pedindo para que eu abrisse o portão para ele fazer uma correria de um trampo e arrumar dinheiro para almoçar. Ok, não posso mesmo te ajudar, e já estou de saída! Não é que após abrir o portão da frente, e voltar a casa, percebi que meu celular não estava na estante. Procurei- o, procurei- o, e nada... O tempo corria... o cara já estava indo quarteirão à frente. Pensei, vou correr atrás, mas não tinha certeza. Coloquei o tênis, liguei do fixo e dava caixa postal. A esta altura, já sabia que o celular não estava em casa, e que o larápio havia me furtado novamente. Sai, na tentativa de encontrá- lo e acionar uma viatura da polícia para abordá- lo. Havia vários policiais pelo centro, a pé, de moto e carro, mas pensei... não posso reportar a eles o crime, sem ver o facínora na praça ou nas redondezas. E, de fato, não o vi. - Que faça bom proveito, que mate a sua fome, desgraçado!
24-08-2016 às 11:24 marcos
É exatamente por não pensar nas consequências,que o bandido vai para a cadeia e o homofóbico paga a multa. Só de falar: " A gente não aceita esse tipo de brincadeira!", já sinaliza machismo, discriminação. Chupa, preconceituosos!