por Redação MundoMais
Quarta-feira, 21 de Agosto de 2019
O ator Jesuíta Barbosa, de 28 anos, em entrevista à edição brasileira da revista Vogue, além de expor sua expectativa para o espetáculo Lazarus, inspirado em obra de David Bowie, também falou sobre sexualidade.
“Experimentar o feminino como transgressão me ajudou a crescer como ser humano. Mas nunca falaria de sexualidade abertamente se não fosse como provocação ou para abrir possibilidades”, diz à revista.
Barbosa já interpretou personagens sexualmente diversos no cinema e na televisão. Além da “Shakira do Sertão”, o ator interpretou um militar que vive um romance homossexual no longa Tatuagem (2013) e participou do coletivo transformista As Travestidas, no início da carreira, em Fortaleza (CE).
“Conscientemente ou não, Bowie representa algo de libertário para todos nós, ele ocupou um espaço de provocação inalcançável”, analisa o ator, que divide com o cantor o interesse pela androginia e pela fluidez de gênero.
Para ele, descutir questões como estas esbarra em discursos retrógrados. “Acho, por exemplo, a ideia de me colocar como viado ou hétero limitadora, são como duas caixas pré definidas”, diz. “Mas se for para me colocar em função da comunidade, pode escrever aí, por favor: sou ‘viado’”, completa.
Cala Salle (à esq.) e Jesuíta Barbosa (dir.), em capa digital da Vogue Brasil de agosto.
Ao lado da também atriz Carla Salle, Jesuíta Barbosa estampa a capa da versão digital da revista e chama a atenção para os “destaques da nova geração de atores multifacetados”.
Juntos, Carla e Jesuíta entraram no universo mágico de David Bowie para o musical Lazarus, escrito pelo cantor pouco antes de morrer e que agora ganha direção de Felipe Hirsch. Estreia é prevista para o dia 22 de agosto.