por Abraham Lebron
Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010
Uma vez fiz uma viagem de Maceió para Recife de ônibus. Era um ônibus muito confortável, com um ar condicionado bastante frio. Por conta disso, a empresa distribuía cobertores para os passageiros que assim os desejassem.
Minha poltrona era a da janela. Entrei no ônibus e sentei na minha poltrona na expectativa de quem sentaria ao meu lado. Logo em seguida entrou um homem de uns 30 anos, alto, magro, me cumprimentou e sentou ao meu lado.
A viagem teve início às 18h00. A noite chegara e com ela a escuridão, ampliada quando as luzes internas do ônibus foram apagadas. Começamos a conversar sobre a viagem, quem morava onde, em que bairro, o que cada um fazia, etc. Percebi que na conversa, ele me olhava com um olhar penetrante, talvez querendo conhecer-me muito mais além das palavras, que não deixavam de ser superficiais. Eu fazia o mesmo, aliás sempre procuro descobrir mais de alguém com quem converso, pelo olhar fixo nos olhos do outro ou pelo toque em qualquer parte do corpo, como na mão, no braço, na perna, etc. Percebi que ele fazia o mesmo quando queria enfatizar algo, chamar a minha atenção para aquilo que ele achava importante.
Durante a viagem, acomodando-me melhor na poltrona, deixei minha perna tocar levemente na dele, esperando a resposta: se ele a retiraria daquele contato ou se forçaria para que o contato ficasse mais próximo. E foi isso que aconteceu. De repente estávamos conversando e empurrando cada um a perna do outro com mais força, como se quiséssemos montar uma em cima da outra. Nisso, o ar começou a ficar mais frio. Ambos pegamos os cobertores e nos cobrimos, cada um com o seu, de tal forma que o cobertor de um cobria o cobertor do outro. Assim, protegidos pelos cobertores, podíamos agora colar também os nossos cotovelos um no outro, sem que ninguém percebesse. E foi isso mesmo que aconteceu.
Ainda conversando, nos tocávamos com mais liberdade e de repente nossas mãos se cruzaram e se apertaram e ultrapassaram os limites das poltronas (já que tínhamos levantado o braço móvel entre elas de propósito). Minha mão direita pousou suavemente sobre sua perna esquerda e a mão esquerda dele também pousou sobre a minha perna direita. O balanço do ônibus nos ajudava a esquadrinhar com mais ousadia o caminho que as nossas mãos queriam alcançar.
Foi assim que em uma curva, minha mão foi mais além da perna e sentiu que havia tocado em algo endurecido sob a calça dele. Imediatamente parei a caminhada, pois havia encontrado o destino, que mudara a minha respiração e deixara o meu corpo experimentar uma sensação de muito prazer. Quando comecei a tocar e apertar o que era o que eu queria tocar, ele fez o mesmo em mim, descobrindo que algo muito duro estava também sob a minha calça.
E agora? Agora começava a parte mais difícil. Tocar além da calça, abrir um zíper, desatacar um cinturão, mergulhar a mão dentro da cueca, enfim, sentir um membro duro, quente e pulsando de sensações que terminariam em um prazer sem precedentes. Tudo o que eu fazia, ele fazia também. Para facilitar as coisas, tivemos uma parada das atividades de nossas mãos para nos ajudarmos cada um a desatar seu próprio cinturão e abrir o seu próprio zíper. Depois deste trabalho de “infraestrutura”, as coisas ficaram bem mais fáceis e passamos a explorar (tudo isso por baixo dos cobertores) as partes dos nossos corpos que mais nos interessavam naquele exato momento.
Foi com muito tesão que pude tocar nos seus pentelhos que eram grandes a abundantes, sentir a sua rola dura, levar a mão um pouco mais abaixo da rola e sentir os ovos grandes, peludos e quentes. Ele descobria o mesmo em mim, explorando os meus pentelhos, rola e ovos. Nós sabíamos que não poderíamos nos expressar como se estivéssemos em uma cama, mas os avanços que havíamos alcançado com a conivência dos cobertores, já nos deixavam desejosos que a viagem demorasse mais, até alcançarmos o que tanto desejávamos: o orgasmo.
Entre carícias e suspiros reprimidos, pudemos perceber que começavam a aparecer os primeiros sinais de que estávamos perto do clímax. Nossos dedos tocaram em alguma coisa líquida, expulsa das rolas acariciadas. Era como se elas chorassem, clamando que o melhor de tudo finalmente chegasse.
Começamos, já sem mais nenhum pudor, a executar os movimentos de ida e volta em torno da glande de cada um. Os movimentos não poderiam ser intensos, mas o tesão era tanto que nem precisou muito esforço. Como um rompimento de uma represa, os nossos espermas foram jateados para fora, fazendo-nos contorcer de prazer e gozo. Gozamos ao mesmo tempo e ficamos cada um segurando as rolas um do outro, esperando o relaxamento e posterior repouso dos nossos preciosos membros. Tentamos nos limpar com o que tínhamos no momento, que eram as cuecas e as camisas. Que alívio!
Quando percebemos, já era 22h00 e estávamos entrando em Recife. O ônibus nos levou para a rodoviária, onde depois de nos despedirmos, cada um foi para o seu destino. Não sei por que, não trocamos nem números de celular nem endereço de e-mail. Talvez quiséssemos apenas recordar aquela viagem como um sonho mágico, impossível de repetir-se. Mas posso garantir que não foi sonho. Em casa tive que lavar eu mesmo minha cueca e camisa, para que minha mulher não descobrisse as manchas amareladas e endurecidas, nelas impregnada.
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