por Redação MundoMais
Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012
A 7ª Parada sorocabana, que aconteceu neste domingo (26), trouxe à cidade artistas da região de Campinas, como as drag queens Thuany Camp, Stefany Bills e Pretty Lupon. Todas entendem que o tratamento às minorias sexuais tem melhorado. Definiram a festa de ontem como "um ato pela paz". "Não se pode ignorar que existe espaço para o convívio pacífico e respeitoso; basta querer. E nós queremos", disse Pretty.
A presença das drags abalaram as estruturas dos três trios elétricos (Sindicato dos Metalúrgicos, Ipanema e Secretaria de Cultura). A grande bandeira do movimento contra a homofobia foi rapidamente estendida sob as cabeças dos participantes, tão logo os trios começaram a sair da concentração. Neste ano, o tema foi: “Celebrando o Orgulho de viver a diversidade, dê um basta ao preconceito e à homofobia”.
O organizador e presidente da recém-criada associação gay sorocabana, o DJ Dennys, ficou em cima do primeiro trio elétrico e comandou o evento. “Sempre fizemos a concentração aqui nesta praça e neste ano começamos mais cedo para que as pessoas pudessem aproveitar os projetos sociais disponíveis”, comenta Dennys sobre as atividades de ginástica e serviços de saúde, por meio dos ônibus da Mulher e do Homem.
Para os participantes, o preconceito ainda é uma barreira que encontra aplicação em todos os lugares indistintamente. "Sorocaba faz parte do contexto. Até por isso, não dá para dizer que aqui a discriminação é maior, ou mais acentuada. Preferimos acreditar que estamos fazendo a nossa parte e que, o mais breve possível, não tenhamos mais de lamentar nem pedir providências por ataques sofridos, violência gratuita", destacou José Ribeiro.
Os organizadores também reforçam que a parada é o momento em que todos podem expressar o quanto se gostam e se respeitam. Mais do que isso, que respeitam os demais. "Essa festa serve para dizermos que a igualdade deve ser regra. Chega de homofobia, chega de brigar para ser respeitado. Nós não somos diferentes, nem melhores, nem piores. Somos gente como qualquer um que exerça outra opção, que tenha outras ideias", disse Edna Penha.