por Redação MundoMais
Sexta-feira, 04 de Fevereiro de 2011
Cenas de lesbianismo, masturbação feminina e de thriller psicológico fazem de “Cisne Negro” a principal estreia dos cinemas nesta sexta-feira. São cinco indicações ao Oscar, incluindo a de melhor atriz para Natalie Portman.
Esta é Nina, uma bailarina clássica com técnica apurada, mas que é desafiada pelos papeis que terá que realizar em O Lago dos Cisnes. Deverá fazer o papel de cisne branco, a delicada princesa aprisionada, bem como o de cisne negro, sua sedutora e
perigosa irmã. Nina, recatada e pressionada pela mãe Erica (Barbara Hershey), terá que desenvolver a sensualidade necessária para não desapontar a si mesmo e a Thomas Leroy (Vincent Cassel), o diretor da companhia de dança.
O filme é feliz em retratar a pressão e disciplina a que artistas profissionais estão submetidos. A tensão e o estresse de Nina para construir seu personagem transformam “Cisne Negro” em um thriller psicológico, quase um filme de terror. Sua mania de
coçar as costas aumenta, sua imaginação se torna mais fértil. Alucinada, Nina passa a ver imagens que não existem. Seu reflexo toma vida própria. Até o ponto em que seu duplo se apodera completamente de sua personalidade.
“Cisne Negro” também é um dos indicados ao Oscar de melhor fotografia. Há muitas cenas filmadas na mão. Imagens que balançam conforme acompanhamos os passos do personagem. Planos fechados destacam o que fazem do balé um balé: ponta dos dedos, sapatilhas, movimentos de pernas e o coque na cabeça. Destaque também para a primeira sequência do filme: um prólogo dramático com jogos de luz e sombra.
O diretor Darren Aronofsky, também indicado ao Oscar, soube trabalhar com oposições (luz e sombra, branco e negro, repouso e tensão) e com o famoso tema de Tchaikovsky para construir um filme cheio de som e fúria.
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