por Redação MundoMais
Quinta-feira, 10 de Março de 2011
Quem não se lembra da mais famosa transex brasileira, Roberta Close? Sim, a moça ficou famosa ao estampar a capa de uma revista masculina em 1984. E agora, Ariadna Thalia Arantes, também famosa por ser ex-confinada do reality show global, repete o feito. Este mês a cabeleireira publica fotos mais que insinuantes, provando que depois da cirurgia de mudança de sexo que fez em 2001, está realizada e feliz com o corpo. Operei na Tailândia com um médico indicado por uma amiga e assim que acordei da anestesia me lembro da alegria que senti ao conferir que tudo tinha sido feito mesmo (risos), revela.
A morena afirma que só faltava o procedimento para sentir-se mulher de verdade. Mudou um pouco de tudo: minha personalidade, meus desejos e a forma de viver. Hoje tenho qualidade de vida e tudo se transformou para melhor, confessa.
Segundo Ariadna, o procedimento e o pós-cirúrgico foram bem tranquilos e ressalta que não sentiu dor. A ex-BBB afirma que não teve nenhuma consequência no pós-operatório. Hoje, vou ao ginecologista como uma mulher normal, faço controle hormonal para ver se está tudo certo no canal vaginal e na uretra e minha vida depois da participação no programa está repleta de oportunidades, com novos trabalhos e o carinho do público que eu adoro. Ariadna promete aproveitar o espaço e quer seguir carreira como modelo fotográfica e de passarela, além de fazer um curso de teatro futuramente.
Para o urologista Carlos Adib Cury, pioneiro em cirurgias de mudança de sexo no Brasil, o País vem evoluindo nessa área, embora esteja atrasado 50 anos em relação à Europa porque o procedimento era proibido por aqui até 1998. O médico, que tem 40 anos de profissão e uma centena de cirurgias realizadas, traz à tona a realidade nacional: Há um transexual masculino para cada 30 mil homens e um transexual feminino para cada 100 mil mulheres. É preciso aceitar e respeitar o desejo de cada um. Embora muitos transexuais já tenham conseguido o novo registro civil com mais facilidade após o procedimento, ainda existe muito preconceito. Cerca de 10% da população brasileira é homossexual, bissexual ou travesti. Já os transexuais são raros. A diferença é que o travesti se veste de mulher, mas traz trejeitos masculinos, assim como uma agressividade típica, enquanto o transexual é mulher, explica.
Quanto ao prazer, o cirurgião afirma que o feixe vásculo nervoso do pênis é preservado em toda sua extensão, e transformado em um clitóris. Colocamos a glande no fundo da vagina que está sendo construída, preservando assim toda a sensibilidade. No caso das mulheres, elas tomam hormônios masculinos que aumentam de volume o clitóris cerca de 4 a 5 cm e na cirurgia ele é solto da vagina, proporcionando e mantendo a sensibilidade e o prazer.