por Redação MundoMais
Terça-feira, 10 de Setembro de 2013
Os humoristas do canal Porta dos Fundos do Youtube divulgaram nesta segunda-feira (09) um vídeo em que fazem piada com o tema 'cura gay', numa alfinetada direta aos grupos conservadores religiosos que pregam que a homossexualiade é uma doença passível de cura.
No vídeo, Rafael Infante interpreta Jesus, que está promovendo milagres e curando seus seguidores numa gruta. Marcus Majella vive um fiel cheio de trejeitos e que se refere a si mesmo no feminino, e que pede para ser curado de um 'fogo interno'.
“Eu tenho um fogo, incontrolável, dentro de mim, me queimando por dentro, que eu não aguento mais, eu preciso que o senhor me livre desse mal, eu não aguento mais”, pede o personagem de Majella.
O Jesus de Infante tenta promover a cura, mas é interrompido a todo instante pelo fiel, que fica perguntando sobre os produtos de beleza que ele usa e sobre o tecido de sua roupa.
Quando o fiel é finalmente curado, os outros fieis acham estranho que ele continue se comportando da mesma maneira. Mas Jesus esclarece que o problema do rapaz era gastrite.
Na página do grupo no Facebook, os humoristas disseram que o vídeo é uma crítica aos grupos religiosos: “Milagres são acontecimentos extraordinários que não possuem explicação sob a luz da ciência. A mesma ciência que desbanca os falsos milagreiros que insistem em não enxergar que certas ‘doenças’ não precisam de cura.”
Não é a primeira vez que o grupo aborda o tema. Em vídeo recente, os humoristas Fabio Porchat e Gregório Duvivier protagonizaram um beijo gay no vídeo “A Regra é Clara” . Em outra gravação, Marcos Vera e Júlia Rabello viveram um casal de transgêneros na história "Casal Normal".
Recentemente, o grupo entrou numa polêmica com um notório desafeto da comunidade LGBT, o deputado federal Marco Feliciano , que ficou indignado com o vídeo “Oh meu Deus”, que mostra um ginecologista ( Luis Lobianco ) vendo Jesus nas partes íntimas de uma paciente ( Clarice Falcão ).
Feliciano exigiu publicamente a retirada do vídeo, mas os humoristas não atenderam o seu pedido. Pelo contrário, eles fizeram um vídeo irônico contra o deputado, no qual um político muito parecido com ele cria polêmicas artificiais para se manter na mídia, incluindo ataques à comunidade gay.