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Zona romântica

México oferece paraíso para turistas LGBT e aposta no Brasil.

por Redação MundoMais

Segunda-feira, 05 de Janeiro de 2015

A crescente oferta turística, a possibilidade de ter um casamento simbólico e um ambiente sem discriminação transformaram o litoral dos Estados mexicanos de Jalisco e Nayarit em um paraíso para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais de toda parte do mundo.

A faixa de praias que vai desde Puerto Vallarta, em Jalisco, até San Blas, em Nayarit, é o principal destino turístico para LGBTs que vêm de países como Estados Unidos e Canadá e, de maneira crescente, de Europa e América do Sul, segundo revistas especializadas neste segmento.

Casal curte praia em NayaritCasal curte praia em Nayarit

Richard Zarkin, porta-voz do Escritório de Visitantes e Convenções da Riviera Nayarit, disse que essa agência privada aposta na comunidade LGBT de países como Brasil, Argentina e Chile, e no aumento do número de americanos e canadenses, considerados um mercado cativo.

Zarkin disse que esse tipo de turismo movimenta 30% mais dinheiro que o do segmento heterossexual e pode crescer anualmente até 11% mais.

Em Nuevo Vallarta, Punta Mita, Sayulita e San Francisco (Nayarit), dois hotéis oferecem bodas simbólicas e pacotes de lua de mel para pessoas do mesmo sexo. Outros dois têm certificado "Out Now", dado a estabelecimentos com profissionais capacitados para prestar atendimento integral ao mercado LGBT, segundo a empresa australiana de marketing neste segmento "Out Now Global".

Oferecer bodas simbólicas foi um fator para atrair casais do mesmo sexo. Essas cerimônias se baseiam em "unir não corpos, mas almas, e a alma não tem sexo", segundo Enrique Alejos, criador do conceito e quem organizou quatro bodas deste tipo nos últimos dois anos.

Essas cerimônias têm origem em um ritual pré-hispânico em que o casal "se une em nível espiritual mediante os quatro elementos" frente aos amigos e à família.

Todos os anos, durante duas semanas, chegam a Nuevo Vallarta os cruzeiros "Atlantis" e "Olivia", exclusivos para turistas LGBTs, muitos deles empresários dos Estados Unidos e do Canadá que buscam um lugar para se divertir.

O canadense Charles, que vai à região todos os anos, escolheu este destino por não precisar se preocupar com "o que os outros dirão".

"Os turistas chegam cada vez mais e gostam da tranquilidade da cidade. Não há discriminação de nenhum tipo. Inclusive muitos vêm em lua de mel", disse Marcelo Couto, gerente de um hotel na pequena praia de San Francisco.

Puerto Vallarta também desenvolveu uma ampla oferta para o turismo LGBT na praia de Los Muertos, conhecida como a "zona romântica" ao sul da cidade.

Pelo menos 12 hotéis são "gay friendly", sendo um exclusivo para este segmento. Além disso, diversos bares, restaurantes, lojas de artesanato e roupas, negócios de massagens e passeios turísticos estão focados na comunidade LGBT.

O americano Matthew Torten visita Puerto Vallarta há 12 anos. Desta vez, tirou férias para fugir do inverno dos EUA e comemorar os 50 anos de seu casal.

"Sempre nos sentimos confortáveis. Não somos pessoas de problemas e aqui somos respeitados. É uma praia limpa, divertida, e as pessoas que nos atendem sempre são amáveis", disse, enquanto tomava sol.

Dono do estabelecimento hoteleiro para turismo LGBT mais conhecido de Vallarta, que tem cerca de 40 anos, Fidencio Cuevas afirmou que o número destes visitantes aumentou 60% na região nos últimos 10 anos, em grande parte pelo tratamento que recebem.

Segundo ele, os habitantes já estão acostumados a atender a comunidade LGBT. Muitos estrangeiros decidiram se estabelecer na região e montar seus próprios negócios, fatores que colaboraram para tornar Vallarta um destino LGBT.

05-01-2015 às 21:20 Olavo
Partiu para o México casar com um bom partido.
05-01-2015 às 16:00 Leco
O Rio de JAneiro, Florianópolis, é um destino gay ,mas eu não vejo nada preparado com a intenção de ser bons afitriões com o público, tudo acontece normalmente, sem tratamento esclussivo, se tem uma parte de uma praia só para gay, não foi criada por nenhum orgão da administração da cidade, foi um acontecimento natural e por aí vai.