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De peito aberto

Fernando Grostein fala como Luciano Huck reagiu quando ele saiu do armário.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 22 de Junho de 2017

Fernando Grostein: ‘Minha adolescência foi inteira de sofrimento’.Fernando Grostein: ‘Minha adolescência foi inteira de sofrimento’.

O convidado do programa "Conversa com Bial" na madrugada desta quarta-feira (21) foi Fernando Grostein. Na entrevista, o cineasta falou sobre LGBTfobia e contou ao apresentador como foi que seu irmão, Luciano Huck, reagiu quando ele se saiu do armário, aos 20 anos.

"Lembro que o Lu, que amo de paixão, me falou: ‘Você demorou 20 anos para resolver isso na sua cabeça, a gente precisa de um tempo aqui também para resolver dentro de nós’. A partir daí, ele foi a pessoa mais maravilhosa do mundo. Ele é incrível, junto com o meu padrasto, quase como um pai para mim", disse Grostein.

Fernando não faz rodeios para expressar suas opiniões.Fernando não faz rodeios para expressar suas opiniões.

O cineasta tem certeza que seu pai, o jornalista Mario de Andrade, também lidaria bem com a conversa. “Meu pai, se estivesse vivo, estaria ao meu lado e me apoiando nisso", considerou, antes de observar: "acho engraçado como a gente olha no congresso e tantos políticos totalmente dispostos em se meter na vida íntima dos outros e eles mesmos fazendo as verdadeiras baixarias. Querem legislar a vida privada e fazem da vida pública deles uma verdadeira privada”.

Grostein já fez um vídeo para a internet em que fala sobre assumir sua sexualidade. "Já tive muita vergonha ao longo da minha vida, e percebi que isso é uma bobagem", disse ele a Pedro Bial. "Acho que falar disso ajuda muita gente".

O parceiro, Fernando Siqueira, participou da plateia do 'Conversa'.O parceiro, Fernando Siqueira, participou da plateia do 'Conversa'.

O namorado Fernando Siqueira, 17 anos mais jovem, participou da plateia do programa. “Hoje em dia, temos mais acesso a informações da comunidade LGBT. Mas acho que isso também varia muito de família para família, minha mãe é psicóloga e sempre teve a cabeça aberta", disse Fernando Siqueira.

27-06-2017 às 05:34 jean pierre
E a gente ainda tem que dar explicação... Só no cu mesmo! Como se fôssemos culpados por sermos quem somos. 'Tomá bain, sô!'
27-06-2017 às 05:32 jean pierre
Fala sério, meo!!!
26-06-2017 às 14:32 Mauricio Oh távio
Oh távio, muito poetico e romantico suas colocações. Vc está num plano em que vc depara com tudo. Se afastar? Vcs não pedem direitos iguais, respeito? Porque afastar? Família pobre ou rica sempre haverá discriminação. Um pai ou uma mãe talvez não diga pois o ama. Mas culturalmente está enraizado a questão de não aceitação. Se o gay for afeminado é triturado por todos, inclusive gays que não suportam. Se tiver uma conduta normal, começam a fazer insiunuações por parte dos heteros. Sem falar nos gays encubados e assumidos que difamam e caluniam-o. Se o cara for jovem, bonito e corpo atlético ae é trucidado por ambas. O mundo gay ´queiram ou não, é podre demais. Assumam-se pra si, não entrem na bobagem de frequentar guetos, postar fotos em baladas, pois vc pode perder oportunidades em sua vida por conta da discriminação de heteros e gays. Pra ser feliz não precisa viver em brazinhos, boates, saunas, dark-rooms, praias de gays, estudem, leiam, frequentem teatro, cinema, viajem, estejam em pais com a familia, pois na hora da M, tudo cai fora. Hoje vc é jovem, bonito, cuida do corpo, usa uma camiseta justa, amanhã vc é maduro, barrrigudo, frustado, camisa larga, menosprezado pelas "amigas" ae se isola no mundo urso ou outros bizarros.Direitos iguais com certeza, ontem no Fantástico foi abordado que mulheres exigem direitos iguais, mas nas baladas pagam a metade e em alguns lugares nada. O mundo é assim.É carmico? Dica, sai ainda que é cedo. O mundo gay não se resume em baladas sem camisa, balas, doces, dark rooms, bareback e etc... Cuide do seu lado espiritual, procure o melhor.
26-06-2017 às 14:06 Otavio
Minha história assemelha-se a do colega abaixo Sandro Martins. A aceitação verdadeira pelos familiares independe de classe social ou nível cultural. Minha família é muito simples, tenho muitos tios, todos homens e vivo com meu companheiro há mais de 15 anos e dos meus pais, que realmente professam uma fé sincera num Deus que criou tudo e que controla tudo, nunca senti algum esforço para conter minha identidade. Somos tratados por todos com respeito e até admiração. Já a família do meu companheiro, que é mais favorecida economicamente, limitam suas análises a questões materiais e sempre foram um grande problema em nossa vida. Pela comparação da minha relação com meus familiares e do meu companheiro com os familiares dele, percebo que para que aqueles que nos conhecem nos respeitarem, em primeiro lugar devemos nos amar, no aceitar plenamente e saber colocar cada atitude, cada comentário preconceituoso no seu devido lugar. Não há porque fingir, amor e preconceito não são compatíveis, são opostos. Quem sofre preconceito na família, a não ser que seja dependente do agressor, deve se afastar e não aceitar o ódio. Muitas famílias com valores distorcidos usam a palavra amor com sentidos totalmente distorcidos.
23-06-2017 às 02:11 Sandro Martins
Não é necessariamente ser rico pra poder se assumir e ser feliz. Sou pobre. Mas minha família tem estrutura psicológica e conversamos muito sobre tudo. Aqui em minha família graças a Deus tive muito apoio sempre. Me assumi aos 17 anos. Morei com meu ex companheiro durante 9 anos e sempre fomos muito bem recebidos em qualquer ambiente que íamos juntos. Esse ano nos separamos mas somos amigos e ele ainda frequenta minha casa. E a casa dos meus pais. Então grana nem sempre é tão importante assim. O respeito e uma boa educação tem sempre mais valor.
22-06-2017 às 23:55 julim
Mauricio, eu entendo voce, oq ta acontecendo realmente hj é que esta havendo uma mudança, ou seja esses assuntos de gays, da vida vida particular dos "artistas", quem saiu com quem, quem brigou com quem, quem apanhou de quem, quem fez plastica..parada gay....essas coisas nao estao mais dando ibope nas midias...esta havendo uma mudança na mentalidade do povao. O q da frisson hj em dia é o cenario politico e economico, o povao ta começando a acordar e despertar para o que realmente interessa, a mudança esta lenta, mas esta havendo sim, que bom né !!
22-06-2017 às 22:57 Maurício Morumbi
Está evidente que isso foi mais uma jogada de marketing do narigudo Luciano, para se fazer de bom moço e alguns gays baterem palmas. O tal de Pedro Bial, quando apresentava o fantástico, ao ler uma matéria de um bailarino fez o seguinte comentário: coisa de bicha. Procurem no Google. Em relação a este rapaz que levou namorado, faz mais uma vez o jogo da mídia que pensa se passar de amiga. Outro que fala de tudo é pra todos, Silvio Santos, fala horrores de gays e todo mundo diz, ele pode tudo. Quando perguntado sobre a sexualidade de seu neto, pelo pânico, usou de ironia. Enfim, eles usam vcs e vcs querem holofotes. Já falei, parada gay é motivo de chacota e bizarrice. Um montes de travestis parecendo dinossauros, outros vestidos como palhaços, ou seja um monte de bicha pão com ovo. A realidade é outra. É a mesma coisa encher a cara de cachaça e drogas no fim de semana e acorda na segunda-feira e vê a realidade. Pra ser gay não precisa fazer palhaçada, uns apoiam Jean Willis outros Bolsonaro, enfim os extremos. Enquanto isso a roubalheira come solta com todos os partidos envolvidos, o STF dando guarida pra marginais, o conde Drácula chupando o sangue do Zé povinho e o Lula dando um de moralista. Enquanto não tivermos um código penal decente, fechar os poderes não adianta rosnar. Depois vem algumas ignorantes falarem que sou retrógrado. Acorda gayzada! Acorda Zé povinho. Não é Kadu gaga, Jean Willis, Bolsonaro ou qualquer imbecil que vai mudar a situação de reinvindicar. Não acontece, porque os próprios gays discriminam os outros, tanto que existem grupos, guetos pra ursos, Barbies, metaleiro, novinhas, emos etc. Sem falar na questão karmica, nada fácil. Nada fácil de conviver com o povo gay, caluniadores, difamadores e invejosos. Dão motivos para os imbecis dos héteros discriminem. Estudem, ganhem bem, não usem balinhas, docinhos e tenham uma vida regrada, façam exames de todo o tipo, pois não é fácil viverem assim. Não me venham criticar, pois tudo aqui posto, foi verdadeiro, sincero e é realidade. Fiquem com Deus, não sou evangélico, não sou preconceituoso, nem demagogo, sou verdadeiro e quero dá um tapa nos neurônios daqueles insanos que não enxergam nada. Abraço gaylera
22-06-2017 às 22:17 JULIM
É isso ae Caca, a historia desse rapaz Fernando é uma rariiissima exceção,foi acolhido por familiares iluminados !!.. pq a bem da verdade, apesar de toda a modernidade, toda tecnologia, toda liberdade (ou quase) q se tem hj em dia, um pai, uma mae preferem ter um filho ou uma filha ladrao, assassino, traficante,dependente quimico, alcoolatra, do que ter um filho gay.ou uma filha lesbica. Como dizia o Lulu Santos; ainda vai levar um tempo...é um assunto ainda muito, mas muito delicado, mas mesmo assim temos que concordar que com estabilidade financeira tudo fica beeeemmm mais facil né.. Dinheiro não é tudo, pode ate nao trazer a tal da felicidade, mas traz qualidade de vida SIM, e o principal de tudo; INDEPENDENCIA !!; Todos nos temos q ter sempre consciencia disso, ainda mais nos dia de hj ...
22-06-2017 às 22:14 Dj
Ótima atidude do cara, porque não é qualquer que se expõe e ele poderia viver sua vida numa boa mas ele decidiu botar a cara a tapa. Porém também tenho que concordar que gay rico são outros quinhentos, normalmente são bem mais aceitos no meio em que vivem.
22-06-2017 às 21:56 caca
É incrivel, ... mas tb concordo com o Julim, nao com essas palavras, e expressoes, mas que nao é tao facil assim nao eh? a historia Fernando é uma exceçao, diante das muitas historias que existe nesse Brasil. nao deveria ser... mas eh! Triste de ter de assumir isso. e tb achei bonito. QUE TODAS AS FAMILIAS ACOLHAM SEUS DIFERENTES E SEUS IGUAIS.