TQILA

No dia 26 de junho de 2016, o mundo assistia em choque a notícia de que um atirador ligado ao Estado Islâmico tinha invadido uma boate LGBT em Orlando, nos EUA, e deixou um rastro de 49 mortos e 53 feridos.

Até hoje, trata-se de um dos mais sangrentos ataques à comunidade gay mundial feita pelo grupo terrorista islâmico, que já fez inúmeras vítimas no Oriente Médio, principalmente na Síria.

Como você já deve ter visto em diversos relatos, os radicais do Estado Islâmico costumam jogar gays, lésbicas e transexuais do alto de prédios diante de uma multidão que assiste e aplaude o extermínio. E essa atitude de intolerância está provocando um ponto de tensão bastante perigoso, isso porque foi criado um grupo militar internacional e LGBT, formado para lutar contra esses ataques, o Exército da Insurreição e Libertação Queer (TQILA).

A iniciativa partiu do grupo anarquista International Revolutionary People’s Guerrilla Forces (IRPGF), que luta contra a doutrinação jihadista do Estado Islâmico além de tentar implantar suas próprias ideologias. Eles tentam “esmagar o binômio de gênero e promover a revolução feminina”, de acordo com seu perfil no Twitter.

Em entrevista ao jornal Newsweek, o porta-voz Heval Rojhilat prefere não divulgar quantas pessoas fazem parte da IRPGF e nem quantas formam o primeiro exército autodeclarado LGBT. Segundo Rojhilat, esse grupo se reuniu depois de “assistir com horror quando as forças fascistas e extremistas de todo o mundo atacaram a comunidade queer”. Os terroristas costumam se referir a gays e lésbicas como “doentes” e “não naturais”.

Ainda não se sabe, entretanto, onde se encontra a unidade LGBT desse grupo anarquista, apenas que ela estaria “profundamente inserida na guerra”. Além de criticar o posicionamento do Estado Islâmico, o pessoal da IRPGF diz que muitos cristãos ultraconservadores também atacam a comunidade LGBT.