por Redação MundoMais
Terça-feira, 02 de Janeiro de 2018
Dinheiro sempre fala mais alto, e em períodos de crise, mais do que nunca. Talvez este seja um dos fatores que levaram o setor privado a ouvir mais a voz da comunidade LGBT.
Segundo um artigo publicado no site norte-americano Advocate, a comunidade LGBT trava uma luta diária em busca de seus direitos e da igualdade, mas o que poucos percebem é que a grande capacidade de provocar mudanças para a comunidade está no poder econômico dos LGBTs.
Tal poder deu origem à Câmara Nacional de Comércio LGBT, criada há 15 anos nos Estados Unidos. Em 2002, como diz o texto, ninguém considerava a igualdade econômica do público LGBT e muito menos entendia quais seriam os impactos que a economia poderia ter com os movimentos de igualdade. Com mais de 1,4 milhão de empresários LGBT (e crescendo), a comunidade LGBT ganhou um lugar na mesa da oportunidade econômica.
Há 20 anos, colocar a bandeira do arco-íris em uma garrafa de bebida alcoólica uma vez por ano era suficiente para que a marca fosse vista como “gay-friendly“. No entanto, com o passar do tempo os especialistas em economia LGBT ensinaram às marcas a fidelidade desta fatia de consumidores. Segundo o artigo, mais de 75% dos adultos LGBT, seus amigos, familiares e parentes trocariam uma marca conhecida por outra que defendesse os LGBTs. Somente em 2017, o poder de compra do consumidor LGBT era de mais de US$ 917 bilhões.
Empresários de sucesso
De acordo com o artigo, os negócios com inclusão dos LGBTs crescem e duram mais do que outros nos Estados Unidos. Em média, as pequenas empresas americanas fecham em cinco anos, mas as empresas com certificação LGBT certificadas pela NGLCC duram pelo menos 12 anos.
As 900 empresas com selo LGBT empregam cerca de 33 mil funcionários.