por Redação MundoMais
Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2018
Dia 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data criada em 2004 pelo Ministério da Saúde após a divulgação da campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade dessa população.
Desde então, caminhamos para a inclusão de travestis e transexuais na sociedade. São pessoas que ainda possuem grande dificuldade de acesso à educação, ao trabalho e à saúde, além de sofrerem com a violência e o desrespeito diariamente.
Para lembrar a data, que deveria ser praticada todo dia, nada melhor do que assistir e discutir o documentário 'Meu nome é Jacque', dirigido por Angela Zoé. Feito com extrema sensibilidade, trata o tema com realismo e depoimentos que enfocam o tema sem rodeios desnecessários. O foco é a história de vida de Jaqueline Rocha Côrtes, uma mulher transexual brasileira, que vive com AIDS há mais de 20 anos.
Ela já atuou como representante do governo brasileiro e na Organização das Nações Unidas de maneira militante e incessante, com extrema sinceridade e transparência nas mais variadas facetas, da sexual à emocional.
E nesse aspecto, o documentário nos remete a uma discussão eterna: a da busca da própria beleza e do encontro daquilo que somos com o queremos ser e com quilo que a sociedade quer que sejamos. Essas relações estão no eixo central do debate, porque o conceito do homem que não se sente confortável no corpo de mulher ou vice-versa aponta para um conceito de belo individual em que cada um se reconhece por mais diferente ou surpreendente que possa parecer aos outros.