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Pink Money

Saiba mais sobre o poder de compra e os direitos dos consumidores LGBT.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 02 de Fevereiro de 2018

Estima-se que a população LGBT tenha um grande potencial de consumo segundo uma pesquisa da Out Leadership, associação internacional de empresas que desenvolvem alternativas de consumo para o público LGBT. Os dados revelam que no Brasil a disponibilidade financeira do público gay é de aproximadamente US$ 133 bilhões, o equivalente a 418,9 bilhões de reais, correspondendo a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Diante desses números, muitas empresas apostam no marketing “gay friendly”, com casais e famílias homoafetivas em suas propagandas, tudo para conquistar cada vez mais esse público que investe muito em produtos e serviços.

Dados divulgados pelo IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que no Brasil 67,4 mil casais são LGBT, um dado que apesar de considerar uma realidade de oito anos atrás, incentivou diversas empresas a pensarem no público gay. Desde os anos 2000, por exemplo, o Banco Real já oferecia condições para que casais gays pudessem financiar a casa própria, política que foi mantida pelo banco Santander que comprou a instituição.

Mesmo com o engajamento de grandes empresas em acolher o público gay, é importante se atentar para os direitos do consumidor LGBT. Segundo Cláudia Silvano, diretora do PROCON-PR, os direitos do público LGBT são exatamente os mesmos do público heterossexual. A advogada afirmou que “o preconceito é disfarçado” e que algumas empresas infelizmente ainda não estão preparadas para lidar com o consumidor LGBT. Cláudia orientou sobre a importância de reunir documentos, fotos, vídeos e denúncias para enquadrar o estabelecimento acusado de preconceito nos termos da lei sobre danos morais. Os órgãos de defesa do consumidor estão abertos para receber denúncias e pedidos de ajuda sobre consumo, independente da sexualidade do consumidor.

Para situações específicas como o uso do banheiro por pessoas transgênero e carícias dentro dos estabelecimento, Cláudia Silvano afirmou que o consumidor não pode ser exposto à situações vexatórias e constrangedoras. Um estabelecimento não pode obrigar um cliente a usar determinado banheiro se este não for condizente como gênero identificado, tampouco incomodar casais que estejam se relacionando dentro dos limites do bom senso no estabelecimento. Segundo a advogada, a abordagem deve ser muito cuidadosa para que não se configure crime de danos morais. Uma outra situação corriqueira em que casais LGBT devem procurar seus direitos caso se sintam lesados, é com relação às promoção de restaurantes. Alguns estabelecimentos disponibilizam promoções para casais, sendo assim, todos os casais, independente da sexualidade têm o direito de usufruir da oferta. Segundo Cláudia Silvano, não existe uma lei específica para os direitos LGBT. “A lei é para todos”, afirma.

Um outro segmento de mercado muito consumido pelo público LGBT é o setor de Turismo. Nesse aspecto muitos já enfrentaram problemas sobre promoções de hotéis ou restaurantes destinadas a casais, o que pode resultar numa ação de danos morais por causar constrangimento ao consumidor. Por outro lado, o setor de turismo é o que mais se atualiza e aposta no público gay. Geralmente com maior potencial aquisitivo e cultural, o turista LGBT e encontra nesse mercado um atendimento diferenciado, voltado para quem não economiza para ter uma viagem inesquecível. Segundo a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes, o turista LGBT gasta em média R$ 35 mil em pacotes internacionais, no entanto, o que esse público deseja mesmo é mais que um atendimento diferenciado, é inclusão social.

05-02-2018 às 07:35 Raphael
Túnel do tempo ..... tenha dó !!!!!
03-02-2018 às 22:24 Marcos
Com a atual situação financeira do Brasil ( e do mundo) fica difícil falar sobre o "Pink Money " ....
03-02-2018 às 11:19 Drizella.
Jorge meu fio, ((ai sim eu do valo!))
02-02-2018 às 23:47 Jorge Jorge
Só para completar meu raciocínio: matérias como esta a que se presta Mundo Mais têm um único objetivo: dividir para conquistar. Trata-se de uma maldita herança do marxismo cultural, que agora começa a ruir em nosso país, por força de milhões de mentes conscientes, que acordaram do sono em que jaziam havia 50 anos.
02-02-2018 às 22:53 Jorge Jorge
Esta notícia é falsa. Falsa e preconceituosa. Elas, sim, preconceituosa e homofóbica. Homossexuais ou não, todos temos nossas obrigações. Família, pais idosos, filhos (sim, grande parte dos gays tem filhos), sobrinhos, afilhados, pessoas que protegemos, namorados. IPTU, IPVA, multas de trânsito, reformas em nossos apartamentos. Não, o gay não é aquele sujeito que, livre de tudo, sai por aí gastando adoidado. É uma mentira. Uma bobagem. Uma asneira, que novamente conduz à ideia de gueto, aquele mesmo em que os judeus foram induzidos a entrar, porque supostamente ali estariam protegidos. Deu no que deu.
02-02-2018 às 17:25 Super-Homem
Se os LGBTs fossem um estado, seria o terceiro mais rico do Brasil. Depois do Rio de Janeiro e São Paulo.
02-02-2018 às 14:00 Alexandre
Fazer uma reportagem com dados de 2010 é muito atraso.