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Sem defesa

Caso de padre excomungado por defender casamento gay vai parar no STF.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2018

O Supremo Tribunal Federal deve analisar a ação encaminhada pela defesa de Roberto Francisco Daniel, conhecido como “Padre Beto”, que questiona a forma como ele foi excomungado pela Igreja Católica, em processo realizado pela Diocese de Bauru (SP) em 2013.

A decisão da igreja foi tomada após a divulgação de vídeos na internet nos quais o padre defendia temas polêmicos, como a união entre homossexuais, fidelidade e necessidade de mudanças na estrutura da instituição.

O primeiro pedido de revisão do processo de excomunhão foi indeferido em primeira instância, e a decisão, ratificada pela Tribunal de Justiça de São Paulo. Dois anos depois, os advogados de defesa conseguiram entrar com um agravo para que o caso seja analisado pelo STF. Não há prazo para que isso aconteça.

Defesa

A defesa de Beto argumenta que o processo de excomunhão contrariou a Constituição brasileira ao não possibilitar a ampla defesa.

“Embora o Brasil seja um país laico, onde o estado não interfere na Igreja, é preciso respeitar o exercício do direito de defesa que é previsto na Constituição. Por isso, entendemos que há um conflito de interesses nessa questão que precisa ser analisado e revisto”, explica o advogado Antônio Celso Galdino Fraga.

Em nota, a assessoria de comunicação da Diocese de Bauru informou que não há nada a dizer ou acrescentar sobre o assunto e que o caso agora é meramente jurídico.

Padre Beto atualmente trabalha como professor universitário e criou uma igreja. Ele também já celebrou dezenas de casamentos gays, além dos casamentos héteros que continuou fazendo após a excomunhão.

Ele destaca que a ação não questiona o mérito da decisão da Diocese de Bauru, e sim, a forma como ela foi conduzida.

“Eu cheguei para uma reunião com a carta onde pedia o afastamento das funções eclesiásticas e fui recebido em um verdadeiro ‘tribunal’ sem a chance de me defender.”

Padre Beto diz ainda que a intenção, no momento, não é voltar para a Igreja, mas que a ação tem um “objetivo educacional”. “É para mostrar que nenhum cidadão no Brasil pode ser tratado como eu fui, mesmo sendo a Igreja, que existe uma constituição federal e deve ser respeitada. Não pretendo voltar porque hoje consigo amar muito mais o meu próximo do que dentro da Igreja. Foi bastante frustrante que as duas decisões anteriores (em primeira e segunda instâncias) não tocaram na questão principal – a forma como a excomunhão foi feita.”

Segundo o advogado, o processo foi recebido pelo STF e ainda está na fase inicial, de distribuição para análise. “Se após essa análise for decidido que é um caso de repercussão geral, então pode ir para julgamento em plenário, caso contrário, esgotamos as possibilidades de questionar o ato. Todos esses procedimentos podem levar até 5 anos para um desfecho definitivo”, finaliza Fraga.

03-03-2018 às 10:19 Jorge Jorge para DJ
Leia, entenda - entenda o que leu! - e depois volte aqui para discutir comigo.
03-03-2018 às 10:18 Jorge Jorge para DJ
DJ, leia isto (em francês): "Le Livre noir de la Révolution française".
02-03-2018 às 09:38 halison lacerda
seu pelhaçao
02-03-2018 às 09:38 halison lacerda
fecha a sua prevada
02-03-2018 às 06:32 Dj
Acho que o Jorge precisa estudar um pouco mais sobre Revolução Francesa e parar de falar lorota
02-03-2018 às 00:50 Bruno
Cara dá nojo desse tipo de gente, tipo esse Padre! Com certeza essa peste fez o escambau, na Igreja e agora quer dá uma de santinho. Esse infeliz conhece as leis da Igreja e fica com frescura. Com certeza ele aprontou demais, manchando o nome dos católicos e o bispo do teve outra alternativa a não ser tirar essa peste da comunhão da Igreja. Devia ir cuidar da sua vida e deixar os outros viverem em Paz.
01-03-2018 às 13:48 Jorge Jorge
Mas uma coisa é importante dizer: a Igreja Católica não condena o homossexual. Ela condena a prática homossexual. E faz isso sempre - sempre - nos limites exatos de sua pregação religiosa. Tanto assim que um casal homossexual de Curitiba batizou os filhos na Igreja Católica e não houve nenhuma autoridade religiosa que a isso se opusesse. E mais - e é daí, caro Nereu, que a discussão deve partir: toda liberdade que usufruímos hoje, inclusive para opinar livremente num site dedicado ao público gay, é herança dos gregos e da cultura judaico-cristã. De modo que, antes de semear a dor e o julgamento, a Igreja Católica semeou a liberdade e a justiça. Quer debater, Nereu? Vamos lá, querido?
01-03-2018 às 13:43 Jorge Jorge
A Igreja Católica é uma entidade profundamente complexa para ser resumida num "durante séculos matou e roubou em nome de Deus". Esse reducionismo denota fragilidade intelectual de quem o reproduz. Jesus, todavia (e, neste ponto, o Diego SP até que andou bem), é o ser humano mais importante que já existiu e continua a existir no coração daqueles que O amam. E Ele, com certeza, não estaria hoje minimamente preocupado com a sexualidade de seu povo.
01-03-2018 às 11:38 Odair.
Concordo com o Padre Beto,se ele acha que está certo,deve lutar por sua honra..
01-03-2018 às 08:52 Drizella.
Fabio meu fio, quanta hipocrisia da sua parte, não acha? Se gay, vai pro inferno, vc tb vai, sabia? Sim por que, em vez de vc, está de joelhos dobrados orando pelo seu próximo, para que DEUS aja de misericórdia, vc está aqui, falando abobrinha! Se vc for cristão, deveria criar vergonha na cara, e mudar de postura, ou se não, o inferno tb, poderá ser seu lar eterno, fato! Muda de vida cidadão/quer evangelizar, faça isso com amor, se não, DEUS vai cobrar de vc! Alma não se ganha assim, com esse linguajar chulo/vulgar/de quinta! Beijos Brasil!