ASSINE JÁ ENTRAR

Documentário “Amor e o Tempo” e levanta reflexão sobre gays na terceira idade

O artista brasiliense Gaê documenta entrevistas com LGBTs que contam sobre suas juventudes em um tempo que a sexualidade era ainda mais reprimida.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 08 de Maio de 2020

O artista brasiliense Gaê lançou nesta quinta-feira, 7, o webdocumentário “Amor e o Tempo” que, com o apoio da ONG" Eternamente Sou", traz entrevistas com LGBTs que contam sobre suas juventudes em um tempo em que a sexualidade não-normativa era ainda mais reprimida e o reflexo dessa época na vivência de seus afetos hoje em dia.

O filme abre uma janela para a sexualidade na terceira idade como uma realidade que também permite outras possibilidades no amor e no sexo para além da heterossexualidade.

“Por mais válida que seja a referência a qualquer assunto nas artes, precisamos ter o cuidado de garantir a representatividade nas pautas, dando espaço às pessoas que o vivenciam se expressem, se não na arte, pelo menos junto à arte. Nesse webdocumentário quis trazer para o tema um olhar não só romantizado na arte – porque sempre é ficcional – mas também um olhar mais documental da realidade dessas pessoas para ajudar a criar um panorama ainda mais diverso sobre o assunto”, conta Gaê.

Entre mulheres lésbicas e homens gays, o alinhavar dessas histórias revela contrastes e semelhanças que nos ajudam a pensar o futuro que estamos criando para jovens LGBT hoje e urgem para a importância de se conectar às gerações anteriores com a atual.

Recentemente, Gaê lançou “Onde Está A Estrela?”, com participação do artista mineiro Bemti. O cantor também se apresenta no Festival de Músicos Pocs Brasileiros, no sábado, 16 de maio, às 16h.

Assista ao documentário “Amor e o Tempo”:

Ficha Técnica:
Elenco: Adelson Campos Moreira, Berthô Vidal, Celso Rabetti, Márcia Barros, Sueli de Souza, Valéria da Rocha.
Direção de Arte: Vinícius Martini, Seven Studio Company.
Montagem: Moema Miranda.
Apoio: ONG Eternamente Sou.

12-05-2020 às 14:18 Murillo
É muito importante, hoje mais do que nunca, na história recente de nosso país, quando temos um governo fascista e corremos o risco, nada desprezível, de mergulharmos em um regime político de exceção, onde certamente uma das primeiras vítimas seria a comunidade LGBTQI+, que os mais jovens saibam que houve um tempo em que, a ninguém, era permitido livremente amar e ser amado por uma pessoa do mesmo sexo, fosse homem ou mulher.
12-05-2020 às 14:14 Murillo
Lindo e necessário trabalho do Gaê, a quem eu já conhecia e admirava como ativista.
10-05-2020 às 05:44 Para Jorge Jorgete
Você está confundindo a militância com uma igreja evangélica. Há uma diferença: a militância LGBTI faz autocrítica.
09-05-2020 às 21:39 Jorge Jorge
Fui um desses. Era terrível. Não se pode ignorar a importância da luta GLBT, desde Stonewall. É pena que hoje a militância GLBT tenha se transformado numa indústria, que caça incautos, propõe o desaforo, colha dinheiros por onde quer que passa, por qualquer dor que proponha.
09-05-2020 às 10:03 Paulo R.
Muito legal esse documentário. Embora curto, na duração, consegue dar conta de transmitir um, mesmo numa pequeníssima escala, os dilemas que muitos gays que vivenciaram esse período (o meu caso, pelo menos) passaram e muitas vezes ainda passam. Defendo muito a cultura "Queer" que hoje colocar outras questões dentro das tantas questões relativas a gênero e sexualidade, na mesa e, mais importante de tudo, tendo canais para realizar esse movimento. Seguimos!