por Redação MundoMais
Quinta-feira, 10 de Setembro de 2020
Jane Fonda, atriz que permanece na linha de frente de Hollywood e do ativismo social por décadas, conseguiu estabelecer o padrão de aliada LGBT+ em 1979. Uma entrevista com a estrela de Grace and Frankie viralizou no Twitter, onde ela fortalece seu apoio aos direitos LGBTs em meio aos motins da noite branca em São Francisco, uma manifestação de raiva pela morte de Harvey Milk, amigo de Fonda.
O ativista gay assassinado foi a primeira autoridade abertamente gay eleita em São Francisco, e foi descrito por Jane Fonda como uma pessoa de “enorme coração generoso”.
jane fonda was saying this in the 70s while some celebrities only manage to say "gay rights" today pic.twitter.com/qsGQlAeepK— milena (@sarahsbian) September 9, 2020
O assassino de Harvey Milk, Dan White, recebeu uma sentença morna dos tribunais, o que causou revolta. As ruas de São Francisco explodiram em protestos, veículos policiais em chamas e propriedades destruídas, sinalizando a manifestação de raiva sentida pela comunidade LGBT local.
“Para que estou aqui senão para ser usada por pessoas boas, para coisas boas?", diz Jane Fonda durante uma entrevista para a televisão. A diva é questionada por um repórter sobre seu alinhamento com o movimento pelos direitos LGBTs durante o final dos anos 70: “Você acha que os gays de São Francisco, que são muito poderosos e fortes, precisam de apoio? Eles ainda estão sendo discriminados?"
Jane Fonda não tarda em responder: “Oh, absolutamente. Culturalmente, psicologicamente, economicamente, politicamente – gays e lésbicas são discriminados. Eles são um movimento muito poderoso, especialmente em São Francisco, não precisam de mim, mas gostam de mim, gostam de nossa organização, porque sabem que trabalhando juntos podemos ser mais fortes do que qualquer outra entidade”.
O repórter então pergunta se ela sente que a comunidade queer está “usando-a” ou a seu grupo de defesa. “Espero que eles me usem. Para que estou aqui senão para ser usada por pessoas boas para coisas boas? Eu faço parte de uma organização, e você também poderia ser cínico como você é e me perguntar se a organização não está me usando?”
“Mas você também pode pensar: não estou usando a organização da mesma forma que os gays e lésbicas aqui estão usando a organização da qual fazem parte, se isso nos ajudar a nos dar uma perspectiva, nos ajudar a manter nossos valores intactos, aumentar nosso poder... porque, como indivíduos, não temos muito, mas no conjunto, temos muito poder”.
O repórter pergunta como Jane Fonda vê o futuro do movimento pelos direitos LGBTs, considerando que muitas pessoas não gostam do “poder dos gays”. Jane Fonda admitiu que é difícil prever o futuro e ressaltou que o que o movimento busca “nada menos do que respeito e justiça”.