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Camisinha e PrEP: sexo seguro com quem você quiser

Saiba como alcançar o prazer de forma segura e sem riscos das temíveis DSTs.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 22 de Outubro de 2020

Quer seja de casalzinho, na base da boa e velha amizade colorida ou em aventuras com garotos de programa, a prevenção continua sendo elemento chave na hora do sexo. Estamos falando de maneiras seguras de alcançar o prazer, sem o risco das doenças sexualmente transmissíveis, dentre elas o HIV, e vale desde a popular camisinha até o uso contínuo da PrEP.

A droga - uma combinação dos medicamentos tenofovir e entricitabina, que geram um bloqueio nos caminhos que o HIV usa para atacar o organismo - chama atenção pelos resultados: quando usado diariamente, reduz o risco de contrair HIV, com índices de 90% até 99% de eficácia.

A OMS, por exemplo, recomenda desde 2012 a oferta da PrEP como uma das estratégias para prevenir a AIDS; no Brasil, o PrEP está disponível no SUS desde 2017.

A preocupação de médicos e infectologistas está em um possível abandono no uso dos preservativos, fruto inclusive da cultura de que a camisinha diminui a liberdade e o prazer.

Preservando a liberdade de escolha de cada um em usar ou não o preservativo, o entendimento dos especialistas é que a PrEP deve ser usada como mais um mecanismo no combate ao HIV, e não como substituto da camisinha. Vale lembrar que a PrEP não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia e sífilis.

30 anos de AIDS/HIV: epidemia ainda sem cura

Desde meados dos anos 80, quando o HIV se tornou uma epidemia carregada de preconceitos (durante muito tempo chamada de “câncer gay”), para além da cura busca-se também alternativas para uma qualidade de vida após infectado.

Classificada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como um dos maiores problemas globais de saúde pública, desde que surgiu já contabiliza mais de 75 milhões de infectados e 32 milhões de mortes.

A transmissão não se dá apenas através do sexo, mas na troca de fluidos corporais de pessoas infectadas, como sangue, leite materno, sêmen e outras secreções. Apenas em 2018, mais de 700 mil pessoas morreram após complicações provocadas pela doença.

Mas a ciência evoluiu. Nos últimos anos houve uma grande conquista, que vai desde o acesso à informação e novas tecnologias, como na prevenção, diagnóstico mais rápido, tratamento e assistências médicas eficazes a quem contrai o HIV, aumentando a expectativa de vida. Estima-se que hoje existam aproximadamente 37,9 milhões de pessoas que têm o vírus, mas que vivem de forma saudável, sexualmente ativas e com carga viral indetectável.

No Brasil, a epidemia está em nível considerada como estabilizada. São mais de 860 mil pessoas que vivem com o vírus. Um dado a se comemorar é a queda de mais de 20% no número de mortes nos últimos cinco anos, de 12,5 mil em 2014 para 10,9 mil em 2018.

Prevalência do HIV entre homens que transam com homens

Uma pesquisa realizada no ano de 2018, com entrevistados de 12 cidades brasileiras, apontava que um a cada quatro homens que fazem sexo com homens, no município de São Paulo, tem HIV.

Encomendada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa foi publicada na revista internacional “Medicine”. No universo dos 4.176 homens entrevistados, 3.958 aceitaram fazer o teste do HIV; metade destes, inclusive, estavam realizando o teste pela primeira vez na vida. O resultado: 18,4% positivos.

Do total de entrevistados, 83,1% se declaram gays, 12,9% heterossexuais ou bissexuais e 4% outros. Do total, 75% transam só com homens.

Existem várias hipóteses para explicar o aumento da prevalência do HIV entre homens que transam com homens, desde a facilidade de encontrar novos parceiros ou garotos de programa através de aplicativos até a falta de campanhas de prevenção.

Quanto mais jovens, mais riscos

Ainda segundo a pesquisa, a taxa de soropositivos triplicou (de 2,4 para 6,7 casos por 10 mil habitantes) quando analisados os homens de 15 e 19 anos, e dobrou (de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil), para aqueles entre 20 e 24 anos.

A síndrome de Super-Homem, que leva os jovens a acreditarem que nada os atingirá, é um dos desafios a serem superados. Dados do Ministério da Saúde apontam que pouco mais de 50% dos jovens entre 15 e 24 anos afirmam usar camisinha com parceiros eventuais.

24-10-2020 às 16:00 Flávia
Camisinha semmmmpre. E a sífilis? Francamente.
22-10-2020 às 12:37 Noguera Rochê
Camisinha sempre sim!!!